Rust- 1920
As botas pesadas fazem os galhos se quebrarem ao passar por eles. Com as mãos no bolso da jaqueta e em silêncio, Tom entra por entres as árvores indo em direção ao oeste da floresta Gty. Sempre com cuidado de olhar a sua volta para que ninguém o seguisse. Ele sabia o que queria encontrar. Ou melhor com quem falar.
Seu pai, o Alfa Romeo, não poderia se quer imaginar o motivo de Tom estar cruzando as fronteiras, apesar de que não era algo proibido. O que tinha de proibido para Tom que seu pai se recusava em aceitar que o seu amor por Kate Hamilton.
Depois de que soube o que acontecerá com Kate, contado pelas bruxas da floresta que a encontram em uma árvores sugando por total completo o corpo de uma serviçal, Tom foi proibido de sair e mandado para Jikutcli. Uma alcateia do outra lado do mundo, para que com isso conseguissem matar Kate Hamilton. O que de fato não haviam conseguido. Uma recém criada era muito forte e insaciável.
Tom para no mesmo instante que ouve passos atrás dele. Seu instinto de lobo diz para que ficassem atento se fosse alguma ameaça..
- O que um Grety faz aqui?- uma voz feminina se abrange na floresta e Tom vira seu rosto para a esquerda encontrando uma mulher de pele escura com seus cabelos como uma cascata preta caindo sobre seus seios. Seus olhos Rosa indica que ele estava no lugar certo.
- Margareth?- ele pergunta olhando atentamente a mulher a sua frente.
- O que quer na floresta negra de Gty?- a mulher tinha um olhar neutro. Não estava surpresa de um Grety está ali. Não era a primeira vez e não seria a última...
- Preciso de ajuda.- Tom diz dando mais alguns passos em direção a bruxa.
- Não me recordo de dever nenhum favor aos Gretys.- a bruxa continuava parada no mesmo lugar.
- Eu sei.- Tom tira a mão do seu bolso juntamente com um relógio de bolso- Mas isso apareceu na minha escrivaninha há duas semanas. E tinha- ele pegou em outro bolso um pedaço de papel.- E esse bilhete com o seu nome escrito.
A bruxa que tinha seu olhar indiferente para o Grety, agora seu olhar marcava preocupação e seus olhos se transformaram em um rosa escuro. Tom estava totalmente fascinado pela troca de cor do olhar da bruxa.
- Alguém estava em seu quarto? Nesse momento?- pergunta a bruxa enquanto caminhava até o rapaz.
- Não senhora. Apenas o relógio e o bilhete.- Tom estendeu sua mão e entregou os pertences a bruxa.
- Como é possível?- ela virou o relógio tirando a parte de trás revelando uma foto antiga. Na foto tinha uma mulher de cabelos presos em um penteado da época. A cor não dava para distinguir mas Margareth sabia exatamente quem era.- Precisa se livrar disso Tom. - a bruxa o olha e entrega novamente o relógio antigo.- Essa foto é uma pintura de 1789. Kate Hamilton. Precisa se livrar disso rapidamente.- a bruxa lhe deu as costas com a intenção de voltar novamente para a densa floresta.
- Eu sonho com ela.- o rapaz moreno e alto se pronuncia fazendo a mulher volta novamente seu olhar a ele. - Tenhos flexes da minha vida passada com Kate. Eu não sei se...- ele guarda o relógio no bolso e passa a mãos nos cabelos- Se é minha mente que me prega peças, mas eu a vi há dois ou três dias atrás. Preciso saber quem é ela.
- Está se ouvindo Grety? - a bruxa retorna para perto do lobo- Ela é uma vampira. Assassina, que volta de tempo em tempos para arruinar Rust.- a bruxa meche com as mãos fazendo uma pequena neblina com imagens- Isso que está vendo é a Kate. Ela foi transformada e treinada para ser um Mostro perigoso pelo Vortemy.- Imagens da jovem vampira drenando sangue de pessoas, ate mesmo de seus próprios pais aparecem na neblina.
- Isso é impossível.- ele tirou os olhos da imagem- Os Vortemys estão mortos.
- Mas o legado deles não.- a bruxa desfaz a neblina de imagens- A Kate é o legados dos Vortemys.
- Então o que eu faço Margarteh?- o menino tinha seus olhos perdidos- Eu nem a conheço mas... é como se um sentimento forte, sabe...- ele coloca as mãos de volta no bolso- Não sei explicar.
- As almas suas eram para ser uma só.- a bruxa volta a falar tendo compaixão do garoto.- Vocês estavam destinados a ficar juntos.- a bruxa cruzou os bracos- Mas infelizmente o que aconteceu com a Kate muda os fatos. Mas...- a bruxa da as costas- Tenho um feitiço. Exigi magia demais e um cansaço avassalador mas eu consigo fazer isso.
- E o que seria?- o rapaz rapidamente perguntou.
- Não se lembrará de Kate e de nenhuma Lembrança do passado que estava com ela.- ela virou novamente- Você terá mas uma chance de reencarnação, mas na próxima vida se vier a acontecer algo morrerá para sempre. E nada poderá quebrar isso.
