HENRY — Me solte. — Belinda argumentou, dei de ombros prendendo o cinto de segurança em seu corpo. — Se agir como criança, vou tratar você como criança. — ralhei com a mesma que me encarou furiosa. Seus olhos exóticos vacilaram de ódio, porém se calou exausta pela minha insistência. É verdade que estou sendo constantemente insistente em relação à Belinda. No começo acreditava que o meu súbito interesse era por conta do seu desprezo, mas na realidade é que eu nunca a esqueci em todos esses anos. E agora que ela está diante de mim, eu não desistirei, a menos que ela realmente não me deseje. — Você está sendo ridículo. Me deixe no meu apartamento, não quero está no meu ambiente que você. — Belinda retrucou cruzando os braços — Eu não quero nenhum tipo de envolvimento contigo, nem mesmo negócios e foda-se se estou sendo infantil Henry Fitzgerald. — o desdém na voz de Belinda transbordou e incrivelmente essa vibração deslizou para minha masculinidade — Por que está me olhando com essa
HENRY — Eu nunca quis tanto algo na vida como quero você, Belinda. — Por quê? — a voz falha de Belinda me assustou — Porque você se apega há um momento quando… q-quando… Não foi preciso ela continuar, ela certamente estava me comparando a Liam Beaumont. As lágrimas escorrendo pela sua bela face me lembraram que eu não estava lidando com uma garota comum, bem, eu não sou mais um homem jovem e Belinda não tem mais vinte anos. Quase uma década nos afasta de quem fomos no momento em que nos conhecemos. — Isso não vai dar certo. — o aperto firme de Belinda em meus pulsos chamou a minha atenção — Sei que permiti você e Mikael se aproximarem, mas isso não dará certo. P-Por… por favor se afaste Henry. — Belinda suplicou com seus olhos transbordando. Meu peito doeu profundamente no fluxo das suas lágrimas. Naquele momento entendi que independente de conquistar o seu coração, eu não quero me afastar de Belinda. Quero essa mulher. Belinda me pertence mesmo que o seu coração pertença a
BÉATRICE— Então… vai continuar acreditando que esse relacionamento tem futuro? — questionei encarando Henry. Encarando-me com firmeza ele se manteve enigmático.— Isso é problemático… inesperado, porém, o que isso tem a ver? — Henry questionou encostando a coluna na cabeceira marfim — franzi o cenho em confusão. Muitas poderiam ser as suas indagações ou reações, mas nenhuma se comparava a sua expressão de desprezo pelas minhas palavras.— C-Como? — retruquei ficando de pé diante a cama.— O que esse assunto tem a ver conosco? O que a sua verdadeira identidade tem a ver com o que estamos vivendo aqui? — Henry rebateu gesticulando com indiferença — Como eu disse, é um assunto problemático. Quem mais tem conhecimento desse assunto? Alguém da mídia tem conhecimento dessa informação?— Não…— Certo. — Henry se afastou pegando o aparelho celular em suas mãos pálidas, levemente avermelhadas pela temperatura do quarto — Exatamente isso, hoje não será possível, porém fique em alerta, pois pos
BÉATRICE— Senhorita? — Cynthia, uma a chefe do departamento de marketing, chamou minha atenção durante a reunião. Encaro os demais acionistas aguardando minha resposta.— Eu concordo. — respondi no automático completamente desconfortável por ter divagado durante a reunião. O gosto de tabaco e café foi marcado profundamente em minha memória e desde de manhã de hoje não tenho conseguido pensar em outra coisa a não ser nele, Henry Fitzgerald.A reunião prossegue com a programação, os planos para adentrarmos os Emirados no próximo semestre segue conforme nossa previsão. Após o meu encontro com o Sheik toda e qualquer inclinação negativa se desfez. Meu pai ficou levemente surpreso pela manobra elaborada pelos meus irmãos, enquanto eu por outro lado sempre acreditei que o resultado seria este.— Os documentos já foram devidamente assinados, senhorita Jennings? — minha secretária perguntou me encarando com os seus olhos de esmeralda. Neguei com a cabeça — Então…?— Entregue todos os docu
