O anjinho se sentou comigo no colo, ele fechou os olhos bonitos e fez uma cara de concentração, as lindas asas brancas emitiram um brilho, eu pisquei os olhos e elas tinham sumido. Lancei meu corpo a frente para olhar suas costas e vi uma grande tatuagem em forma de asas em suas costas. Parecia um tribal de linhas negras em sua pele escura, a vontade de lamber cada linha. A queimação no meu corpo voltou, olhei para os olhos dele e foi como se o mundo em nossa volta sumisse.
Nossas bocas foi em direção uma da outra, o beijo cheio de necessidade começou, nossas línguas travaram um dança sensual. O cheiro dele se misturou com o aroma do chocolate. Suas mãos subia e descia por minhas costas, nossos corpos estavam grudados e se esfregava. Larguei a boca dele e olhei para os seus olhos, segurei o seu rosto e vi a fumacinha vermelha sair novamente da boca dele. Quando ia aspirar ela sentir uma dor no braço.
Olhei para o lado e vi meu pai me aplicando uma injeção dolorida. Rosnei para ele por me interromper, mas seja lá o que ele me deu fez com que a minha mente parece de querer literalmente comer o garoto embaixo de mim. O calor começou a diminuir e a razão voltar. Olhei para o garoto e me sentir constrangida, tinha acontecido de novo. Respirei fundo e não sentir o cheiro de chocolate. Com a ajuda do meu pai eu me levantei do chão.
— Eu sinto muito. — Sussurrei para ele. Lágrimas vieram aos meus olhos. Queria sabe que porra estava acontecendo para quere chorar toda hora. — O que você me deu? — Virei meu rosto para o meu pai.
— Um composto de adrenalina, noradrenalina, ocitocina, prolactina, estrógeno, testosterona e mais algumas coisinhas ai. — Ele me olhou com a expressão preocupada. — Não sei muito bem como o composto irá agir em você, por isso você vai ter que me contar o que está acontecendo com você.
— Eu estou... — Não sabia o que estava acontecendo comigo, era tudo tão confuso.
— Alguém, pode realmente me explicar o que está acontecendo? — O cara perguntou. A voz dele ainda me dava arrepios prazerosos.
Meu tio Jack foi até ele e o ajudou a levantar. — O efeito vai passar logo, só respira cara. — Ele olhou para os olhos do rapaz. — Como é seu nome? — Do que será que o tio estava falando?
— Luck. Lucian. — Finalmente sabia o nome do cara com quem passei o começo da manhã me agarrando.
— Que tal nos sentarmos na sala e conversar. — Minha mãe mostrou o caminho e todos nós formos até lá. Só naquele momento tinha percebido que a sala estava mais ou menos organizada, dava para notar as relíquias dos meus pais aqui e ali. Um vaso, que em algum momento foi uma urna para guardar cinzas, espadas chinesas penduradas nas paredes. Estávamos quase nos estabelecendo por completo ali.
— O que é ela? — Luck apontou para mim. Abaixei a cabeça envergonhada e me encostei em meu pai. Meus cabelos tampava o meu rosto avermelhado, sentir meu pai dando uma leve tapinha em meu joelho.
— Minha filha tem sangue de súcubo correndo em suas veias. — Minha mãe começou a falar. — A muito tempo atrás, nós topamos com um ninho de súcubos. Geralmente não nos metemos com os negócios das criaturas da noite, exceto quando eles começam a matar ou escravizar humanos.
— O que são vocês? — Luck estava confuso, era normal para quem tinha o primeiro contato conosco.
— Somos humanos que defende humanos de criaturas não humanas. — Tio Alex disse. — Isso inclui você meio anjo.
— Nunca ouvir falar de vocês. — Luck olhou para mim. — Ela não é humana.
— Como eu disse, Lari tem sangue de súcubo. — Minha mãe fez a cara de me interrompa novamente e eu te quebro a cara. — Como eu dizia, esse grupo de súcubos estava sodomizando homens.
— Súcubos são demônios do sexo? — Luck perguntou. — Onde fica um covil com elas.
— Sim, são. Em prostíbulos. — Minha mãe olhou para o tio Jack que estava olhando pensativamente para o lado de fora, parado em uma janela. Aquela história o deixava para baixo. — Na verdade em qualquer lugar que tenha sexo fácil, pois isso é do que elas se alimentam.
— Da energia sexual de homens. — Luck complementou.
— Exato. — Enfiei meu rosto no ombro do meu pai. Ele pegou a minha mão e apertou forte. — Essas súcubos escolhia os cara mais bonitos e os levavam para o subsolo do prostíbulo e os mantinha lá.
— Como escravos sexuais? — Luck perguntou surpreso.
