As portas da grande casa antiga é aberta fazendo um ranger assustador. Os móveis em perfeito estado com mais de 100 anos trazem beleza e sofisticação ao lugar, apensar de empoeirados.
O único som ouvido da casa é do salto de Kate que preenche o lugar. Ela se direciona a escadaria subindo os degraus na madeira maciça relembrando das vezes que descer essas escadas correndo causava pânico em sua mãe, que lhe repreendia dizendo que deveria se comportar com uma menina da classe que era.
Na última porta do segundo andar da casa ficava o escritório de James Hamilton. Um dos homens mais respeitados da sua década. Naquele escritório a única coisa que se via era homens de elite que faziam reuniões frequentes. Os assuntos nunca se sabem. Kate já até tentou escutar e espionar algumas vezes, mas sua mãe sempre estava a beira para vigia-lá.
Kate abre a porta encontrando tudo do jeito que deixou. Os Hamilton tinha uma preferência. Manter sua casa longe da cidade, assim teriam mais privacidade de tudo e todos. O que a vampira agradeceu internamente aos pais.
Os moradores de Rust não se atreviam ir para o sul da floresta antiga. As história de vampiros e lobisomens naquela área era demais para alguém se quer ter a coragem. A grande guerra entre os animais mais mortais do mundo. Bobagens sem igual, cada predador tinha leis e todos cumpriam sem haver guerra.
Sentando nas grande poltrona do James Hamilton, Kate encosta suas costas e cabeça fechando os olhos apenas relaxando, lembrando quantas vezes ela queria sentar ali e se sentir como seu pai. Dono de tudo. Mas ao mesmo tempo sabia que havia sido treinada por sua vida toda ser uma ótima esposa, assim como fora sua mãe. E lá no fundo era o que Kate queria na naquela época.
A porta da frente é aberta fazendo o mesmo barulho macabro, revelando um rapaz de aparência jovem. Seus cabelos loiros, seus olhos vermelhos e seu sorriso presunçoso desperta Kate no andar de cima.
Kate sai do escritório fechando a porta e descendo as escadas. O rapaz que se jogou no sofá da sala já sabendo que a vampira estava vindo ao seu encontro.
- Olá Kate.- ele cumprimentou quando Kate aparece em sua frente.
- Você chegou.- ela da as costas pro vampiro e vai até o pequeno móvel que continha em cima algumas garrafas de bebidas.- Ben Cooper. Até que veio rápido.
- Você chama e eu venho correndo.- ele usa sua velocidade para chegar até Kate.- Como um belo e obediente cachorrinho.- Kate oferece um copo da bebida que se serviu. O menino que tinha cerca de 18 anos, pelo menos há uns 70 anos anos, era como um velho capanga de Kate.
- Fico agradecida por ter vindo.
- Não há de quê!- Ben sorriu aceitando o copo e levantando em direção a Kate que devolveu o cumprimento. Ben deu uma grande golada e deixou o copo no mesmo móvel onde tinha as bebidas. - Mas o que há de tão grave?- ele volta para o sofá.
- Não sei bem, mas...- Kate bebe todo o líquido de vez- Mas os Vontres estão vivos.- Ben que estava despreocupado, mudo sua posição para alerta.
- Vontres?- ele voltou a ficar cara a cara com Kate.- Impossível. Você acabou com tudo a 120 anos atrás.- ela balancou seus ombros olhando ainda para Ben.
- Foi o que pensei.- Kate se afasta de Ben- Mas creio que é mais o "legado" dos Vontres. Alguém que tem as mesmas ideias deles.
- Da a eternidade para todos?- Ben pergunta se sentando no sofá.
- É loucura. Suicídio. E guerra.- Kate se senta no mesmo sofá- Dos que restaram ou quem esta por trás disso tem que parar. - Kate encara Ben que parecia estar pensativo.
- E como pretende fazer esse ato heroico?
- Tudo que eu preciso é de uma bruxa.
- E já conseguiu sua Bruxa?- ele deita botando os pés em cima da perna de Kate que logo o afasta.
- Ela vai vim. Mesmo me odiando ela vai vim até mim. Ela me deve isso- Kate se levanta e olha para a grande janela. Olhando as diversas arvores que cercava a grande propriedade.
- Assim como eu. Por toda a eternidade.- Ben se levanta do sofá e faz uma reverência.
