Evangeline não conseguia esquecer as últimas palavras de Blake e muito menos o olhar que ele desferiu para ela. A chave que ainda estava em sua mão, parecia queimar. Quando Alec parou com o carro diante da porta da mansão, nenhum dos dois teve coragem de sair dali. Alec temia o momento de contar o que aconteceu para Audrey e Evie tentava achar uma brecha para dar a chave a Alec. Ele olha no relógio. Já passavam de uma da manhã. — Audrey já deve estar dormindo. — Alec comenta em voz alta. — Melhor contar a ela de manhã. — É... eu preciso de um banho. Tirar essa roupa... Alec salta do carro e espera apenas Evangeline fazer o mesmo, para que os dois possam entrar na mansão. Os planos de informar a Audrey apenas no dia seguinte vão por terra, pois quando os namorados entram na casa, a loira estava descendo as escadas. — O que aconteceu!? — seus olhos vão diretamente para os braços de Evangeline, que estavam sujos de sangue. — Se machucou? Cadê o papai? Evie e Alec trocam
Olá!!! Primeiramente quero agradecer a todos que leram até aqui. Esse foi o meu primeiro livro com o enredo de máfia e como puderam ver, não foi nada dark hahaha Esse livro terá parte dois! Só não tenho certeza se devo continuar por aqui ou criar um novo... mas enfim. Não deletem esse livro de suas bibliotecas! Em breve vem a segunda parte da história de Alec e Evangeline. Haverá uma passagem significativa de tempo... Há muita coisa para ser dita e vivida ainda. Acharam realmente que esse mafioso apaixonado não merece um final feliz? Logo menos eu volto com mais. bjss
— Eu adoro a técnica do Paganini. Há quem diga que tocar uma peça de Paganini é como ser coroado como virtuose, ainda que alguns não se incomodem em assumir o lado pejorativo do termo. — Que seria? — Como se não existisse nenhum sentimento. Antes que alguma outra pessoa pudesse fazer um questionamento, Nicolette adentra a sala derrubando o seu celular e chamando a atenção de todos para ela. — Oh... — ela murmura, pegando o celular e encarando todos de forma envergonhada. — Desculpe atrapalhar. Senhora Jones, ligação para você. — Disse que estou em aula? — Sim, mas é sua melhor amiga e ela disse ser urgente. Ela se levanta e pega o telefone da mão de sua secretária, saindo da sala em seguida. — Felippa? — Evie... oi. Desculpe por ter ligado para a escola, mas você não atendia o celular. — Porque estava em aula. — Eu sei... amiga, meu pai está morrendo. O câncer avançou e o médico acha que ele não passa dessa semana. — Oh... eu sinto muito. — Já faz alguns dias que ele vem
— Mamãe! — Allegra exclama, ao entrar na antiga casa de Evangeline. — Que casinha bonita. Evangeline ri da escolha de palavra da sua filha. — Casinha? — É... o apartamento do vovô é muito maior. O nosso também. O apartamento em que ambas viviam, era o que Evangeline havia ganho de presente quando fez vinte e dois anos. Logo que se mudou, ela notou que o singelo presente que seu pai havia dado, não tinha nada de singelo. Além de ficar no centro de Londres, de frente para um dos pontos históricos mais famosos da cidade, três famílias seriam capazes de morar ali sem nenhum sufoco. — É verdade. Vem. Evangeline apresenta toda a casa para Allegra. A garota se ocupa em tirar os panos brancos que cobria os móveis, enquanto sua mãe levava as malas para o quarto. Tudo permanecia do mesmo jeito que ela tinha deixado. E aquilo a causava uma nostalgia extrema. Ao olhar para a cama, a imagem de Alec seminu, preencheu o ambiente. — Mamãe? — Evie balançou a cabeça e afastou tudo aquilo que
