Rust- 1789
As árvores se movimentavam diante do pequeno vento que corria naquele dia. O sol amistoso e confortavelmente quente, fazia o dia ficar mais gracioso ainda. O verão era lindo em Rust.
Todos na grande e extensa casa dos Hamilton, estavam fazendo seus devidos trabalhos, enquanto Kate era convidada para passear no bosque que tinha perto de sua casa pelo seu grande amigo Harry.
Harry tinha chegado a pequena cidade de Rust há um pouco mais de 2 anos. Sua aparência bonita chamou atenção das donzelas de Rust. Mas por incrível que pareça o rapaz tinha gostado mais da menina que todos queriam. Kate Hamilton.
Depois de fazer os Hamilton conhecer os Voltremys ou Vontres, Harry e Kate se tornaram melhores amigos. No qual o pai de Kate só confiara nele.
- Então caro senhor Voltremys...- Kate sorriu- Qual o motivo de sua visita e convite a passeio?- Harry sorriu e botou suas duas mãos para trás. Os olhos verdes do jovem brilhava somente ouvindo a voz da donzela de cabelos pretos como a noite.
- Ver uma amiga não é suficiente?- Kate olhou para o céu azul e sorriu mais ainda.- Quero lhe pedir desculpas pela minha atitude a três ďias atrás.- ele olhou para baixo envergonhado, pois roubar um beijo da jovem que era sua amiga, não foi de tal esperteza a ser admirada.
- Não se preocupe.- Kate sorriu pegando sua mão.- É um rapaz bem bonito senhor Harry. Vai encontrar alguém que o corresponda.- Kate soltou sua mão e voltou a andar.
Kate deveria saber que Harry nunca foi um homem que recebia um não. Ou um talvez. Ele sempre conseguiria o que queria.
- Mesmo assim devo me desculpar pelo meus modos.- ele voltou a andar juntamente com Kate- Nossa família passará o dia de ação de graças e Natal juntos. Devemos estar bem.
- Sim. Por isso estamos bem, não estamos?- Kate levanto o dedo mindinho sorrindo para Harry. Ele de pronto também encaixou seu dedo no dela.
- Tenho algo a te contar.- Kate deu dois pulinhos e parou em frente à Harry- Creio quem nem eu esperava por isso.- o sorriso da menina se alargou mais ainda fazendo suas bochechas ficarem vermelhas.
-Uau... - Harry sorriu contagiado com a alegria de Kate.- Conta-me então a tal novidade.- ela fez um suspense sustentando seu sorriso antes de continuar.
- Vou conhecer Tom. O meu prometido.- Kate deu as costas dando um suspiro apaixonado- Isso não é incrível?
Toda a alegria de Harry e qualquer vestígio de sorriso avia ido embora. Harry tinha a esperança em si de que com algumas investidas dele, conseguiria o amor de Kate. Mas depois disso foi como se estivessem encravado uma estaca em seu coração.
- Eu realmente não estava esperando por isso- ele forçou o sorriso.- Está bem animada não é mesmo?- ele seguiu ela quando começaram a andar novamente.- E seus pais já lhe falaram algo?- Harry sabia os segredos que rodavam a família de Tom, o que fez ele questionar se a família de Kate estaria envolvida nessa historia de lobo e vampiro.
- Tipo o que?- Kate olha rápido para Harry logo voltando sua atenção para a flor que cheirava.
- Sobre como vai ser o casamento... Sei lá- ele diz sorrindo.
- Eles me deram opção de escolha.- Kate olha para Harry- Apesar de você saber muito bem que ele gosta das regras.- ela arrancou a flor e chegou perto de Harry- Mas eu sinto que eu e ele somos alma gêmea.- ela entregou a flor para ele apontando para sua cabeleira preta que hoje estava em um penteado solto.- Já sentiu isso por alguém?- ela olhava em seus olhos sorrindo, ele via um brilho quando ela falava sobre Tom, o que nunca aconteceu quando estava com ele. O que lhe causou um certo ciumes.
Harry ajeitou a flor branca que fazia um contraste mais que belo no cabelo preto da Jovem.
- Sim.- ele sorriu pegando a mecha no seu cabelo.
- É mágico não é?- Kate volta a andar entre as flores.
- Sim. Mas mágica é truque. E nem sempre o truque é realmente legal.- ela olho pra ele.
- Verdade- Kate sorriu.