- Não me agradeça por isso. Ninguém quer viver a eternidade.- Kate o olha pela última vez e vai em direção às escadas.
- Eu quero- o rapaz sorri.- Então estou oficialmente convidado a ficar na sua casa?
- Eu já te convidei a anos. Idiota.-Kate acaba sorrindo- Escolha um dos quartos do segundo andar. E não me perturbe.- Kate começou a subir as escadas.
- Tô com fome- Ben fala indo em direção a cozinha. Nesse momento a campanha toca e os dois vampiros param onde estavam.- Eu atendo?- pergunta para Kate que balança a cabeça afirmando. Então o menino ajeita sua roupa antes de abrir a porta fazendo Kate revira seus olhos.
Ben anda até a porta e para olhando novamente para Kate que mantém sua posição. Ao abrir a porta a imagem de Margareth é vista e Kate volta a descer os poucos degraus que subiu.
Margaret olha para o rapaz que tinha um sorriso no rosto e entra na casa. Fazia três dias desde que Kate tinha aparecido em sua casa pedindo ajuda. Hoje ela resolveu ir até lá lhe da uma resposta.
- Bem vinda Mag.- Kate parou perto do sofá.
- Eu aceito te ajudar.- a bruxa fala sem rodeios.
- Bom... Eu vou... pra la- Ben se pronuncia fechando a porta e saindo rápido dali.
- Ótimo.- Kate sorri.
- Com uma condição.- a bruxa ainda encarava a vampira.
- Não tem condições. Não foi o que tratei.- Kate vai até a bruxa- Se não se lembra você me deve isso.
- Então morra Kate Hamilton. Juntos com os Vontres.- Margareth da as costas para Kate e sai andando. Kate pensa em apenas quebrar o maldito pescoço da bruxa que já estava com a mão na maçaneta.
- Qual sua condição?- a voz de Kate faz Margareth parar e se volta a vampira.
- Que assim que eu te ajudar com os Vontres você sai daqui. Sai de Rust,- a bruxa fica de cara a cara com Kate- E nunca mais volte aqui outra vez.
-Esta pedindo para eu não voltar mais no lugar que é a minha casa?- Kate chega mais perto ficando a centímetros de Margareth.
- Já não é sua casa a muito tempo.- Margareth responde sem se afastar. Kate a encara pensando se deve aceitar. Ela não tinha muita escolha e nem muita coisa a perder. Somente Margareth podia fazer aquilo.
- Tudo bem- Kate balança os ombros e dando as costas para a mulher de pele negra.
- Tudo bem- Margareth suspirou aliviada. Por mais dura que posso tentar ter sido, ela temia que Kate não aceitasse.- Então... Qual é o seu plano?
- Seu colar.- Kate aponta para o colar no pescoço de Margareth.
- Meu colar? O que tem meu colar?- Kate estende a mão balançando os dedos como pedido para a bruxa entregar o colar.- Eu não te darei meu colar- Margareth bota a mão no cordão em formar de losango.
- Não confia em mim?- Kate pergunta dando um sorriso cúmplice em implicância
- Claro que não.- a bruxa da um passo para trás.
- Lhe devolverei no mesmo instante. Eu prometo. Sabe que nunca quebro promessa.- Kate estendeu a mão novamente. Margareth hesitou por mais alguns segundos até que tirou o cordão dando a Kate.- Sua tia colocou algo nesse cordão que vale vidas.- Kate aperta em um mínimo botão secreto e um tampa abre revelando uma espécie de cristal.- Isso é Kijuty. Com o feitiço certo e esse cristal, seu maior pedido se realizará.- Kate encara o cristal.
- Mas que feitiço é esse? E como eu não sabia desse cristal?- a bruxa também encara o cristal transparente que parecia um grão de arroz.
- O mundo é mais do que queimar vampiros Mag- Kate guarda novamente o cristal no cordão entregando a Margareth que volta a colocar no pescoço.- Viu? Promessa cumprida.
- Prometeu também que me mataria. E está aqui pedindo minha ajuda.- Margareth sorriu convencida cruzando os braços.
- Não faltará oportunidade. Garanto- Kate piscou para Margareth que desfez o sorriso.
Uma amizade que acabou estava a ponto de botar a prova uma confiança que não existia.
