O dia amanheceu e Odaro se alimentou com o sangue trazido por Radesh, pelo o que entendi uma longa caminhada nos esperava até a cidade portuária de Pompéia.
Descemos o monte Vesúvio caminhando pela região montanhosa.- Não disse seu nome ainda.- Radesh me lembrou caminhando ao meu lado atrás, Olívia e Ravi continuavam mantendo distância razoável de mim, e eu não os culpava, Odara caminhava ao meu lado mas não falava muito.
- Nina.
- Significa fogo, o que é uma ironia, não é nenhum pouco como fogo.- exclamou Ravi a frente sem olhar para trás.
- E o que seria para você um nome adequado para ela irmão? - perguntou Radesh com expressão de diversão.
Eu não iria responder a esse tipo de provocação.- Com certeza nada que signifique força ou coragem, é covarde demais.
Olívia o repreendeu para que não me atormentasse mais.
Ravi se calou e eu me perguntei sOs dias se passaram até que Odara estivesse bem de novo para uma nova viagem, mas mesmo quando estava bem nos perguntamos se voltar para a época deles quando sabiamos o que acontecia lá era a decisão mais sensata.E uma pergunta também me atormentava, como eles sabiam o que acontecia naquela época? - Eu estava revisando os livros de história e vi a linhagem de Alexandre da Grécia e sobre um golpe do próprio irmão, li sobre o conselho ter estado em reunião.- foi a resposta de Olívia quando perguntei.- E como acabou toda essa disputa? E como você sabia que eles viriam? Tecnicamente só Odara detém a chama do tempo certo?- perguntei.- Odara detém a chama do tempo sim, mas existe outros meios não tão seguros para viajar no tempo...- foi a resposta de Radesh.Então havia um meio para que eu pudesse viajar de volta?- Ele vai caçar um por um se não de
Eu deveria saber que as coisas acabariam por dar errado de novo, veja bem, você ser sequestrada uma vez é um baita azar, mas sequestrar DUAS VEZES é surreal, isso porque eu não estava considerando quando Ravi me tirou daquela floresta tenebrosa.Agora eu estava em uma época completamente desconhecida para mim, não fui ensinada o suficiente sobre a história do meu próprio país o Brasil, nunca fui a uma escola de fato, o pouco que sabia era o que minha me ensinou em casa, então imagine sobre a história da Grécia, onde eu suspeitava estar.Me lembrava das palavras do vampiro para Odaro, iam me usar como uma isca para atrair Ravi, então isso me fazia presumir que aquele relógio tenebroso nos trouxe para a mesma época da qual eu já ia viajar...Afinal o que era aquele relógio? Seja o que fosse desejava nunca mais ve-lo novamente.Despertei em um quarto amplo, as paredes eram claras com pinturas de um tom azul clar
Achei que os guardas seguidores do príncipe exilado, que agora era não estava tão exilado assim não vieram atrás de mim.Eu não sabia onde estava, só sabia que estava em uma cidade grega, mas qual não fazia idéia.Que reino era esse afinal? E por qual razão ele tinha me deixado fugir?Corri por toda a cidade, as pessoas passavam por mim com suas tarefas domésticas, carregando comida, puxando carroças.O sol a cima estava alto, a cidade barulhenta e eu sedenta de sangue no meio de milhares de pessoas.Era um pesadelo aquilo tudo, um grupo de crianças corria por uma rua, uma delas apontou para mim, gritando.- Vampira!- foi quando eu senti que minhas presas estavam perigosamente amostras, minhas garras ameaçadoras.Todos ao redor ouviram o menino e olharam na direção de onde seu dedo indicava, ou seja para mim.Seus olhares eram todos hostis e temeros