- Viverei sem saber quem é Kate?- o rapaz perguntar.
- Sim. Mas não garanto que se ela chegar e você se apaixonar por ela o feitiço vai ser quebrado. Uma vez selado não poderá se desfazer.- a bruxa bota as mãos no ombro do jovem lobisomem- A Kate te matou em todas as suas vidas até agora. Ela é a culpada. Por tudo que acontece de ruim em nossa cidade Tom.- a bruxa se afasta e seus olhos começa a voltar da cor Rosa original.
- Eu não sei... Não sei se eu posso...
- Me encontre aqui daqui a dois dias meia noite. - Margareth começa a andar ao lado contrário do Tom- Se quiser ainda farei. Fiz essa promessa a sua mãe. Eu vou cumpri -la.- E então uma neblina surgiu e a bruxa desapareceu.
O jovem lobisomem não queria creditar que ela doce menina de seus frequentes sonhos, fosse a mesma que tinha na neblina causada pela bruxa. Sonhos perfeitos de uma família que nunca aconteceu o visita todas as noites. Os sonhos que lá no fundo de seu coração queria que acontecesse.
Não sabia exatamente qual era a intenção de Kate com as visitas frequentes em seu dia a dia, mas descobrir que era sua morte não estava no plano dele. A intenção de visitar a bruxa era descobrir se ela tinha algum jeito de manter eles juntos. Sem o final de sempre.
Sem sua morte.
No alto de um morro com seu vestido preto da época se encontra a vampira de cabelos negros assim como aquela noite. Escutando toda a conversa entre a bruxa e o lobo. A última coisa que ela queria era que o feitiço citado pela bruxa fosse concretizado ou o seu plano não sairia executado.
Ela só tinha uma missão em seus 240 anos transformada.
Matar Tom Grety em todas as suas vidas.
Tom Grety fazia parte dos que a fizeram mal.
É nenhum deles vai sair ileso disso.
Rust- 2020Um dia de sol na cidade de Rust, faz com que os moradores comecem seu dia de ótimo humor. No centro da cidade os comércios começam seus dias produtivos. Começo de ano e perto das férias de verão a cidade se prepara para receber seus turistas obcecados pelas historias de terror que rodam a pequena cidade. Bruxas, lobos e vampiros em uma guerra infinita. Historias contadas pelas anciões da cidade.Em uma mercearia não longe do centro da cidade se encontra Margareth. Com uma cesta nas mãos, ela faz compras de ervas e tudo que precisa para não sair de casa pelas próximas duas semanas.Há alguns dias para trás, seu cordão dado por Sara, sua tia, vem lhe mostrando uma névoa preta e pesada chegando em Rust. E ela lá no fundo não quer acreditar, mas ela tem uma noção do que se trata. Fazia cerca de 150 anos que o cordão não lhe mostrava nada. Pelo menos até agora.- Margareth?- a voz do adolescente chama por ela fazendo ela tirar a atenção de algumas ervas. Malcon, o atendente da l
As portas da grande casa antiga é aberta fazendo um ranger assustador. Os móveis em perfeito estado com mais de 100 anos trazem beleza e sofisticação ao lugar, apensar de empoeirados.O único som ouvido da casa é do salto de Kate que preenche o lugar. Ela se direciona a escadaria subindo os degraus na madeira maciça relembrando das vezes que descer essas escadas correndo causava pânico em sua mãe, que lhe repreendia dizendo que deveria se comportar com uma menina da classe que era.Na última porta do segundo andar da casa ficava o escritório de James Hamilton. Um dos homens mais respeitados da sua década. Naquele escritório a única coisa que se via era homens de elite que faziam reuniões frequentes. Os assuntos nunca se sabem. Kate já até tentou escutar e espionar algumas vezes, mas sua mãe sempre estava a beira para vigia-lá.Kate abre a porta encontrando tudo do jeito que deixou. Os Hamilton tinha uma preferência. Manter sua casa longe da cidade, assim teriam mais privacidade de tud
Rust- 1789As árvores se movimentavam diante do pequeno vento que corria naquele dia. O sol amistoso e confortavelmente quente, fazia o dia ficar mais gracioso ainda. O verão era lindo em Rust.Todos na grande e extensa casa dos Hamilton, estavam fazendo seus devidos trabalhos, enquanto Kate era convidada para passear no bosque que tinha perto de sua casa pelo seu grande amigo Harry.Harry tinha chegado a pequena cidade de Rust há um pouco mais de 2 anos. Sua aparência bonita chamou atenção das donzelas de Rust. Mas por incrível que pareça o rapaz tinha gostado mais da menina que todos queriam. Kate Hamilton. Depois de fazer os Hamilton conhecer os Voltremys ou Vontres, Harry e Kate se tornaram melhores amigos. No qual o pai de Kate só confiara nele.- Então caro senhor Voltremys...- Kate sorriu- Qual o motivo de sua visita e convite a passeio?- Harry sorriu e botou suas duas mãos para trás. Os olhos verdes do jovem brilhava somente ouvindo a voz da donzela de cabelos pretos como a n
