Capítulo 44

Ponta d'ouro. Pela terceira vez em minha vida eu tive o privilégio de ter meus pés sujos por aquela areia fina, branca e salgada. Não sabia se existia estado gasoso do sal, mas o cheiro da praia o tinha como principal característica.

Meus óculos me permitiam ver meu pai e meu irmão naquelas águas azuis, que certamente conversavam sobre algo que não os permitiu ver a onda que desequilibrou por completo meu irmão.

Soltei risos que se perderam no clima marino e por pura necessidade, me sentei na areia e minha camisete que ia até acima dos joelhos passou a cobri-los por completo quando dobrei minhas pernas. Numa mão, eu segurava o telefone do meu pai, sua carteira de dinheiro, as chaves do carro e do nosso quarto; noutra eu tentava impedir com que os raios solares atrapalhassem minha visão daquele cenário que estava gravado na minha mente.

Eram por aí 13 horas e eu já tinha comido muita merda, mas meu estômago ansiava por um prato cheio

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