A casa ficava em um terreno isolado do restante da cidade para meu alívio, havia um campo ao redor e algumas plantações.Caminhei com o corpo o mais longe possível da casa e ao encontrar uma superfície de terra longe o suficiente coloquei com cuidado o cadáver no chão.Então me dei conta que não tinha nada para cavar uma cova para o homem.- Porque não esperou?- a voz de Lara me surpreendeu, olhei para trás e ela vinha carregando duas pás, seu rosto não demonstrava nenhum luto.Na verdade eu diria até que seu semblante era de alívio.- Ninguém irá sentir falta dele!- comentou enquanto nós duas cavamos.- Você não é daqui certo?Era uma boa pergunta.Onde aqui era?- Qual o nome dessa cidade?- perguntei.- Athenas.Athenas, não sabia quase nada sobre essa cidade.- Quem é o
Já fazia três dias que eu estava isolada na casa de Lara, a cidade de Athenas estava quieta, as forças de Alexandre não tentaram nenhuma ofensiva.- Eu não consigo entender Nina, porque o rei não expulsa de uma vez esse príncipe parricida daqui, ele comandar Athenas só trará a ira dos deuses!- reclamou Lara enquanto mexia o ensopado de galinha no fogo.Heitor tentou subir na cadeira se equilibrando para olhar pela janela, antes que caísse da cadeira o segurei em meus braços de modo protetor, ele sorriu para mim vendo uma chance de voar mais alto.Era uma brincadeira que fazíamos de joga-lo no ar e antes que atingisse o solo eu o pegava.- Voar!- pediu com sua voz de bebê.- Nem pensar, sente-se mocinho o jantar está quase pronto.Ele fez um sonoro "Ahhhhhhh" e eu coloquei no chão depositando um beijo em sua fronte.- Talve
Encarei os olhos tensos da mulher a minha frente enquanto ela a todo momento tentava evitar meu olhar.- Eu não sei nada.- balbuciou e vi imediatamente que era mentira.Passei tempo demais no meio de mentirosos muito mais ardilosos que Amélia, a boca poderia dizer o que nós quiséssemos mas os sinais do corpo eram sempre verdadeiros, as batidas de seu coração a entregavam de imediato mas mesmo que eu não conseguisse ouvir seu coração bastava olhar para ela.Os dedos inquietos sobre o colo, a postura antes relaxada agora rígida, seu olhar tentando se desviar do meu.E sua voz não era nenhum um pouco convicente, precisava entender sobre o que ela mentia.O que havia acontecido a Valentina que ela temia me contar?Angelos observava toda a cena atento.- Você mente.- acusei e segurei seu pulso mais uma vez a obrigando a se inclinar para frente, ela tentou recuar ao
A pergunta de Angelos pairava no ar sem resposta, eu encarava minhas próprias mãos pensando qual seria minha resposta.O que faria a seguir?Mas de alguma maneira eu não queria pensar, queria chorar mesmo estando ciente de que ele estava a poucos passos de mim, passei anos reprimindo qualquer emoção e agora eu só queria liberta-las.Era como se eu já tivesse vivido esse momento antes, eu precisava me mexer para salvar alguém que não poderia fazer isso sozinha e mesmo sendo uma vampira e já estando morta eu sentia medo.Medo porque eu não estaria indo para um prostibulo com um monte de humanos, estaria indo a um castelo onde existiam outros como eu.Agora eu teria que ter coragem.- Minha busca não terminou.- respondi e me levantei decidida a caminhar até o castelo, conforme me foi dito estava acontecendo uma festa e eu não queria nem imaginar o que fazem em festas de vampiros.Angelos me observou atento.- Entã
Nos aproximamos do guarda Angelos estendendo o convite a ele que verificou por alguns segundos.Apertei o papel misterioso em minha mão pensando em seu conteúdo, minha mente vagou pensando nos dois estranhos que estavam aqui.O guarda após verificar a veracidade do convite sinalizou para que nós entrassemos.Olhei para Angelos que sorriu e começamos a caminhar para o interior do palácio, agora que eu não estava fugindo desesperadamente o Palácio me cativou com tanta beleza.Muitas coisas que eu nem se quer notara em minha fuga eram surpreendentes agora, havia um enorme lustre no teto que brilhava intensamente, nas paredes havia algumas pinturas de rostos que nunca vi mas que eram em sua maioria cativantes.Mas um em especial chamou minha atenção.Era o rosto de uma mulher e sua aparência estranhamente me lembrava alguém.Seus olhos eram familiares mas eu tinha certez