Então vemos filmes de Natal!

Quando chega dezembro parece que o mundo se apressa para o Natal. As lojas vendem artigos e alimentos pensando nesta época, as decorações natalinas se espalham por todo lugar e temos que arrumar fôlego e organização para participar de amigo-oculto, festas do trabalho e/ou da escola, comprar presentes, tudo com uma urgência como se o mundo fosse acabar.

Vivenciar essa urgência das compras, dos encontros e da preparação da ceia faz parte de um ritual da nossa sociedade. Quem não é muito festivo ou não gosta de Natal diz que todo ano é tudo igual. Mas pra quem gosta e tem crianças em casa, não adianta querer dar motivos racionais. A cada ano voltamos para essa aura cheia de significados e de comportamentos repetitivos.

E no fim do ano, eu adoro ver filmes de Natal, faz parte dos meus rituais. E como amo comédias, não poderia perder o filme Tudo Bem no Natal que Vem, disponível na Netflix . O filme é protagonizado por Leandro Hassum com roteiro de Paulo Cursino e direção de Roberto Santucci.

O filme apresenta dinâmicas já vistas em outras produções cinematográficas como um tipo de loop temporal e perda de memória, de forma que o protagonista sempre vai para o dia do Natal e neste dia não lembra do resto do ano.

E como os filmes natalinos gostam de mostrar algo de magia aceitamos suas dinâmicas com a esperança de algo mágico vai acontecer. Vemos a família a cada Natal e vamos descobrindo o que aconteceu durante aquele ano. Mas todo o ritual se repete ou tentam repeti-lo, fazendo uma festa de Natal em família e tudo que compreende essa tarefa: compras, muita comida, presentes, piadas, brigas, etc.

Meu filho rapidamente percebeu os elementos que indicavam alguma mudança em cada ano. Tivemos momentos de risos e quase choramos quando o filme abordou que nem tudo que muda é para melhor. E mesmo que o ano seja muito ruim, um novo Natal sempre virá.

Gostei muito de ver os preparativos e lembrei de muitas festas de fim de ano em que ficamos loucos com os preparativos e nos aglomeramos em infinitas filas de shopping e de mercado. Aliás, adoro ir ao mercado.

Lembro de um ano, que minha amiga e eu fomos a uns três shoppings até conseguir decidir por uma roupa. Hoje eu adoraria poder recuperar um pouco daquelas horas e daquela energia. Mas continuo comprando roupas novas, esse ano comprei online por causa da pandemia. E por falar nisso, como é bom mergulhar num universo onde o Coronavírus não existe.

Penso que os rituais são importantes, eles contam um pouco da nossa história e a partir deles também podemos nos transformar. Um ritual que consegui mudar na família, foi o hábito de esperar meia-noite para comer. Eu morria de fome e sempre quis mudar isso. Hoje como sou eu que cozinho … Mudança implementada. Outra mudança, foi conseguir fazer menos comida, as famílias atualmente já não são tão numerosas, mas minha mãe fazia comida como se ainda estivesse em sua infância. Minha avó teve seis filhos e é claro que precisava de muita comida sempre. Mas minha mãe teve apenas duas filhas e é muito difícil conseguirmos reunir várias primas, primos, tias e tios na mesma festa. Há bons anos não fazemos isso, o que eu lamento.

Mas o que mais gostei no filme foi a possibilidade de repetir um ritual querido que é assistir um filme de Natal em família. Deixar a esperança crescer no nosso coração é algo que também faz parte dessa época do ano. E saber do sucesso deste filme foi algo que me encheu de esperança, isso indica que buscamos mensagens doces e positivas.

 

 

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