Era horrível sentar para assistir as reportagens toda tarde e ouvir a palavra assalto trazendo à tona uma certa pessoa sem muito juízo.
As coisas se tornam pior a cada dia. Crianças inocentes são mortas, idosos. O respeito sumiu, o amor sumiu. A cada dia que passa o mundo mostra que ele não terá mudança tão cedo, será que tende a piorar mais e mais? Até quando ficaremos assim?
Na sua conversa com Leo, falaram sobre isso, fizeram perguntas que não tinham nenhuma resposta, fazendo Cat pensar neste assunto enquanto tentava dormir.
Fez as mesmas perguntas ao acordar e por coincidência ou para ela não pensar em outra coisa, o pai falou sobre isso enquanto tomavam café.
Faria mais uma entrega com sua mãe, dessa vez seria um pouco mais longe que o habitual e iam andando até lá.<
Vinicius se levantava todos os dias com vontade de virar Hulk e quebrar aquelas grades que o mantinha preso naquele lugar.Tinha um homem com ele. Um homem que trocou algumas palavras com ele e que, de primeira, desejou distância.— Sou o Marcos — se apresentou.— O que fez para parar aqui? — perguntou na intenção de saber se podia confiar nele ali dentro.— Bom... Eu sou cristão e evangelizo em vários lugares. Só que certo dia, sem perceber, entrei onde não devia. Eles deixaram evangelizar ali, mas no final, me ameaçaram e disseram que se eu continuasse com aquilo, eu iria preso. Eu não acreditei, não estava fazendo nada de errado para ser preso, por isso continuei. Mas eles descobriram de algum jeito e deram um jeito de assaltar um local e colocar a culpa em mim... Eles planejaram direitinho e conseguiram o que queriam. Estou aqui injustamente. — Entendi. Só que eu não sou cristão e quero d
Amanheceu mais uma vez. Era o dia do encontro de Rita.Ela acordou cedo demais por causa do nervosismo e da ansiedade.Fez o café da manhã, cantarolando. Deu um grande beijo em Caleb quando ele saiu para trabalhar. Estava bem estranha.Cat acordou com o som de sua voz.— Mãe? — resmungou sonolenta, se levantando.— Bom dia — coloca a cabeça na porta do quarto. — Dormiu bem?— O que te deu hein?— Estou feliz, filha.— Sua amiga lhe causou isso?— Me responda, como você se sentiria, indo reencontrar uma amiga muito especial?— Feliz — sorri, sabendo exatamente onde ela quer chegar.— Então, é isso. Me deixa com minha alegria.— Tá bom. — Decidi não questionar e se espreguiça, indo fazer suas higienes matinais.Vai tomar café ao acabar e encontra a mesa fa
Leonardo a leva de carro para o hospital que Regina havia falado.Ao fundo tocava uma música melancólica que, Leo logo tirou.— Não fique desesperada, Catarina. Ainda temos muitas esperanças.Ela o encara e sente o efeito das palavras, mexendo em sua mente.Quando adentra a sala de espera, avista a ruiva sentada. Ela logo se levanta e vai dar um abraço acolhedor em Catarina.— Regina, e-eu...— Venha — fala ao se afastarem — Sente aqui que vou lhe contar o que houve.No caminho ela cumprimenta Leonardo e todos se sentam.Regina puxa o ar várias vezes e começo a contar todos os detalhes do acontecido. Desde a ligação de Rita a convidando para ir ao shopping até a cena do carro desgovernado se chocando contra o carro em que estavam.— A emergência chegou minutos depois — continuou —, mas não deixaram eu m