BÉATRICE Desço do veículo estacionado em frente ao Luxury & Co, uma das boutiques de luxo da cidade. — Senhorita Jennings. — Eleanor a proprietária exclamou — Há quanto tempo. A malícia transbordando dos lábios da mulher não me surpreenderam. Durante todo o tempo em que fui casada com Liam eu tinha conhecimento das duas segundas intenções com o mesmo. — Saudações, Eleanor. — respondi sem dar muita importância. Caminhei pelo local observando algumas das peças supostamente de luxo disponíveis no local. O meu objetivo inicial não é comprar qualquer um desses vestidos que na verdade não passam de peça barata importada de um fornecedor que produz essas falsificações. Alcanço uma peça de seda em tom carmesim. O tecido em meus dedos assemelha-se a um item da coleção de uma estilista na Suíça. Talvez seja uma réplica, conclui em pensamento. — Esse vestido é muito bonito. — afirmei. — Talvez você deseje provar… porém, eu temo que tenhamos o seu tamanho. — sorri ladino diante da pr
BÉATRICE Jacqueline Villanueva, a mãe de Viviane me encara dos pés à cabeça com desdém e raiva. Uma das informações que obtive com meu pai sobre a família Villanueva é que aparência é mais importante do que caráter e nesse momento, todos ao nosso redor estavam atentos com os olhos em mim e Viviane. Sendo esse um sinal de que nas próximas horas fofocas sobre esse encontro despretensioso se espalharão por toda a cidade. — Senhorita Jennings, há quanto tempo. Seja bem vinda a Aumstand. — Jacqueline Uma saudação fria camuflada com elegância, que patético. — Saudações, senhora Villanueva é um prazer conhecer pessoalmente uma personalidade tão ilustre como a senhora. Uma mulher honrada, digna… um exemplo para a nossa cidade e as jovens garotas que tem como exemplo de moralidade, feminilidade, altruísmo e elegância. — declarei com emoção, transmitindo toda a minha habilidade com mentiras. Se a Belinda me visse agindo dessa maneira com certeza sentiria nojo. Porém, este é um mal ne
BÉATRICE — O que? — Jacqueline perguntou com a voz trêmula. Talvez ela não tenha conhecimento? Tanto faz. — É exatamente o que estou dizendo. Na noite em que eu perdi o meu bebê a desequilibrada da sua filha me ameaçou com um objeto cortante a entrar no carro e dirigir sem destino pela cidade. — minha voz subiu uma oitava. Lembrar desse evento sempre me desperta gatilhos, ainda assim eu precisava continuar — Depois de muito tempo dirigindo ela foi a causadora da colisão e se não bastasse, perfurou o objeto no meu ombro agindo como uma completa descontrolada. — Im…po…ssível. — os joelhos de Jacqueline sambaram diante dos meus olhos e foi preciso a mesma se apoiar na parede ao seu lado. Me mantive impassível observando-a. O que significava essa reação? Talvez uma tentativa de me comover, mas não senti nenhuma empatia pela mesma. — Por causa da assassina da sua filha eu perdi o meu bebê. — continuou sem me importar com o estado perturbado de Jacqueline — Se não acredita em mi
BÉATRICE“Ma-mãe… sinto sua falta.”Essa frase tem feito parte do meu pensamento nos últimos dias e eu não posso evitar não pensar em Aeliana, minha filha. De todas as minhas ações, deixar a minha filha aos cuidados de outra pessoa foi difícil e agora, relacionando-me com Henry, esse segredo se tornou cada vez mais sufocante dentro do meu coração.O meu objetivo era me vingar de Liam e retornar para Suíça, nunca tive o interesse de ficar nessa cidade ou neste país, porém agora, me encontro em completa confusão. Na verdade, estou perdida.— Béatrice? — escuto Henry me chamar, eu o encaro — Está preocupada? — Um pouco… — respondi temerosa. Seus olhos que antes mostravam uma frieza e distância gritante agora demonstram algo diferente.No passado, quando Henry para mim tinha outro nome, ele era um completo enigma, contudo, à medida que os dias passam conheço um homem diferente e esse sentimento tem me afligido.Na verdade, o meu coração tem se perturbado pela culpa. Agora, Henry demons