Harry observava a jovem em pleno seus 19 anos, mas com a inocência de uma criança de 6. Ele gostava dessa inocência, capacidade de perdoar. A humanidade vivida nela. Humanidade que só ela conseguia botar nele.
- Acredita em vampiros Kate?- Harry perguntava repente fazendo a jovem olhar para ele.
- Não sei. As vezes sim, as vezes não.- Ela chegou até ele- Você acredita?
- Depende.
- Depende? Que resposta é essa?- ela sorriu fazendo Harry rir também.- Mesmo se existir eles estão vivendo a muito tempo.
- A única coisa que sei é que eles têm a eternidade e isso é legal.
- Ninguém quer viver a eternidade Harry.- ela mexeu no cabelo do rapaz- A eternidade é tempo demais. Vive demais. Anos demais.- ela suspirou- Imagina ver pessoas que você ama morrer e não poder fazer nada?
- Pode transforma-la.- Harry arruma seu cabelo- Assim todos viverá para sempre.
- Ainda sim tempo demais.- a menina pega o braço de Harry e sai puxando ele de volta para sua casa dando por encerrada a conversa sobre vampiros entre eles.
Depois de deixa-lá na porta de casa novamente, Harry faz seu caminho até a casa que ele vivia. Durante o caminho pensava em volta a casa de Kate e fazer ela enxergar que a eternidade seria ótimo. Que poderia ser amigos para sempre. Ou pelo tempo que passaria ela finalmente sentiria algo mais que amizade para com o jovem de 98 anos.
Chegando em casa, ele passa por Davis e Ster que estavam na sala, lendo algum de seus diversos livros.
- Como foi lá?- Davis é o primeiro a se manifestar vendo que Harry passara rápido por eles.
- Nada de novo.- Harry começou a subir as escadas.
- Quando irá transforma-la? Já passou da hora não acha?- Ster se levanta do sofá e vai até o rapaz. Ela estava fazendo o papel de mãe para que o disfarce fosse convincente.
- Estamos em final de ano Ster. Quer chamar atenção e ser queimada viva?- Harry para e olha pra mulher de aparência jovial apesar da idade que tinha na transformação.
- Já estou morta de qualquer forma. .- ela lhe deu as costas.
- E vai morrer novamente se ficar feito uma tola querendo colocar suas vontades acima do que foi mandado.
- Está apaixonado Harry?- Davis vira a cabeça para direção em que Harry estava olhando para Ster.
- Não diga asneiras. Eu não estou apaixonado pela humana tola.- ele desceu os degraus que já tinha subido.- Estou preservando nossas peles para não morremos. Agora se me dêem licença eu tenho mais o que fazer do que jogar conversa fora.- ele dá as costas pro casal e sai andando.
Harry sobe novamente as escadas entrando em seu quarto.
As mentiras que Harry contava se escondiam atrás da sua casca dura de vampiro. Ele tinha se apaixonado pela Kate desde o momento em que ela saiu de sua carruagem quando ele estava chegando ao centro da cidade.
- Comovente seu pedido de desculpas. - a menina sentada em sua janela lhe olhava com seus olhos vermelhos- Quase fiquei...- ela fez cara de apaixonada.- Com ciúmes.- Harry olha para a mulher que agora vem em sua direção. Ela j**a seus cabelos pretos para as costas.
- Estava nos observando?- Harry pega no cabelo da mulher.
- Me enoja ver que ela é tão inocente.- a jovem lhe da as costas e mexe nas unhas- Acho que a eternidade vai lhe fazer bem.- com a velocidade rápida pegou no pescoço do rapaz e prendeu ele na parede - Agora me fale querido Harry... qual é o seu problema?- ela fica séria.
- Do que está falando?- Harry fala com dificuldade. Para uma menina recém formada ela era mais forte que ele.
- Eu quero Kate transformada para ontem seu idiota.- a ruiva chega mais perto dele ficando cara a cara.- Eu não vou ser boazinha se eu for transforma-la.- Eu vou arrancar o coração dela e acabou essa historia dos Vontres.
- Vou trans...- A ruiva aperta mais o pescoço de Harry- Eu prometo.- a jovem ainda ficou segurando seu pescoço por alguns segundo o encarando e depois finalmente soltou, fazendo ele cair no chão.
- Achei que estava apaixonado por mim Harry. Não pela Kate. Porque tudo tem que ser dela?- os olhos vermelhos da Jovem olharam para o Harry.
- Eu amo você Anne. Só você.- Harry chega perto dela e faz carinho em seu rosto.- Eu...- Anne pega a mão de Harry e segura com força fazendo o carinho se cessar.
