Todas as casas eram exatamente iguais e ficavam no mesmo lugar que os trailers. Uma cerca branca, sala, cozinha, sala de jantar e banheiro no andar de baixo; dois quartos e um banheiro no andar de cima. Todas tinham o tom bege e o telhado acinzentado. — Sua casa é de frente para a minha! — Felippa comemora, abraçando Evangeline. — Está tudo tão lindo. Eu nem consigo acreditar que finalmente temos uma casa de verdade. Evie se vira para encarar a casa e enquanto Felippa tagarela, sua mente vaga. Ela não consegue deixar de pensar em Leah. Apesar de ela nunca ter sido uma boa mãe, Evangeline era o exemplo de filha perfeita. Além de se tornar uma musicista de sucesso, ela também tinha o sonho de morar em uma casa e ter Leah ao seu lado. E mesmo naquele momento, sabendo toda a verdade a cerca de sua vida, ela ainda desejava que sua mãe estivesse bem. Notando que Evangeline estava em qualquer lugar, menos ali e que estava falando sozinha para o vento, Felippa deu um peteleco na orelha de
A blusa de grife conhecida e a mini saia da loja mais cara da cidade, estavam sujas e rasgadas. O cabelo negro amarrado em um rabo de cavalo alto, parecia ter sido cortado por uma faca de tão torto que estava. Mas diante de tudo aquilo, o que mais chocou Evangeline, era o rosto de Leah. Ele estava repleto de hematomas mal curados. — Eu sempre soube que você era melhor do que eu. — Leah diz, encarando o vestido que Evangeline usava. — O que quer aqui, Leah? — Evie questiona, tentando não se abalar com a feição emotiva que ela carregava e fechando a porta. — Achei que nunca mais fosse ver você. — Bem... eu... eu voltei. Voltei para casa. — Casa? — a garota solta uma risada sarcástica e guarda a chave na bolsa. Cada movimento, era observado por Leah. — Aí Leah... você é uma figura. — Não entendi a ironia, Evangeline. — Não se faça de idiota, Leah. Você é uma puta drogada, mas não é burra. — Olha como fala comigo. Eu sou sua... — Você não é nada minha. — Evie cospe, sentindo seus
Ao abrir a porta, Evangeline ficou realmente surpresa. Toda a escuridão deixou de existir e a imagem de diversas pessoas desconhecidas, se fez presente para ela. Felippa e Audrey estava à frente de todos eles, cada uma segurando um balão com o número dois, indicando a nova idade de Evie. — SURPRESA! — Felippa grita, indo até sua melhor amiga e a abraçando. — Achou realmente que esse ano você não teria uma surpresa de aniversário? — Sua maluca! Então toda aquela briga mais cedo... — Era só para você não notar a meu sumiço. — Você é impossível! — Evie bate em sua amiga e a abraça de novo. — Mas... quem é toda essa gente? — Parece que mesmo morando anos fora da cidade, Audrey ainda tem muitos amigos. A loira grávida solta o balão que estava em suas mãos e se aproxima com os braços abertos, pronta para envolver Evangeline em um abraço repleto de carinho. — Você não tem tantos amigos. — Adurey diz beijando as duas bochechas da ruiva. — Tive que dar um jeitinho para essa festa não f
Evangeline não precisou pedir duas vezes. Alec a segurou pela cintura e a beijou profundamente. Sem abandonar aqueles lábios que tanto deseja, ele se vira e joga algumas coisas que estão na mesa para o chão, fazendo-a se sentar ali em seguida. Após morder o lábio inferior dela, Alec desce seus beijos por todo corpo nu, até chegar na calcinha que ela vestia. Ele deposita leves mordidas naquela região, causando espasmos deliciosos em Evangeline. Uma vez que aquele pequeno pedaço de tecido chega ao chão, Alec se ajoelha e sem romper o contato visual com Evangeline, ele enfia a língua em sua intimidade. A garota tomba a cabeça e geme baixo, já sentindo aqueles movimentos circulares fazer efeito em todo seu corpo. Evie ergue as pernas e as rodeia em volta do pescoço de Alec, ao mesmo tempo em que deita o corpo sobre a mesa, derrubando a famosa caixa de charutos de Blake. Claro que nenhum dos dois se importou com aquilo. Alec sugava Evangeline como se não existisse coisa melhor para s
