Vivenciar essa urgência das compras, dos encontros e da preparação da ceia faz parte de um ritual da nossa sociedade. Quem não é muito festivo ou não gosta de Natal diz que todo ano é tudo igual. Mas pra quem gosta e tem crianças em casa, não adianta querer dar motivos racionais. A cada ano voltamos para essa aura cheia de significados e de comportamentos repetitivos.
E no fim do ano, eu adoro ver filmes de Natal, faz parte dos meus rituais. E como amo comédias, não poderia perder o filme Tudo Bem no Natal que Vem, disponível na Netflix . O filme é protagonizado por Leandro Hassum com roteiro de Paulo Cursino e direção de Roberto Santucci.
O filme apresenta dinâmicas já vistas em outras produções cinematográficas como um tipo de loop temporal e perda de memória, de forma que o protagonista sempre vai para o dia do Natal e neste dia não lembra do resto do ano.
E como os filmes natalinos gostam de mostrar algo de magia aceitamos suas dinâmicas com a esperança de algo mágico vai acontecer. Vemos a família a cada Natal e vamos descobrindo o que aconteceu durante aquele ano. Mas todo o ritual se repete ou tentam repeti-lo, fazendo uma festa de Natal em família e tudo que compreende essa tarefa: compras, muita comida, presentes, piadas, brigas, etc.
Meu filho rapidamente percebeu os elementos que indicavam alguma mudança em cada ano. Tivemos momentos de risos e quase choramos quando o filme abordou que nem tudo que muda é para melhor. E mesmo que o ano seja muito ruim, um novo Natal sempre virá.
Gostei muito de ver os preparativos e lembrei de muitas festas de fim de ano em que ficamos loucos com os preparativos e nos aglomeramos em infinitas filas de shopping e de mercado. Aliás, adoro ir ao mercado.
Lembro de um ano, que minha amiga e eu fomos a uns três shoppings até conseguir decidir por uma roupa. Hoje eu adoraria poder recuperar um pouco daquelas horas e daquela energia. Mas continuo comprando roupas novas, esse ano comprei online por causa da pandemia. E por falar nisso, como é bom mergulhar num universo onde o Coronavírus não existe.
Penso que os rituais são importantes, eles contam um pouco da nossa história e a partir deles também podemos nos transformar. Um ritual que consegui mudar na família, foi o hábito de esperar meia-noite para comer. Eu morria de fome e sempre quis mudar isso. Hoje como sou eu que cozinho … Mudança implementada. Outra mudança, foi conseguir fazer menos comida, as famílias atualmente já não são tão numerosas, mas minha mãe fazia comida como se ainda estivesse em sua infância. Minha avó teve seis filhos e é claro que precisava de muita comida sempre. Mas minha mãe teve apenas duas filhas e é muito difícil conseguirmos reunir várias primas, primos, tias e tios na mesma festa. Há bons anos não fazemos isso, o que eu lamento.
Mas o que mais gostei no filme foi a possibilidade de repetir um ritual querido que é assistir um filme de Natal em família. Deixar a esperança crescer no nosso coração é algo que também faz parte dessa época do ano. E saber do sucesso deste filme foi algo que me encheu de esperança, isso indica que buscamos mensagens doces e positivas.
Não estou falando de menstruação, mas da série Bom dia, Verônica. Esta associação pode ser ainda muito recorrente, mas está longe de identificar todas as mulheres e infelizmente sangramos muito por violência. Os dados sobre violência doméstica e feminicídio mostram essa dura realidade. Desde já, aviso que tem spoilers. Caso você não tenha visto, vale muito a pena maratonar naNetflix
Amei a série Luna Nera da Netflix. Acho que foi a primeira série que consegui gostar de cada segundo, de cada detalhe. Cenário, trilha sonora, personagens, história, arco dramático… Enfim, essa série está entre as que mais gostei até hoje. Quando eu crescer, quero escrever roteiros assim. São poucos episódios e fácil de maratonar, já que a história te prende. Não tenho hábito de fazer grandes maratonas de série, então vi esta em dois dias. Mas dá para ver em apenas um dia e ficar com mil assuntos para conversar.
Fiquei pensando nisso por causa do filme Brilho Eterno de uma Mente sem Lembrança. O filme é de 2004, mas para quem já viu, vale a pena ver novamente. Teve a direção de Michel Gondry e roteiro de Charlie Kaufman. Recebeu vários prêmios, inclusive Oscar de Melhor Roteiro Original. A ideia do filme é fantástica, isto é, o que somos capazes de fazer para esquecer um grande amor? Sab
Finquei zonza ao assistir ao filme Bacurau de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, parece que tomei um golpe, um golpe de realidade. Um lugar que tem nome de pássaro com hábitos noturnos é uma metáfora fantástica e cheia de poesia, não só no grande momento de virada do filme como em todo seu desenvolvimento. O filmeQue horas ela volta?de Anna Muylaert me tocou como me tocam as histórias de amor. Este é um daqueles filmes que me deixa cheia de orgulho do cinema nacional. O amor em questão não é aquele sentido por casais, mas por mães e filhas ou filhos. E estes querem saber quando a mãe retorna, seja do trabalho, seja de caminhos que não comportam ter os filhos por perto. Que horas o amor termina?
Eu poderia dizer que a culpa foi dele, que foi egoísta tomando-me como se eu fosse a lua e ele, o céu sem fim. E se fosse assim, meu brilho só se espalharia em seus olhos e se perderia no espaço. Caso a culpa fosse dele, estaria explicada a beleza que me invade, a palavra que não se cala e tudo que me desperta a paixão outra vez. Foi ele que com seu estilo vaidoso e infantil não teve medo de criar poesia, nem de mudar meus caminhos sem minha autorização. Perdida de amor foi como fiquei após assistir o filmePerdidos em Paris. O filme tem roteiro e direção de Fiona Gordon e Dominique Abel e passa a maior parte do tempo em Paris, como o nome sugere. No filme vemos o trio Fiona, Martha e Dom em encontros e desencontros cheios de humor. Tudo começa quando Fiona decide ajudar a tia Martha que não quer morar num asilo, mas a tia desapareceu e ela conhece Dom, um morador de rua. “Doce como os animais”.Penso nessa frase toda vez que vejo o personagem Newt Scamander no filme “Animais Fantásticos e Onde Habitam”, dirigido por David Yates. Ele é um tipo de protagonista que, embora seja um magizoólogo (especialista em animais mágicos), não apresenta vaidade e não se impõe como um tipo de autoridade. Ao contrário, ele é tímido, compreensivo e humilde. Apaixonado por animais, ele cuida com Perdidos de Amor
Doce como os animais