— Exato, garoto. — Meu tio Jack exclamou. — Minha irmã foi salvar o meu rabo e no processo acabou sendo mordida por uma delas, não sabíamos que ela estava grávida de Lari.
— E quando um humano é mordido por um demônio ele tende a ser igual ou morrer. — Luck olhou para mim.
— Não sabíamos o que ia acontecer. — Minha mãe veio sentar no encosto do sofá ao lado do meu pai. — Eu queria me matar, quando aconteceu, mas nenhum dos três bobos me ajudou, e me deixaram presa a gravidez toda para eu não tentar.
— Não iria deixar você só porque iria virar uma súcubo. — Meu pai me abraçou. — E nem a minha garotinha, afinal ela não tem culpa de nada nesta história.
— Não escolhemos com o que nascemos, não é? — Luck olhou diretamente para mim vi algo ali escondido no olhar bonito. — Não escolhi ter que ser um nefilim e estou aqui.
— O que me deixa bastante intrigado. — Meu pai falou. — Nunca tínhamos topado com alguém de sua espécie.
— Não andamos por aí nós mostrando. — Luck deu de ombros. — Eu fui designado para este quadrante. — O meu cara olhou cada um de nós com evidente interesse. — Para fazer o mesmo que vocês fazem, proteger os humanos dos demônios ou que tudo indica.
— Você disse designado? — Minha mãe perguntou.
— Sim. Pertencemos a uma ordem...
— Que ordem? — Tio Alex chegou mais perto de Luck. — Até ontem vocês eram somente uma lenda para nós.
— Já ouviram o nome St’ Angel? — Luck levantou e tirou uma espécie de carteirinha e ofereceu ao meu tio, estiquei o pescoço para vermelho, mas não deu.
— Já vi este símbolo. — Tio Alex devolveu para ele assim que analisou. — Mas nunca consegui muitas informações sobre essa organização.
— Somos novos no ramo, temos só um ano de atividade. — Luck informou. — Pelo menos essa organização, provavelmente tem mais de nós espalhados pelo mundo. Estávamos tentando contato com outros.
— Todos são nefilins? — Tio Alex continuou com os questionamentos, olhei para o Tio Jack e tive vontade de o abraçar, levantei e caminhei até ele e fiz isso. Ele sempre foi o palhaço da turma, ninguém conseguia ficar muito sério perto dele e o ver assim tão para baixo me deixava chateada, pois todo mundo sabia que nesse ramo, merdas acontece.
— Ei demoninha. — ele me abraçou de volta e pousou o seu queixo em minha cabeça. — Como vai?
— Estou um tanto quanto lesada, parece que comi de mais, tudo que quero é deitar e dormir. — Deitei a minha cabeça em seu ombro. — Agora eu quero saber de você.
— Tô bem...
— Não está. — Cortei ele. — Esta lembrando do passado né.
— É por minha culpa que você está assim...
— Você me mordeu? — Dei um beliscão em sua barriga.
— Não...
— Então não pode fazer nada contra isso. — Olhei para ele. — Merdas acontecem tio Jack, o importante é nunca perder sua arma e explodir a porra toda. — Ele gargalhou. Quem tinha me ensinado essa frase era ele, na primeira vez que eu caí da bicicleta quando era pequena.
— Está certa. — Me deu um beijo na testa.
— Lari, Jack. — Tio Alex chamou. — Luck vai nos colocar em contato com St’ Angel para termos uma conferência. — Balançamos a cabeça confirmando. — Eu vou ver se o incidente do colégio está sobre controle.
— Que incidente? — Luck indagou.
— Eu achei que tinha te matado e chamei a cavalaria. — Disse timidamente para ele. — Meu tio acionou o alarme de incêndio para conseguirmos te tirar de lá.
— Eu não entendo o porquê eu apaguei. — Luck passou a mão pela cabeça.
— Você apagou de cansaço. — Meu tio Jack explicou. — Quando você é, digamos o alimento de um súcubo. — Ele olhou para mim. — E como se tivesse a melhor transa da sua vida. O que é normal dos caras é ficar sonolento pela baixa repentina de uns hormônios e aumento de outros. — Sorriu irônico. — Uma doce morte feliz.
— Quer dizer que eu realmente poderia ter matado ele? — Estremeci com esse pensamento, o que era uma total loucura, já que era uma caçadora.
— Não. Para isso teria que usá-lo incansavelmente por algum tempo e morreria de exaustão física, já que libera uma substância que nos deixa... — Meu tio corou, eu acho que era a primeira vez que o vi encabulado. — Duros por tempo indeterminado, e ainda mexe com nossa cabeça criando a necessidade de que temos que as servir.
Me soltei do meu tio e o olhei assustada. — Como eu faço para parar isso? Não quero ter zumbis no meu pé.
