Leonardo a leva de carro para o hospital que Regina havia falado.
Ao fundo tocava uma música melancólica que, Leo logo tirou.
— Não fique desesperada, Catarina. Ainda temos muitas esperanças.
Ela o encara e sente o efeito das palavras, mexendo em sua mente.
Quando adentra a sala de espera, avista a ruiva sentada. Ela logo se levanta e vai dar um abraço acolhedor em Catarina.
— Regina, e-eu...
— Venha — fala ao se afastarem — Sente aqui que vou lhe contar o que houve.
No caminho ela cumprimenta Leonardo e todos se sentam.
Regina puxa o ar várias vezes e começo a contar todos os detalhes do acontecido. Desde a ligação de Rita a convidando para ir ao shopping até a cena do carro desgovernado se chocando contra o carro em que estavam.
— A emergência chegou minutos depois — continuou —, mas não deixaram eu m
E novamente, foram para casa para descansar enquanto Calleb ficava lá, na esperança de alguma notícia surgir. Era duro, todos sabiam, mas eles queriam muito ter alguma informação ou até mesmo olhar Rita, tocá-la.E mais uma vez deu o horário de ir para o trabalho, Cat ficou na casa de Regina, foram juntas para o hospital, mas dessa vez se dirigiram à recepção.— Por favor, queremos notícias — pediu Regina.— Desculpe, mas não temos acesso ainda... — parou de falar, olhando para alguém atrás das duas.Se viraram e viram um médico.— Senhoritas, gostaria de falar com vocês. Podem se sentar?Elas assentiram e foram se sentar. Sendo acompanhadas pelo médico.— Bom — iniciou — talvez vocês não saibam que quando nossa equipe foi resgatá-las, mais precisamente a sua... mãe, tiveram um problema, pois o lado dela estava muito amassado e suas pernas estavam presas
Calleb fica no chão, deixando pelo menos metade de sua raiva e tristeza, sair em forma de lágrimas.Catarina também continuou a chorar e a se questionar, até cair no seu sono profundo.O dia nasceu um tanto perturbador, ela se levantou e não avistou seu pai em lugar algum. Ele tinha ido esfriar a cabeça e iria direto para o trabalho. Cat não sabia. Ele não queria vê-la.Ela tomou café e decidiu ligar para Regina. Sacou seu celular e discou o número dela, ainda pensando se deveria ou não contar o que houve de madrugada.— Alô? — Regina diz, após o terceiro toque.— Regina, sou eu...— Oi, Cat! Tudo bem com você?— Na verdade não, não está.— Aconteceu alguma coisa com você? Pode me contar?— Ah. É o meu pai.— Ele estava bem estranho ontem ao telefone... Fez alguma coisa cont
— Vá visitá-lo... nem que seja somente para falar do meu acidente.O pedido de Lúcia martelava sua mente.Ela queria, com todas as suas forças que aquilo não estivesse acontecendo. Disse que ia pensar a respeito, com calma.Saindo daquela sala, viu que Regina conversava com alguém. Logo viu que era Leo e Jess.Se aproximou e ouviu Leo falar:— Fique tranquila, confortaremos ela.Jess a vê e vai abraçá-la fortemente; só então ela percebe que havia uma enfermeira ali.Cumprimentou Leo e olhou curiosa para a enfermeira, desejando que ela viesse com alguma notícia. Boa.— Catarina, sua mãe está oficialmente em coma.Anunciou, terminando de quebrar os pedaços de coraçã