Kate queria confiar em Margareth.
E Margareth não queria confiar em Kate. As duas tinham a mesma ideia.Se juntar ao inimigo até que sobre só um.
Rust- 1789As árvores se movimentavam diante do pequeno vento que corria naquele dia. O sol amistoso e confortavelmente quente, fazia o dia ficar mais gracioso ainda. O verão era lindo em Rust.Todos na grande e extensa casa dos Hamilton, estavam fazendo seus devidos trabalhos, enquanto Kate era convidada para passear no bosque que tinha perto de sua casa pelo seu grande amigo Harry.Harry tinha chegado a pequena cidade de Rust há um pouco mais de 2 anos. Sua aparência bonita chamou atenção das donzelas de Rust. Mas por incrível que pareça o rapaz tinha gostado mais da menina que todos queriam. Kate Hamilton. Depois de fazer os Hamilton conhecer os Voltremys ou Vontres, Harry e Kate se tornaram melhores amigos. No qual o pai de Kate só confiara nele.- Então caro senhor Voltremys...- Kate sorriu- Qual o motivo de sua visita e convite a passeio?- Harry sorriu e botou suas duas mãos para trás. Os olhos verdes do jovem brilhava somente ouvindo a voz da donzela de cabelos pretos como a n
Rust- 2020- Mas esse livro que você falou.- citou Margareth acompanhando Kate pelas escadas da grande casa.- Um livro que Sara confio a mim. Um livro de feitiços que ela usava quando tinha uma necessidade grande. - Kate abre a porta do escritório com a bruxa indo logo atrás. A testa da morena se franziu em confusão. Sabia que era mentira, pois la tinha o livro de feitiços de sua tia muito bem guardado. Margareth tinha o livro de feitiços da Sara. Dada pela própria, então ela não entendia como essa história de Kate seria verdadeira.- Não cansa de mentir?- Margareth fica em pé em frente à vampira que se sentou na grande cadeira a olhando.- O livro e único que Sara tinha está comigo e bem lacrado com um feitiço.- Kate sorri enchendo o copo de whisky.- Aquele livro contém os mais simples feitiços. Você como uma boa bruxa que é, devia saber.- Kate toma o líquido em um só gole.- Mas é muito para sua cabeça jovem.- Margareth revirou os olhos e se sentou na cadeira.- Já que essa pedra f
Os olhos Rosa de Margareth está estagnado olhando para o grande homem loiro em sua frente. Ela sabia que devia ter falado que o maior inimigo da alcateia estava de volta, mas não falou e agora o líder da alcateia que jurou proteger está aqui procurando uma resposta certa dela.- Me responderá ou não?- o lobo pergunta. Margareth engoliu seco, e tentou ganhar tempo para poder dizer algo que convença o Theodor.- Eu estava conquistando a confiança dela para tê-la em nosso favor Theodor.- o grande homem sorri, dando passos em direção a bruxa.- A confiança para matar mais um da minha alcateia?- Theodor passa a mão pelo pescoço de Margareth fazendo a mulher levar um susto com o impacto com a mão no pescoço.- Eu entreguei a vida deles em sua mão para você nos trai desse jeito?- ele apertou uma mão no pescoço de Margareth que sente sua garganta se fechar e seus olhos terem a sensação de saírem para fora.- Os... Vortymes... estão vindo.- o lobo alfa a olhou com atesta franzida ainda com a mã
Rust- 1790O corpo magro no chão ensaguentado, na floresta escura, está sem se mexer. Com a pele branca, sem vida largada no chão sozinha. Mas verdadeiramente como traço de sorte, inimaginável para humanos, a menina acorda de repente.Com os olhos esbugalhados, ela demora a entender que voltou a acordar, depois de um pesadelo. Mas ao olhar para os lados, ela se ver sozinha no breu da floresta que conhecia muito bem. Se levantando com dificuldade, Katherine Hamilton, já imagina que o que viveu não foi apensas um pesadelo. Katherine coloca a mão na direção do coração, mas se assusta de não sentir nenhum batimento. Colocando o dedo embaixo do seu nariz para sentir sua respiração, porém ela também percebe que nem isso ela consegue sentir. - Mas o que está acontecendo?- ela sussurra para a floresta.- Eu estou...- ela não podia acreditar no que estava acontecendo. Como pode um humano estar andando mas não está vivo?"Doce Kate ... Você sabia que eu ouço sua pulsação e o sangue correndo e
