Vinicius
— Sim — eu respondi — estou interessado.
Desde aquele momento, soube que não daria em boa coisa. Mas não custava nada se arriscar, se não tentarmos nunca saberemos. No final, se desse certo, eu sairia com alguma coisa que ao menos dê para sobreviver.
Fiquei hospedado ali por um tempo, até terminarem de pôr o plano no papel, conheci outro cara que iria praticar também, enquanto Gancho só comandava.
Ainda tive que ouvir um deles me chamando de metido e esnobe, mas não me importei, meu charme realmente incomodava alguns.
De volta ao plano, eu e o "Val" entraríamos no banco em plena madrugada. Enquanto o outro ficaria do lado de fora, dando cobertura e nos avisando caso ocorra algum movimento na rua. Como eu ainda não tinha experiência, apenas esconderia as câmeras e seguraria a mochila enquanto Val colocava o dinheiro lá dentro. Entraríamos com pano branco no rosto, para não correr
Como prometeu em seu próprio pensamento, ela lutava com todas as forças contra o mal das lembranças. Ela sempre conseguia.Respirou fundo enquanto afastava as lembranças da mente mais uma vez.Rita iria entregar mais uma encomenda, dessa vez seria na casa do Leonardo.Cat se lembrou do sorriso dele ao avistar ela chegando na igreja.Ela não sabia o que queria dizer aquele sorriso. Proibir o coração de se apaixonar fazia esse tipo de coisa.Por mais que ela forçasse um desentendimento, ela sentia pureza no olhar dele, por isso, seguiu com a ideia de um "bom amigo" por perto.Ela só percebeu que estava nervosa quando a mãe anunciou que já estava saindo, obrigando-a a parar de divagar.Calada ela seguiu a mãe pelas ruas de Minas Gerais, parando algumas vezes para cumprimentar conhecidos que apareciam no caminho, debaixo do caloroso sol.Quando fi
Era horrível sentar para assistir as reportagens toda tarde e ouvir a palavra assalto trazendo à tona uma certa pessoa sem muito juízo.As coisas se tornam pior a cada dia. Crianças inocentes são mortas, idosos. O respeito sumiu, o amor sumiu. A cada dia que passa o mundo mostra que ele não terá mudança tão cedo, será que tende a piorar mais e mais? Até quando ficaremos assim?Na sua conversa com Leo, falaram sobre isso, fizeram perguntas que não tinham nenhuma resposta, fazendo Cat pensar neste assunto enquanto tentava dormir.Fez as mesmas perguntas ao acordar e por coincidência ou para ela não pensar em outra coisa, o pai falou sobre isso enquanto tomavam café.Faria mais uma entrega com sua mãe, dessa vez seria um pouco mais longe que o habitual e iam andando até lá.<
Vinicius se levantava todos os dias com vontade de virar Hulk e quebrar aquelas grades que o mantinha preso naquele lugar.Tinha um homem com ele. Um homem que trocou algumas palavras com ele e que, de primeira, desejou distância.— Sou o Marcos — se apresentou.— O que fez para parar aqui? — perguntou na intenção de saber se podia confiar nele ali dentro.— Bom... Eu sou cristão e evangelizo em vários lugares. Só que certo dia, sem perceber, entrei onde não devia. Eles deixaram evangelizar ali, mas no final, me ameaçaram e disseram que se eu continuasse com aquilo, eu iria preso. Eu não acreditei, não estava fazendo nada de errado para ser preso, por isso continuei. Mas eles descobriram de algum jeito e deram um jeito de assaltar um local e colocar a culpa em mim... Eles planejaram direitinho e conseguiram o que queriam. Estou aqui injustamente. — Entendi. Só que eu não sou cristão e quero d