- Então transforma ela. Por que se não fizer eu mesma farei e ainda vou enfiar uma estaca no seu coração. Sem pena- disse sussurrando.- ela soltou a mão dele com força e lhe deu uma ultima olhada.
Como apareceu de repente, Anne desapareceu da mesma forma.
Harry não tinha opção. Ele amava Anne assim como estava se apaixonando pela Kate.
Ele precisava fazer.
Precisa de Kate pela a eternidade. Ser dele pra sempre.
Rust- 2020- Mas esse livro que você falou.- citou Margareth acompanhando Kate pelas escadas da grande casa.- Um livro que Sara confio a mim. Um livro de feitiços que ela usava quando tinha uma necessidade grande. - Kate abre a porta do escritório com a bruxa indo logo atrás. A testa da morena se franziu em confusão. Sabia que era mentira, pois la tinha o livro de feitiços de sua tia muito bem guardado. Margareth tinha o livro de feitiços da Sara. Dada pela própria, então ela não entendia como essa história de Kate seria verdadeira.- Não cansa de mentir?- Margareth fica em pé em frente à vampira que se sentou na grande cadeira a olhando.- O livro e único que Sara tinha está comigo e bem lacrado com um feitiço.- Kate sorri enchendo o copo de whisky.- Aquele livro contém os mais simples feitiços. Você como uma boa bruxa que é, devia saber.- Kate toma o líquido em um só gole.- Mas é muito para sua cabeça jovem.- Margareth revirou os olhos e se sentou na cadeira.- Já que essa pedra f
Os olhos Rosa de Margareth está estagnado olhando para o grande homem loiro em sua frente. Ela sabia que devia ter falado que o maior inimigo da alcateia estava de volta, mas não falou e agora o líder da alcateia que jurou proteger está aqui procurando uma resposta certa dela.- Me responderá ou não?- o lobo pergunta. Margareth engoliu seco, e tentou ganhar tempo para poder dizer algo que convença o Theodor.- Eu estava conquistando a confiança dela para tê-la em nosso favor Theodor.- o grande homem sorri, dando passos em direção a bruxa.- A confiança para matar mais um da minha alcateia?- Theodor passa a mão pelo pescoço de Margareth fazendo a mulher levar um susto com o impacto com a mão no pescoço.- Eu entreguei a vida deles em sua mão para você nos trai desse jeito?- ele apertou uma mão no pescoço de Margareth que sente sua garganta se fechar e seus olhos terem a sensação de saírem para fora.- Os... Vortymes... estão vindo.- o lobo alfa a olhou com atesta franzida ainda com a mã
Rust- 1790O corpo magro no chão ensaguentado, na floresta escura, está sem se mexer. Com a pele branca, sem vida largada no chão sozinha. Mas verdadeiramente como traço de sorte, inimaginável para humanos, a menina acorda de repente.Com os olhos esbugalhados, ela demora a entender que voltou a acordar, depois de um pesadelo. Mas ao olhar para os lados, ela se ver sozinha no breu da floresta que conhecia muito bem. Se levantando com dificuldade, Katherine Hamilton, já imagina que o que viveu não foi apensas um pesadelo. Katherine coloca a mão na direção do coração, mas se assusta de não sentir nenhum batimento. Colocando o dedo embaixo do seu nariz para sentir sua respiração, porém ela também percebe que nem isso ela consegue sentir. - Mas o que está acontecendo?- ela sussurra para a floresta.- Eu estou...- ela não podia acreditar no que estava acontecendo. Como pode um humano estar andando mas não está vivo?"Doce Kate ... Você sabia que eu ouço sua pulsação e o sangue correndo e
Na cozinha da pequena cabana na floresta, Margareth se mantinha concentrada no que fazia.Com uma adaga de bronze que tinha guardada a muito tempo, como presente de sua avó, ela banhava a adaga em algumas ervas citadas no livro. Um chá de taxus baccata e verbena. Margareth tinha sua mente cheia de borbulos, dois lados em conflito. Ela sabia a consequência que teria em seu ato, mas ela também tinha promessa a cumprir. Como faria algo assim, sem ser descoberta pela Kate? A chamaria e faria sem nem perguntar se o que Theodor disse era verdade? Ora para que ele mentiria para ela? Como ele saberia que Kate estava aqui? - Que droga.- Margareth fala e retira a adaga de dentro da bacia e coloca contra a luz.Ela fica observando a adaga absorver todo o liquido que ficou nela. Então para ver se realmente funciona ela pega sua mão direita e faz um pequeno corte. Demora cerca de cinco segundo para ela começar a sentir uma dor insuportável na mão. Ela ficou olhando para ver se o corte cicatrizar
