História do Antônio - Capítulo 27

Antônio

Anos atrás.

Dois meses após chegar na minha nova casa, eu ainda não confiava em ninguém, exceto meus irmãos. Nem mesmo na mulher que dizia querer ser minha mãe.

Ela parecia ser boa, sempre conversava comigo, contava histórias para eu dormir. Mas eu não dormia, esperava ela sair para trancar a porta e escorar uma cômoda nela, e sempre carregava uma faca comigo.

Ela ia comigo a um terapeuta. Eu não falava nem com ela perto nem quando ela saia. Foi o terapeuta que indicou que eu aprendesse a falar usando sinais. Não vi problemas. Rapidamente estava falando usando gestos.

Mais de um ano depois, eu estava menos arredio e mais confiante que essas pessoas eram mais como meus falecidos pais que como os miseráveis do orfanato.

Minha mãe me chamou para conversar na cozinha, só nós dois. Era um teste, claro que era. Eu tenho pavor de cozinhas.

Apertei a faca que me acompanhava. Não queria machucar essa mulher tão gentil, mas se ela tentasse algo teria que me defender.

Quando entrei ela e
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