— Porque você não é humana. — Luck começou a explicar. — Depois que eu conheci este povo aqui, vi que eles chamam todo mundo que não é humano de criatura da noite. Você morreu e voltou do outro lado, ou seja, saiu deste mundo e foi para o mundo espiritual.
— Faz sentido. — Meu pai concordou.
— Faz sim. — Luck continuou animado. — Ela é a portadora da chave que abre uma passagem entre os dois mundos.
— A próxima parte da frase diz: “O mundo da noite entrará em colapso e a escolhida trará a paz. Um filho das trevas será seu guardião”. — Tio Alex leu.
— Anhangá, chamou Luck de guardião. — Relembrei, sentir um calafrio na espinha só de falar o nome do deus.
— Ele também é filho das trevas. — Comentou Ellen. Isso me fez l
O capítulo a seguir, será narrados pelo Luck, infelizmente Lari está fora da jogada...Não entendi como as coisa foram de ruim para uma merda pior. No instante que as meninas sumiram de minha vista o inferno pareceu invadir a casa. Acredite, sei como é caótico o lugar onde é a residência de meu amado pai, e era exatamente o que aconteceu aqui.— Muito bem. — Alex que aparentemente estava no controle da situação começou a dar ordens. — Luck, já que você é o garoto com asas vá para cima e ver se dar um jeito nas Harpias. — Nem discuti. Pelo pouco tempo que convivi com aquela família já sabia que era melhor seguir as ordens.— Liam e Jack vão pela frente enquanto Linda e Arthur vão por trás. — Cara fechou o computador e olhou para mim. — Serei a sua retaguarda, opera
— Estou. — Alex deu um passo para frente e se concentrou na mulher em sua frente. — Eu espero por isso a muito tempo.— Eu bem sei querido. — Raabe andou até ele e acariciou sua face. — Como eu gosto de você, vou te dar a opção de voltar atrás.— Isso é possível? — Jack adiantou-se mais a frente.— Claro que sim. Tudo é possível. — Raabe sorriu para o outro gêmeo. — Até voltar da morte é possível, uma coisa que as pessoas acreditam ser impossível. Tudo depende do que você está disposto a abdicar para isso.— Jack, não. — Alex balançou a cabeça. — Eu vou cumprir a parte do meu trato. Raabe me devolveu você e Lari então eu tenho que fazer a minha parte.— Espera. — Liam pediu. — Como assim devo
— Não vamos começar nada. — Alex foi para cima do irmão. — A dívida é minha.— Alex. — Jack disse com uma voz calma. — Vai para merda, que apertou o maldito gatinho foi eu e não vou deixar você...Jack não terminou de falar. Raabe avançou até os dois e enfiou as mãos em seus peitos. Aquilo era surreal. A morte começou a recitar uma espécie de mantra em uma língua que eu não entendia, parecia sussurros. De uma hora para outro uma ventania atingiu a sala, os corpos dos três foram envolvido por aquele vento sobrenatural.— Jacksom Sousa Peres, você aceita por livre e espontânea vontade dar metade de sua alma a minha Raabe o anjo da morte?Jack olhou para ela. — Sim.Raabe girou o braço dentro do peito dele
“Lari deu um peteleco no Luck e tomou a narrativa dele, a partir de agora ela voltará a contar a história...”Soltei um gemido descontente. Minha boca estava com um gosto ruim, minha mente enuviada, os ouvidos zumbindo. Tentei passar as minhas mãos no rosto e contatei que as mesmas estavam presa. Abrir meus olhos e depois da leve tontura conseguir ver ao meu redor.Ellen e Eliana estavam amarradas juntas no chão arenoso do que parecia ser uma caverna, para o meu alivio, vivas. No centro e diretamente na minha frente tinha um caldeirão, sério, juro juradinho que era um daqueles que vemos nos desenhos quando uma bruxa está cozinhando algo, com direito a fogueira e aquelas colheres gigantes.— Veja só. — A bruxa baratuxa entrou na minha linha de visão. Vestida quase indecentemente, a mulher não tinha roupas com mais pano? Um micr
Sentir o pulsar do órgão em minhas mãos não me trouxe emoção nenhuma. Só o estranho vazio. Eu precisava de algo que eu não saboia o que era, talvez se acabasse com a existência patética da bruxa algo em mim mudasse. Apertei o órgão pulsante em minhas mãos e o tirei seu coração de seu peito. — Até que é bonitinho. — Olhei para todo aquele sangue, e não sentir nada. Larguei o corpo sem vida da bruxa no chão. Caminhei até o anjinho preso, com um aceno de mão, as estranhas amarras foi embora.— Lari... — Coloquei o dedo sujo de sangue em seus lábios.— Quietinho, você é mais bonitinho. — Eu precisava lembrar de algo, mas não sabia o que era. Tudo o que eu queria era destruir.— Lari, o que ouve com você? — Luck estava com os ol
Não sei o que estava acontecendo comigo, tudo que eu fazia era chorar e chorar. Meus tios tentaram me tirar do agarre em que eu estava, porém não conseguiram que me soltasse de Luck. Tudo que me importava no momento era está ali nos braços dele. Meu ouvido tinha um estanho zumbido. Fechei os olhos e me deixei ser levar, Luck caminhou comigo no colo.— Ellen. — Ouvir Luck chamar a amiga. — Pode nos conduzir para o meu apartamento?— Posso sim. — Eu não sei o que aquilo queria dizer. Sentir uma mudança de temperatura ao meu redor e depois tudo voltou ao normal. — Vocês vão ficar bem?— Vamos sim. — Luck me deu um beijo na testa. — Volte para Liam, aposto que ele vai querer te abraçar também.— Certo. Precisando é só chamar, voltaremos para casa.Luck caminhou comigo por um tempo até chegarmos em
Eu nunca entendi o do porquê os heróis serem órfãos. Flash perdeu a mãe, homem aranha o tio, o Batman coitado os dois pais, aí temos, Sakura, Goku, Deadpool? Esse último é um anti-heróis, mas que deve ter perdido os pais também, tem o Superman, acho que esse tem os pais adotivos, mas perdeu seu planeta, então tem histórico de perdas no passado. Será que matar um dos pais deixam eles mais rápidos, mais fortes, melhores com armas etc? Não sei. Eu me chamo Lari e sou a heroína desta história, sem falsa pretensão, eu salvei a porcaria do mundo, não soube, você tem sorte.Voltando aos pais eu tenho os dois, minha mãe é uma típica dona de casa que adora cozinhar e fazer trabalhos manuais. Em sua lista de preferidos encontra-se as bombas, não aquelas de chocolate e doce de leite e sim as que fazem Kabum, os venenos, arm
— Alô! Papai. — Comecei a chorar. — Eu matei um cara.Sabe, quando você começa em uma escola nova, nunca, jamais em sua vida você imaginaria que no primeiro dia de aula você mataria um cara. Bem, apesar de ser uma caçadora, vinda de uma família de caçadores, aquilo era bizarro.— Querida, se acalme e me conta o que está acontecendo. — A voz tranquila do meu pai desta vez não conseguiu me acalmar nenhum pouco.— EU MATEI UM CARA. — Gritei para o telefone. Ouvir meu pai do outro lado da linha dizer algo para alguém.— Querida, estamos indo para ai, onde você está? — Perguntou meu pai.— No banheiro feminino. — Respondi. Caminhei até as pias e sentei debaixo dela e agarrei meus joelhos. — Papai... — Choraminguei.— Estamos indo para ai docinho. — Meu pai desligou.<