Assim que soube que conseguiria tirar férias junto com o marido, ela telefonou:
— Amor, eu consegui. Vamos viajar?
— A gente não tinha planejado uma obra? A pia do banheiro, lembra?
A esposa entendeu o recado. Desligou concordando, mas começou a mandar mensagens pelo celular. “Já que a gente não vai viajar, vamos quebrar o banheiro?”
— Qual é a nota? — perguntava meu professor, sem paciência.— Lá? — Era o que eu dizia.— Não. A gente retoma amanhã. Ao olhar o paciente ainda acordado, mesmo sentindo muita dor, o médico perguntou algo para saber o motivo da bala cravada na perna do homem: — Foi confusão? — Bala perdida — respondeu o paciente antes de entrar em sono profundo. Sedado para a cirurgia, ele começou a rever suas memórias disfarçadas de sonhos. Como bala perdida
Fiquei feliz em encontrar Thiago na igreja, tentei falar com ele assim que o vi, mas ele estava tão compenetrado na missa que não percebeu minha presença. Há muito tempo afastado da minha fé, tive dificuldade de me concentrar e comecei a pensar em tudo que aquele homem fez por nós. Mesmo com sua idade e exercendo a chefia, ele sempre fez questão de ser chamado pelo nome, sem muita formalidade e quando eu me confundia e o chamava de senhor ele não perdia a oportunidade de dizer:
Em breve a tarde chegaria e Amarïe já sonhava com a noite. Ela desejava encontrar Caranthir e acreditava que finalmente revelaria seu amor. Desde que algumas flores de Erelen perderam a cor, os assuntos ficaram mais urgentes. Havia um medo e uma necessidade de maiores cuidados, pois se acreditava que uma temida presença maligna estava se aproximando. Caranthir era um elfo muito sério, ele estava sempre ocupado forjando armas e não apreciava as festas de seu povo. Em noites de comemoração, ele ficava distante, bebendo e observando tudo. Amarïe queria se tornar mestre nos feitiços. Todavia, a jovem apenas ajudava os pais recolhendo cristais. Aquela noite seria especial, haveria u
Era uma vez uma menina que vivia encantada por uma estrela. Ela vivia numa aldeia onde as árvores eram muito grandes. Durante o dia, várias pessoas conseguiam se beneficiar da luz do sol, pois durante suas atividades se deslocavam até um local distante onde as árvores eram menores. Mas quando anoitecia, o povo não tinha coragem de caminhar tanto para olhar o céu. As pessoas ficavam perto de suas casas, comiam frutos, cantavam e quando tinham sorte, alguém contava uma história.
Não sabia o que tinha acontecido, sentia muita dor de cabeça e piscava os olhos tentando ver melhor. Aos poucos minha visão melhorava, mas pessoas estranhas estavam ao meu redor e nós estávamos numa van.— Finalmente, Nádia! Você não pode perder a festa. — Era o que falava um homem baixinho com bigode ridículo. Acho que ele queria parecer mau. Eu sentia certa repugnância ao ouvir suas palavras. Ainda bem que ele ficou de costas para mim e logo uma moça de ca
O filme a “A Morte de um Burocrata” é de 1966 e dirigido por Tomas Gutierrez Alea, uma comédia fantástica. Deixo claro o gênero para encorajar vocês a lerem este texto e verem o filme. E não tem spoilers graves (pode ler com tranquilidade). Ri muito com este filme e o vi mais de uma vez. Só pra você saber do que se trata, o protagonista precisa exumar o corpo do seu tio, pois ele foi enterrado com a carteira de trabalho e sem esse documento a viúva não pode receber a pensão. Isto parece simples, mas no filme, nosso protagonista vai aprender na pele o que costumamos chamar de burocracia. O filme está no catálogo do stream
Naquele dia eu estava muito feliz. Depois de tantos ensaios e buscas de espaços para tocar, um amigo me convidou para fazer o show de abertura na inauguração do bar que ele comprou. Mas meu pai parecia não ter o mesmo sentimento, ele vinha pegando no meu pé há algum tempo e não perdeu a oportunidade de me desagradar: — Último capítulo