Na cozinha da pequena cabana na floresta, Margareth se mantinha concentrada no que fazia.Com uma adaga de bronze que tinha guardada a muito tempo, como presente de sua avó, ela banhava a adaga em algumas ervas citadas no livro. Um chá de taxus baccata e verbena. Margareth tinha sua mente cheia de borbulos, dois lados em conflito. Ela sabia a consequência que teria em seu ato, mas ela também tinha promessa a cumprir. Como faria algo assim, sem ser descoberta pela Kate? A chamaria e faria sem nem perguntar se o que Theodor disse era verdade? Ora para que ele mentiria para ela? Como ele saberia que Kate estava aqui? - Que droga.- Margareth fala e retira a adaga de dentro da bacia e coloca contra a luz.Ela fica observando a adaga absorver todo o liquido que ficou nela. Então para ver se realmente funciona ela pega sua mão direita e faz um pequeno corte. Demora cerca de cinco segundo para ela começar a sentir uma dor insuportável na mão. Ela ficou olhando para ver se o corte cicatrizar
As árvores silenciosas da cidade Rust deixam Kate mais desesperada. A corrida com os pés descalços fazendo com que fossem dilacerados por alguns espinhos ao longo do caminho na estrada que ela sempre caminhara junto de sua companhia mais agradável. O único som que se ouvia era de seus de seus pés batendo no chão.Seu vestido que já foi tão bonito quanto sua pele branca e cabelo negros devidamente arrumados, agora não passava de apenas um trapo velho e sujo em seu corpo magro. Seu cabelo, que horas atrás estava em um coque bem cuidado e envolto de tranças feitos por sua serva Sara, estava voando junto com as lágrimas de Kate.Naquela noite, que seria uma das especiais para Kate, pois ela finalmente encontraria seu noivo, aquele em que seu pai estava disposto a entregar sua amada filha, mal sabia ela que um monstro de contos de fadas em livros antigos da biblioteca da cidade, estava esperando por ela quando ela estava a sair de casa. Kate contava como o medo e ao mesmo tempo fascínio po
Rust- 1920As botas pesadas fazem os galhos se quebrarem ao passar por eles. Com as mãos no bolso da jaqueta e em silêncio, Tom entra por entres as árvores indo em direção ao oeste da floresta Gty. Sempre com cuidado de olhar a sua volta para que ninguém o seguisse. Ele sabia o que queria encontrar. Ou melhor com quem falar.Seu pai, o Alfa Romeo, não poderia se quer imaginar o motivo de Tom estar cruzando as fronteiras, apesar de que não era algo proibido. O que tinha de proibido para Tom que seu pai se recusava em aceitar que o seu amor por Kate Hamilton.Depois de que soube o que acontecerá com Kate, contado pelas bruxas da floresta que a encontram em uma árvores sugando por total completo o corpo de uma serviçal, Tom foi proibido de sair e mandado para Jikutcli. Uma alcateia do outra lado do mundo, para que com isso conseguissem matar Kate Hamilton. O que de fato não haviam conseguido. Uma recém criada era muito forte e insaciável. Tom para no mesmo instante que ouve passos atrás
Rust- 2020Um dia de sol na cidade de Rust, faz com que os moradores comecem seu dia de ótimo humor. No centro da cidade os comércios começam seus dias produtivos. Começo de ano e perto das férias de verão a cidade se prepara para receber seus turistas obcecados pelas historias de terror que rodam a pequena cidade. Bruxas, lobos e vampiros em uma guerra infinita. Historias contadas pelas anciões da cidade.Em uma mercearia não longe do centro da cidade se encontra Margareth. Com uma cesta nas mãos, ela faz compras de ervas e tudo que precisa para não sair de casa pelas próximas duas semanas.Há alguns dias para trás, seu cordão dado por Sara, sua tia, vem lhe mostrando uma névoa preta e pesada chegando em Rust. E ela lá no fundo não quer acreditar, mas ela tem uma noção do que se trata. Fazia cerca de 150 anos que o cordão não lhe mostrava nada. Pelo menos até agora.- Margareth?- a voz do adolescente chama por ela fazendo ela tirar a atenção de algumas ervas. Malcon, o atendente da l