Allegra era excepcional. Em todos os âmbitos. Na natação, na música, na escrita, nos debates escolares... tudo. Ela é o tipo de criança que se esforça para ser brilhante e não aceita menos do que isso. Uma nota nove, nunca será boa o suficiente, pois dez é perfeito. E isso não era por pressão de sua mãe, ou porque seu avô era um advogado incrível. Enquanto Evangeline achava que ela devia largar um pouco os livros e brincar mais, a garota pensava o oposto. No dia em que precisou de algumas caixas de papelão, para fazer uma maquete, Evie disse que no sótão havia algumas e ela poderia ir até lá escolher. A garota estava quase acabando, quando encontrou uma pequena caixa de sapato, repleta de lembranças. Ela abandonou todas as outras e se sentou, olhando todas aquelas coisas. Tinha um celular antigo, uma pulseira de ópera, uma caixinha com brincos e cordão de diamantes e muitas fotos. Evangeline sozinha. Evangeline com Felippa. E Evangeline com um homem, cujo os olhos azuis brilhavam t
Refazendo o caminho que imaginou nunca mais fazer, Evangeline sentia que seu coração iria sair pela boca a qualquer momento. Por ela não fazer ideia de que Allegra sabia sobre Alec e por provavelmente rever ele. Assim que chegou ao portão da mansão, ela não hesitou em entrar. Howard estava terminando de lavar o carro, quando a viu passar pelas grandes barras de ferro. — É uma miragem? — ele brinca, logo que ela se aproxima. — Evangeline? — Oi, Howard. Quanto tempo. — Eu só não vou te abraçar, porque... A frase do motorista se perdeu, quando a ruiva se aproximou dele e o abraçou. Anos se passaram, mas ela ainda enxergava ele como uma fortaleza. — Achei que nunca mais fosse ver você. — Howard diz, apertando seus braços em volta dela. — Ainda mais aqui. — É... eu também não esperava voltar aqui, mas a minha filha... — Filha? — Longa história. — Evie suspira, se afastando de Howard. — Ele está aí? Howard balançou a cabeça em afirmativa e fez um sinal para que ela o aco
Allegra estava sentada no sofá, esperando que sua mãe se recuperasse do que tinha acontecido na mansão dos Castello. Quando Evangeline se sente confortável, ela deixa a cozinha e vai até a sua filha. Antes de se sentar, faz apenas uma pergunta: — Como soube? — Começou quando aprendi sobre genética na escola. Não tem como os seus olhos verdes, com os olhos castanhos do papai, deixarem os meus azuis. Evie sorri de lado. Embora esteja apavorada por Allegra ter descoberto aquilo e ido atrás da verdade sozinha, ela se alegrava com a esperteza da garota. — Então eu achei uma caixa com algumas lembranças e vi a foto dele. Do Alec. Os olhos azuis... lembrei que a senhora tinha ficado muito emotiva ao ver aquele mesmo homem, em uma notícia na TV. Evangeline relembra aquela sensação. Ao ouvir o nome de Alec, relacionado a uma troca de tiros em uma boate de prostituição, ela ficou apavorada. Era a primeira vez que ela ouvia o nome dele, depois de tantos anos e ainda tinha a probabilida
Saber que Evangeline estava na cidade e que eles tinham uma filha juntos, era torturante para Alec. Principalmente porque Audrey não deixava que ele se aproximasse delas. Não antes do aniversário de Antony. E aquilo o deixava minimamente aterrorizado. Alec sentia falta de Evangeline e de tê-la consigo, mas não era porque tinham passado dez anos, que os perigos haviam sumido. Depois que Blake morreu e Alec tomou a frente de todos os negócios, ele ficou visado pelo seu jeito de agir sem cautela. No dia em que a boate sofreu a batida policial, Alec conseguiu fugir pelo telhado, mas acabou batendo sua cabeça em uma barra de ferro que não tinha visto. Ele ficou desacordado por horas e confidenciou a Howard, que tivera um sonho naquele momento. Alec se via em um campo aberto e florido, sozinho, até que uma carruagem se aproximava. Evangeline descia daquela carruagem e caminhava até ele, com um sorriso lindo estampado no rosto. Ele disse que ela não falou nada, mas que quando se beijara