— Eu não sei diabinha. — Meu tio olhou com olhar de desculpas para mim e já estava cansando disso, na próxima sessão de treinamento eu iria chutar tanto a bunda dele.
— Por acaso essa substância cheira a chocolate? — Luck perguntou.
— Na verdade ela cheira o que você mais gosta. — Tio Jack olhou para Luck. — Você deve gostar muito de chocolate.
— Na verdade não. — Luck balançou a cabeça em negativa. — Eu quase não gosto de doces.
— Eu amo chocolate, não sei viver sem ele. — Confessei.
— Deveria ser um cheiro atrativo para ele. — Tio Jack falou. — Apesar que eu não senti cheiro de nada quando você estava no modo súcubos.
— E era para ter sentido? — Indaguei.
— Todos os homens da sala deveria ser afetados por você. — Ele me disse.
— Não senti cheiro de nada também. — Disse meu pai. — Sua mãe cheira a chocolate também, mas é o meu doce favorito.
— Arthur, você é uma formiguinha para doce. — Minha mãe revirou os olhos.
— Sou mesmo, torrão de açúcar. — Foi a vez de eu e tio Jack revirar os olhos.
— Então a senhora também é uma súcubos? — Luck desviou os olhos do casal que trocava um beijo.
— Na verdade eu não sei. — Minha mãe disse. — Depois que dei a luz a Lara, fiquei mais rápida e mais veloz, consigo detectar outras criaturas, tipo como um sexto sentido, mas não tenho a necessidade de absorver a energia sexual para me alimentar, apesar que meu desejo aumentou e muito depois disso.
— Esses são os tipos de coisas que filhos não devem saber sobre os pais. — Me queixei, não conseguia imaginar meus pais transando.
— E nem os pais sobre os filhos. — Meu pai fechou a cara e olhou para Luck.
Valeu pai. Queria chutar a bunda do meu pai naquele momento. — Preciso controlar isso, como vou fazer?
— Querida não sabemos. — Minha mãe disse.
— Então precisamos encontrar alguém que nos fale como controlar isso. — Respirei fundo. — Vamos caçar uma súcubo.
— Nem fodendo. — Meu tio Jack falou.
— Mas tio...
— Você não vai atrás de um demônio do sexo Larissa. — Ele me interrompeu.
Vi o tio Alex entrando na sala com um tablet na mão. — Eu e o tio Alex vamos.
— Vamos aonde? — O homem levantou a cabeça de repente.
— Atrás de um demônio do sexo para me ajudar a controlar meus poderes.
— Não vai não. — Tio Jack estava possesso, era só notar a veia latejando em sua têmpora. — Nenhum de vocês vai sair atrás de um demônio do sexo.— Tio Jack, não estou pedindo sua permissão e nem de convidado. — A grosseria doeu no meus ouvidos, mas eu não podia viver zumbizando homens por aí. — Tio Alex vai comigo, você é papai fica em casa.— Por que eu vou ficar em casa? — Meu pai perguntou levantando do sofá.— Acho que mamãe não vai gostar de você indo atrás de uma súcubo. — Dei de ombros.— Ela tem razão. — Minha mãe levantou. — Será uma noite de meninas, que tal?— Super topo. — Pulei animada. Dona Linda as vezes era chata, mas eu acho que isso é porque ela é mãe e tem que ser a adulta r
Eu tenho que dar o braço a torcer, minha mãe tinha razão, o vestido vermelho cai muito bem. Olhei para as pessoas ao meu redor muito bem vestidas. As mulheres em vestidos, saias com blusinhas, quase não vi meninas de calça. Os homens estavam de couro ou jeans, camiseta. Todos com colares neons ou pinturas fluorescentes. A música alta Tecno tocava sem parar, as pessoas pulava sem parar ao som dela. Um grande telão mostrava várias imagens aleatórias. Barracas ao redor vendia bebidas e comidas.Fazíamos um trio bonito, meu tio Alex loiro, alto e gato. Minha mãe morena, mais baixa que nós dois mesmo com salto, parecia que tinha uma frase estampada gostosa na testa dela. E eu. Bem estava muito delicinha. Lembrei automaticamente do moreno que eu tinha agarrado no banheiro da escola, queria que ele me visse agora, poderosa, sendo olhada e cobiçada por todos que me via passar.— Va
Olhei para os quatro capelobos em suas formas de criaturas da noite. Difícil lutar com um, pois além de fortes eram muito rápidos. A tromba deles, parecida como a de um tamanduá bandeira, servia como um terceiro braço. Em falar de braços, os bichos chatos tinha verdadeiras montanhas de músculos. Seus pés tinha o formato de patas de vaca. Nossa versão brasileira de minotauro só que sem chifres. Eles eram ótimos caçadores, devido ao faro.— Base Mayday. — Falei no meu comunicador. — Quatro capelobos, um civil e o anjo comigo.— Lari, saia daí já. — Meu pai gritou em meu ouvido.Nem ferrando. Não ia deixar os metamorfos levar a melhor. — Beijo me ligue papis. — Desliguei o comunicador e avaliei minhas opções, mesmo que os outros dois tivesse treinamento, seria quase impossível derrotar os capelobos,