Amanheceu mais uma vez. Era o dia do encontro de Rita.Ela acordou cedo demais por causa do nervosismo e da ansiedade.Fez o café da manhã, cantarolando. Deu um grande beijo em Caleb quando ele saiu para trabalhar. Estava bem estranha.Cat acordou com o som de sua voz.— Mãe? — resmungou sonolenta, se levantando.— Bom dia — coloca a cabeça na porta do quarto. — Dormiu bem?— O que te deu hein?— Estou feliz, filha.— Sua amiga lhe causou isso?— Me responda, como você se sentiria, indo reencontrar uma amiga muito especial?— Feliz — sorri, sabendo exatamente onde ela quer chegar.— Então, é isso. Me deixa com minha alegria.— Tá bom. — Decidi não questionar e se espreguiça, indo fazer suas higienes matinais.Vai tomar café ao acabar e encontra a mesa fa
Leonardo a leva de carro para o hospital que Regina havia falado.Ao fundo tocava uma música melancólica que, Leo logo tirou.— Não fique desesperada, Catarina. Ainda temos muitas esperanças.Ela o encara e sente o efeito das palavras, mexendo em sua mente.Quando adentra a sala de espera, avista a ruiva sentada. Ela logo se levanta e vai dar um abraço acolhedor em Catarina.— Regina, e-eu...— Venha — fala ao se afastarem — Sente aqui que vou lhe contar o que houve.No caminho ela cumprimenta Leonardo e todos se sentam.Regina puxa o ar várias vezes e começo a contar todos os detalhes do acontecido. Desde a ligação de Rita a convidando para ir ao shopping até a cena do carro desgovernado se chocando contra o carro em que estavam.— A emergência chegou minutos depois — continuou —, mas não deixaram eu m
E novamente, foram para casa para descansar enquanto Calleb ficava lá, na esperança de alguma notícia surgir. Era duro, todos sabiam, mas eles queriam muito ter alguma informação ou até mesmo olhar Rita, tocá-la.E mais uma vez deu o horário de ir para o trabalho, Cat ficou na casa de Regina, foram juntas para o hospital, mas dessa vez se dirigiram à recepção.— Por favor, queremos notícias — pediu Regina.— Desculpe, mas não temos acesso ainda... — parou de falar, olhando para alguém atrás das duas.Se viraram e viram um médico.— Senhoritas, gostaria de falar com vocês. Podem se sentar?Elas assentiram e foram se sentar. Sendo acompanhadas pelo médico.— Bom — iniciou — talvez vocês não saibam que quando nossa equipe foi resgatá-las, mais precisamente a sua... mãe, tiveram um problema, pois o lado dela estava muito amassado e suas pernas estavam presas
Calleb fica no chão, deixando pelo menos metade de sua raiva e tristeza, sair em forma de lágrimas.Catarina também continuou a chorar e a se questionar, até cair no seu sono profundo.O dia nasceu um tanto perturbador, ela se levantou e não avistou seu pai em lugar algum. Ele tinha ido esfriar a cabeça e iria direto para o trabalho. Cat não sabia. Ele não queria vê-la.Ela tomou café e decidiu ligar para Regina. Sacou seu celular e discou o número dela, ainda pensando se deveria ou não contar o que houve de madrugada.— Alô? — Regina diz, após o terceiro toque.— Regina, sou eu...— Oi, Cat! Tudo bem com você?— Na verdade não, não está.— Aconteceu alguma coisa com você? Pode me contar?— Ah. É o meu pai.— Ele estava bem estranho ontem ao telefone... Fez alguma coisa cont
— Vá visitá-lo... nem que seja somente para falar do meu acidente.O pedido de Lúcia martelava sua mente.Ela queria, com todas as suas forças que aquilo não estivesse acontecendo. Disse que ia pensar a respeito, com calma.Saindo daquela sala, viu que Regina conversava com alguém. Logo viu que era Leo e Jess.Se aproximou e ouviu Leo falar:— Fique tranquila, confortaremos ela.Jess a vê e vai abraçá-la fortemente; só então ela percebe que havia uma enfermeira ali.Cumprimentou Leo e olhou curiosa para a enfermeira, desejando que ela viesse com alguma notícia. Boa.— Catarina, sua mãe está oficialmente em coma.Anunciou, terminando de quebrar os pedaços de coraçã