RitaOnde estou?Abro meus olhos lentamente e volto a fechá-los por não aguentar a forte luz que surgiu.Conseguir abrir totalmente e me sentei para ver melhor o local.Tinha aparelhos ao meu lado, fazendo bipes terríveis. Tinha alguns fios que pareciam estar presos a mim, mas quando me movimento, ele aparenta ficar no ar.Coloco meus pés no chão e me levanto, para observar melhor a sala onde estou.Dou alguns passos e percebo que, não estou andando, mas meu corpo flutua de uma forma tão inexplicável.Olho para a porta a minha frente e levanto a cabeça para olhar o teto, me virando devagar para a cama que me encontrei deitada.Olhei para o teto, depois para as máquinas e desco o olhar para meus pés, eles estão tocando o chão, mas a sensação que sinto é totalmente diferente.Paro diante da cama e levanto o olh
Jess falou sobre o congresso dos jovens que começa hoje, por mais que não quisesse ir de jeito algum, eles sabiam onde ela morava e poderiam muito bem ir lá e tirar ela da cama, ela não tinha saída, mas, afinal, não iria somente por não ter outra alternativa, mas porque ela precisa de Deus, ela precisa de uma oração, de um momento de reflexão, de mais momentos em que simplesmente esqueça dos problemas em sua volta.Ela levantou bem cedo e fez uma pequena faxina na casa. Estava com uma terrível dor de cabeça, mas sentia um ânimo diferente e desconhecido.Ela precisava ter fé. Apenas isso. Todo o resto não importava mais.Somente uma coisa desse "resto" importava. E tinha o nome de "Vinicius".As palavras de Lúcia ecoavam na sua mente. Regina perguntou como foi o desenrolar da conversa
— Catarina — ele a chamou.Ela levantou o olhar, mas evitou fazer um contato direto.— Nosso filho... — não conseguiu terminar a frase, mas Cat entendeu o que ele quis perguntar.Novamente, veio a onda de tristeza, só que dessa vez foi difícil de controlar. Ela começou a chorar.— Eu... sinto... muito — disse, soluçando.Ele não entendeu e se preocupou.— O que? O que foi?— Ele não... — enxugou as lágrimas e respirou fundo. — Ele não chegou a ver a luz...Vini tocou seu braço e a encarou, desesperadamente.— Ele... mo-morreu?Ela balançou a cabeça, confirmando.E ele começou a chorar junto a ela. A abraçou novamente, em consolo.— Sinto muito mesmo... Catarina.Ela não conseguiu esconder o que sentiu com tudo, chorou e retribuiu o abraço.
Terceiro dia do congresso.Dois dias depois daquela visita.Nenhum sinal de sua mãe. Lúcia já havia tido alta e a acompanhava as vezes.Seu coração estava a mil por hora.O culto havia terminado e eles prepararam uma pequena festa para finalização de mais um congresso.Jess a puxou para a barraca das comidas e se serviram de algumas coisas que tinha ali.Era notório o orgulho que Jessica estava sentindo por Leo naquele momento.Era espetacular.Eles eram mais velhos que Cat e passaram por várias coisas também. Ambos não estavam disponíveis para um relacionamento, mas pareciam feitos um para o outro.Na opinião de Cat, eles se completam direitinho.Elas sentaram e estavam começando a comer quando o celular de Catarina tocou. Era seu pai.— Oi pai— Você... não
CatarinaDOIS ANOS E MEIO DEPOISMinha vida tomou um rumo um pouco esquisito.Estou no último ano do ensino médio e dou graças a Deus por ter conseguido chegar até aqui.Ontem foi o casamente de Leonardo e Jessica, levei minha mãe e fiquei com ela o tempo todo, já que meu pai não pôde estar lá. Eles estavam muito felizes, pois tinham começado a trabalhar com o que gostavam e com o que se formaram. Eles mereciam esse casamento.Eu dei um pequeno discurso, fui a madrinha, por mais que parecesse estranho, entrei com minha mãe, já que a cadeira de rodas ainda é considerada muito nova para ela e ela não consegue se mover sozinha com aquele "troço" como chama.Hoje é o meu aniversário.Eu soube, mesmo não querendo saber, que Vinicius foi solto ontem de noite.Eu não queria sair para lugar algum, mas minha mãe insistiu, o que me fez