A viagem para minha casa foi muito tensa. Meu tio Jack querendo agarrar o pescoço de Eliana e ela o mesmo, mas por motivos diferente, ela para saciar a fome de súcubo e ele aparentemente de raiva. Eu querendo agarrar Luck pelo mesmo motivo que minha mais nova amiga demonia.Felizmente tudo era muito perto na pequena cidade. Então foi uma viagem de minutos. Agora estavam todos na sala da minha casa eu e Eliana em um canto e o restante e os demais e outro.— Pronto. — Meu pai apareceu com as injeções em um bandeja de aço inoxidável. Tirei a minha jaqueta e dei o meu braço esquerdo para ele. O direito estava dolorido dá de manhã. Sentir a picada e depois um ardência do liquido entrando em meu músculo.— O que é isso? — Eliana perguntou.— Um composto de hormônio para que você não fiquem neste frenesi. &mda
Finalmente consegui chegar a sala de aula sem grandes incidentes. Tirando o fato que de manhã não tinha roupa para sair de casa, já que tudo ficou pequeno e me recusei ir de vestido. No final sai de cada com uma jardineira jeans, uma blusa vermelha com o símbolo do flash que mostrava minha barriga e meu tênis All Star de caveirinha. Meu tio Jack brigou feio com Eliana, para tirar ele de casa pedi carona para a escola. Eu precisava ter um papo sério com o meu tio mais tarde.Dei uma passada na secretaria para pegar meus horários, eu estava no terceiro sala C, e caminhei para o local indicado. Claro que me perdi, isso é a minha cara. O bom disso que descobrir onde ficava a biblioteca. A escola estadual de Abraham tinha o mesmo estilo das escolas americanas, ou seja, longos corredores cheios de armários do dois lados. As paredes pintadas de azul e branca, que são as cores da escola, dois andares, quadra poliesp
— Eu não posso deixar você sozinha por cinco segundo que você já arruma confusão. — Luck apareceu atrás de mim vindo não sei donde. Virei minhas costa e olhei para ele. Suas asas estavam de fora. — Segurasse em mim. — Não tive reação, ele me abraço e saímos voando.Há poucas coisas na vida que eu goste bastante. Tipo bolo de chocolate com cobertura extra, atira com uma 12 mm, explodir coisas, ver a cabeça de um sangue suga rolando, mas voar nos braços do meu anjinho foi para o topo. Em menos de segundos estávamos no meio das nuvens, graças aos anjos que o dia estava nublado. Era só o que me faltava aparecer na TV.— Acho bom você se segurar. — Luck disse ao meu ouvido. Me abracei em seu pescoço. Rodeei minhas pernas em sua cintura e curtir a viagem. — Suas amigas estão atrás de n
Luck pegou minha mão e me conduziu pela porta do telhado. Do outro lado tinha uma escada. Ele morava no décimo terceiro andar, o último andar do prédio. O apartamento dele. Sim ele morava sozinho já que a mãe morreu, o pai era o rei do inferno e a irmã uma louca só tinha ele. Deu vontade de abraçar ainda mais o meu anjinho, depois que eu soube de sua história.Dei uma risadinha quando entrei e avistei tudo na mais perfeita ordem. A sala tinha dois sofás com aquelas almofadas gigantes e maciais. Uma grande televisão de tela plana em uma parede e um móvel com videogame e aparelho de som potente. Um tapete cinza felpudo no chão. Aliás, tudo era cinza, branco e preto, ou seja, sem graça. Dava para ver a cozinha, já que era conjugada. Deu para ver alguns eletrodomésticos, perfeitamente alinhados e uma grande geladeira em inox.— Do que voc&ecir
— O que vocês estão fazendo aqui? — Eu perguntei.— Essa pergunta é minha. — Tio Alex entrou no apartamento olhando para todos os lados. Já podia imaginar ele calculando a distância e as possíveis saídas. Era loucura, mas fazíamos isso em todos os lugares que chegamos.— Base aqui é mamãe ursa. — Vi minha mãe falando no comunicador. — Nossa menina está salva, podem subir. — Era só o que me faltava, a família toda invadindo o apartamento do meu possível namorado. Passei as mãos por meu rosto e encarei brava a minha mãe. Ela deu de ombros. — Você deveria ter atendido o telefone.— Eu não ouvir ele tocando. — Na verdade eu nem sabia onde estava minha bolsa no momento.— Posso saber por que não? — Meu tio Alex cruzou os braço