— Você o convidou? — Evangeline pergunta, olhando para Alec. Felippa e Howard que vinham apressadamente para conversar com o casal, se detiveram ao ver o que estava acontecendo. — O que? Não... eu... — Eu tinha vindo ver o Alec. — Samuel diz, se aproximando deles. — E encontrei essa senhora no portão principal. — Essa senhora? — Dominique revira os olhos, visivelmente ofendida por aquela palavra. — Eu sou uma Castello. Não sou qualquer uma. — Você não é uma Castello, Dominique. Vem, entra. Alec agarra no braço de sua mãe e a arrasta para dentro de casa, na intenção de deixar Samuel e Evangeline a sós. Felippa e Howard voltaram para o lugar em que estavam antes. — Se veio falar com Alec, deveria entrar. — Não. Eu não... — Samuel se engasga com as palavras, em uma tentativa meio desesperada de fazer Evangeline ficar ali. — Só vim procurar Alec, para que ele me desse um conselho. Em relação a você. — A mim? — Amanhã é seu aniversário. Eu queria te ver, parabenizar, mas..., mas
Alec estava extremamente calmo, enquanto o policial o algemava. Diferente de Evangeline, que se questionava e questionava alto, que loucura era aquela sendo dita. — Evie, calma. — Samuel diz, dividindo seu olhar entre ela e seu cliente preso. — Eu vou com ele. Vá para casa. — O que? Casa? De jeito nenhum! Eu vou com você. — Vai para uma delegacia, apenas usando um biquini? Evangeline encara seu corpo e tem uma súbita vergonha. — Ah... eu... — Não temos mais tempo. — Samuel beija a testa de Evangeline. — Te mantenho informada. O advogado se apressa em ir para o seu carro e seguir o carro da polícia, que já se afastava com Alec dentro. — Eu não vou conseguir ficar aqui esperando. — ela murmura, olhando para os lados. — Howard! Você... — Se veste e nós vamos. Ela só tem tempo de sorrir em agradecimento e corre para dentro da mansão. Ao passar como um furacão por Felippa, Audrey e Dominique, as três vão atrás dela no quarto. — O que está acontecendo? — Audrey pergunta, vendo
— Isso é um absurdo. Quanto tempo vão me manter aqui? — Pelo menos você não está em uma cela, Alec. Alec andava de um lado para o outro, com o nervosismo exalando por seus poros. Se Blake o visse daquela maneira, diria que ele estava dando bandeira. — Se senta aqui. — Samuel puxa a cadeira vazia ao seu lado. — Para de ficar agitado. Vai parecer culpado. Deve ser porque sou. Sorte de Alec que pensamentos são privados. Ele se senta ao lado de seu advogado, com as pernas ainda balançando em tamanha inquietude. Já devia ter quase uma hora que eles estavam ali dentro e ninguém havia aparecido ainda. — Eu vou ver se descubro alguma coisa e você fica aqui. Samuel mal se levanta e Mason adentra a sala, com a cara de pouquíssimos amigos. — Achei que eu teria que me interrogar sozinho. — Alec zomba, recebendo uma encarada feia de seu advogado e sogro. — Eu estava com uma pessoa mais importante. A Evangeline. O semblante de Alec permanece o mesmo. Evangeline não tinha a menor ideia do
— Você deve estar confundindo, Ruby. Howard seria incapaz de fazer isso... Evangeline quase não foi capaz de concluir aquela frase. Ela lembra que o acidente de Ruby, foi no mesmo período em que Alec estava alucinado e disposto a fazer qualquer coisa para ficar com ela. — É ele Evie... eu tenho certeza. — Ah... eu não... não sei o que dizer. Alec aperta a buzina do carro com força, para chamar novamente a atenção de Evangeline. Ele não queria que ela se enturmasse tanto com aquele garoto novamente. — Eu preciso ir. — ela diz, intercalando seu olhar entre o carro e o Ruby assustado. — Pare de pensar nessas coisas. Tenho certeza de que você está confuso. Provavelmente com a quantidade de socos que levou... Ruby abre a boca para responder, mas Evangeline é rápida ao se afastar. O garoto fica encarando o carro grande e preto se afastar, antes de adentrar a delegacia as pressas. — Rubens? — Mason se assusta com a chegada repentina de seu sobrinho. — Não sabia que estavam na