E novamente, foram para casa para descansar enquanto Calleb ficava lá, na esperança de alguma notícia surgir. Era duro, todos sabiam, mas eles queriam muito ter alguma informação ou até mesmo olhar Rita, tocá-la.E mais uma vez deu o horário de ir para o trabalho, Cat ficou na casa de Regina, foram juntas para o hospital, mas dessa vez se dirigiram à recepção.— Por favor, queremos notícias — pediu Regina.— Desculpe, mas não temos acesso ainda... — parou de falar, olhando para alguém atrás das duas.Se viraram e viram um médico.— Senhoritas, gostaria de falar com vocês. Podem se sentar?Elas assentiram e foram se sentar. Sendo acompanhadas pelo médico.— Bom — iniciou — talvez vocês não saibam que quando nossa equipe foi resgatá-las, mais precisamente a sua... mãe, tiveram um problema, pois o lado dela estava muito amassado e suas pernas estavam presas
Calleb fica no chão, deixando pelo menos metade de sua raiva e tristeza, sair em forma de lágrimas.Catarina também continuou a chorar e a se questionar, até cair no seu sono profundo.O dia nasceu um tanto perturbador, ela se levantou e não avistou seu pai em lugar algum. Ele tinha ido esfriar a cabeça e iria direto para o trabalho. Cat não sabia. Ele não queria vê-la.Ela tomou café e decidiu ligar para Regina. Sacou seu celular e discou o número dela, ainda pensando se deveria ou não contar o que houve de madrugada.— Alô? — Regina diz, após o terceiro toque.— Regina, sou eu...— Oi, Cat! Tudo bem com você?— Na verdade não, não está.— Aconteceu alguma coisa com você? Pode me contar?— Ah. É o meu pai.— Ele estava bem estranho ontem ao telefone... Fez alguma coisa cont
— Vá visitá-lo... nem que seja somente para falar do meu acidente.O pedido de Lúcia martelava sua mente.Ela queria, com todas as suas forças que aquilo não estivesse acontecendo. Disse que ia pensar a respeito, com calma.Saindo daquela sala, viu que Regina conversava com alguém. Logo viu que era Leo e Jess.Se aproximou e ouviu Leo falar:— Fique tranquila, confortaremos ela.Jess a vê e vai abraçá-la fortemente; só então ela percebe que havia uma enfermeira ali.Cumprimentou Leo e olhou curiosa para a enfermeira, desejando que ela viesse com alguma notícia. Boa.— Catarina, sua mãe está oficialmente em coma.Anunciou, terminando de quebrar os pedaços de coraçã
RitaOnde estou?Abro meus olhos lentamente e volto a fechá-los por não aguentar a forte luz que surgiu.Conseguir abrir totalmente e me sentei para ver melhor o local.Tinha aparelhos ao meu lado, fazendo bipes terríveis. Tinha alguns fios que pareciam estar presos a mim, mas quando me movimento, ele aparenta ficar no ar.Coloco meus pés no chão e me levanto, para observar melhor a sala onde estou.Dou alguns passos e percebo que, não estou andando, mas meu corpo flutua de uma forma tão inexplicável.Olho para a porta a minha frente e levanto a cabeça para olhar o teto, me virando devagar para a cama que me encontrei deitada.Olhei para o teto, depois para as máquinas e desco o olhar para meus pés, eles estão tocando o chão, mas a sensação que sinto é totalmente diferente.Paro diante da cama e levanto o olh
Jess falou sobre o congresso dos jovens que começa hoje, por mais que não quisesse ir de jeito algum, eles sabiam onde ela morava e poderiam muito bem ir lá e tirar ela da cama, ela não tinha saída, mas, afinal, não iria somente por não ter outra alternativa, mas porque ela precisa de Deus, ela precisa de uma oração, de um momento de reflexão, de mais momentos em que simplesmente esqueça dos problemas em sua volta.Ela levantou bem cedo e fez uma pequena faxina na casa. Estava com uma terrível dor de cabeça, mas sentia um ânimo diferente e desconhecido.Ela precisava ter fé. Apenas isso. Todo o resto não importava mais.Somente uma coisa desse "resto" importava. E tinha o nome de "Vinicius".As palavras de Lúcia ecoavam na sua mente. Regina perguntou como foi o desenrolar da conversa