As árvores silenciosas da cidade Rust deixam Kate mais desesperada. A corrida com os pés descalços fazendo com que fossem dilacerados por alguns espinhos ao longo do caminho na estrada que ela sempre caminhara junto de sua companhia mais agradável. O único som que se ouvia era de seus de seus pés batendo no chão.Seu vestido que já foi tão bonito quanto sua pele branca e cabelo negros devidamente arrumados, agora não passava de apenas um trapo velho e sujo em seu corpo magro. Seu cabelo, que horas atrás estava em um coque bem cuidado e envolto de tranças feitos por sua serva Sara, estava voando junto com as lágrimas de Kate.Naquela noite, que seria uma das especiais para Kate, pois ela finalmente encontraria seu noivo, aquele em que seu pai estava disposto a entregar sua amada filha, mal sabia ela que um monstro de contos de fadas em livros antigos da biblioteca da cidade, estava esperando por ela quando ela estava a sair de casa. Kate contava como o medo e ao mesmo tempo fascínio po
Rust- 1920As botas pesadas fazem os galhos se quebrarem ao passar por eles. Com as mãos no bolso da jaqueta e em silêncio, Tom entra por entres as árvores indo em direção ao oeste da floresta Gty. Sempre com cuidado de olhar a sua volta para que ninguém o seguisse. Ele sabia o que queria encontrar. Ou melhor com quem falar.Seu pai, o Alfa Romeo, não poderia se quer imaginar o motivo de Tom estar cruzando as fronteiras, apesar de que não era algo proibido. O que tinha de proibido para Tom que seu pai se recusava em aceitar que o seu amor por Kate Hamilton.Depois de que soube o que acontecerá com Kate, contado pelas bruxas da floresta que a encontram em uma árvores sugando por total completo o corpo de uma serviçal, Tom foi proibido de sair e mandado para Jikutcli. Uma alcateia do outra lado do mundo, para que com isso conseguissem matar Kate Hamilton. O que de fato não haviam conseguido. Uma recém criada era muito forte e insaciável. Tom para no mesmo instante que ouve passos atrás
Rust- 2020Um dia de sol na cidade de Rust, faz com que os moradores comecem seu dia de ótimo humor. No centro da cidade os comércios começam seus dias produtivos. Começo de ano e perto das férias de verão a cidade se prepara para receber seus turistas obcecados pelas historias de terror que rodam a pequena cidade. Bruxas, lobos e vampiros em uma guerra infinita. Historias contadas pelas anciões da cidade.Em uma mercearia não longe do centro da cidade se encontra Margareth. Com uma cesta nas mãos, ela faz compras de ervas e tudo que precisa para não sair de casa pelas próximas duas semanas.Há alguns dias para trás, seu cordão dado por Sara, sua tia, vem lhe mostrando uma névoa preta e pesada chegando em Rust. E ela lá no fundo não quer acreditar, mas ela tem uma noção do que se trata. Fazia cerca de 150 anos que o cordão não lhe mostrava nada. Pelo menos até agora.- Margareth?- a voz do adolescente chama por ela fazendo ela tirar a atenção de algumas ervas. Malcon, o atendente da l
As portas da grande casa antiga é aberta fazendo um ranger assustador. Os móveis em perfeito estado com mais de 100 anos trazem beleza e sofisticação ao lugar, apensar de empoeirados.O único som ouvido da casa é do salto de Kate que preenche o lugar. Ela se direciona a escadaria subindo os degraus na madeira maciça relembrando das vezes que descer essas escadas correndo causava pânico em sua mãe, que lhe repreendia dizendo que deveria se comportar com uma menina da classe que era.Na última porta do segundo andar da casa ficava o escritório de James Hamilton. Um dos homens mais respeitados da sua década. Naquele escritório a única coisa que se via era homens de elite que faziam reuniões frequentes. Os assuntos nunca se sabem. Kate já até tentou escutar e espionar algumas vezes, mas sua mãe sempre estava a beira para vigia-lá.Kate abre a porta encontrando tudo do jeito que deixou. Os Hamilton tinha uma preferência. Manter sua casa longe da cidade, assim teriam mais privacidade de tud