Rust- 2020- Mas esse livro que você falou.- citou Margareth acompanhando Kate pelas escadas da grande casa.- Um livro que Sara confio a mim. Um livro de feitiços que ela usava quando tinha uma necessidade grande. - Kate abre a porta do escritório com a bruxa indo logo atrás. A testa da morena se franziu em confusão. Sabia que era mentira, pois la tinha o livro de feitiços de sua tia muito bem guardado. Margareth tinha o livro de feitiços da Sara. Dada pela própria, então ela não entendia como essa história de Kate seria verdadeira.- Não cansa de mentir?- Margareth fica em pé em frente à vampira que se sentou na grande cadeira a olhando.- O livro e único que Sara tinha está comigo e bem lacrado com um feitiço.- Kate sorri enchendo o copo de whisky.- Aquele livro contém os mais simples feitiços. Você como uma boa bruxa que é, devia saber.- Kate toma o líquido em um só gole.- Mas é muito para sua cabeça jovem.- Margareth revirou os olhos e se sentou na cadeira.- Já que essa pedra f
Os olhos Rosa de Margareth está estagnado olhando para o grande homem loiro em sua frente. Ela sabia que devia ter falado que o maior inimigo da alcateia estava de volta, mas não falou e agora o líder da alcateia que jurou proteger está aqui procurando uma resposta certa dela.- Me responderá ou não?- o lobo pergunta. Margareth engoliu seco, e tentou ganhar tempo para poder dizer algo que convença o Theodor.- Eu estava conquistando a confiança dela para tê-la em nosso favor Theodor.- o grande homem sorri, dando passos em direção a bruxa.- A confiança para matar mais um da minha alcateia?- Theodor passa a mão pelo pescoço de Margareth fazendo a mulher levar um susto com o impacto com a mão no pescoço.- Eu entreguei a vida deles em sua mão para você nos trai desse jeito?- ele apertou uma mão no pescoço de Margareth que sente sua garganta se fechar e seus olhos terem a sensação de saírem para fora.- Os... Vortymes... estão vindo.- o lobo alfa a olhou com atesta franzida ainda com a mã
Rust- 1790O corpo magro no chão ensaguentado, na floresta escura, está sem se mexer. Com a pele branca, sem vida largada no chão sozinha. Mas verdadeiramente como traço de sorte, inimaginável para humanos, a menina acorda de repente.Com os olhos esbugalhados, ela demora a entender que voltou a acordar, depois de um pesadelo. Mas ao olhar para os lados, ela se ver sozinha no breu da floresta que conhecia muito bem. Se levantando com dificuldade, Katherine Hamilton, já imagina que o que viveu não foi apensas um pesadelo. Katherine coloca a mão na direção do coração, mas se assusta de não sentir nenhum batimento. Colocando o dedo embaixo do seu nariz para sentir sua respiração, porém ela também percebe que nem isso ela consegue sentir. - Mas o que está acontecendo?- ela sussurra para a floresta.- Eu estou...- ela não podia acreditar no que estava acontecendo. Como pode um humano estar andando mas não está vivo?"Doce Kate ... Você sabia que eu ouço sua pulsação e o sangue correndo e
Na cozinha da pequena cabana na floresta, Margareth se mantinha concentrada no que fazia.Com uma adaga de bronze que tinha guardada a muito tempo, como presente de sua avó, ela banhava a adaga em algumas ervas citadas no livro. Um chá de taxus baccata e verbena. Margareth tinha sua mente cheia de borbulos, dois lados em conflito. Ela sabia a consequência que teria em seu ato, mas ela também tinha promessa a cumprir. Como faria algo assim, sem ser descoberta pela Kate? A chamaria e faria sem nem perguntar se o que Theodor disse era verdade? Ora para que ele mentiria para ela? Como ele saberia que Kate estava aqui? - Que droga.- Margareth fala e retira a adaga de dentro da bacia e coloca contra a luz.Ela fica observando a adaga absorver todo o liquido que ficou nela. Então para ver se realmente funciona ela pega sua mão direita e faz um pequeno corte. Demora cerca de cinco segundo para ela começar a sentir uma dor insuportável na mão. Ela ficou olhando para ver se o corte cicatrizar
As árvores silenciosas da cidade Rust deixam Kate mais desesperada. A corrida com os pés descalços fazendo com que fossem dilacerados por alguns espinhos ao longo do caminho na estrada que ela sempre caminhara junto de sua companhia mais agradável. O único som que se ouvia era de seus de seus pés batendo no chão.Seu vestido que já foi tão bonito quanto sua pele branca e cabelo negros devidamente arrumados, agora não passava de apenas um trapo velho e sujo em seu corpo magro. Seu cabelo, que horas atrás estava em um coque bem cuidado e envolto de tranças feitos por sua serva Sara, estava voando junto com as lágrimas de Kate.Naquela noite, que seria uma das especiais para Kate, pois ela finalmente encontraria seu noivo, aquele em que seu pai estava disposto a entregar sua amada filha, mal sabia ela que um monstro de contos de fadas em livros antigos da biblioteca da cidade, estava esperando por ela quando ela estava a sair de casa. Kate contava como o medo e ao mesmo tempo fascínio po