— Você o convidou? — Evangeline pergunta, olhando para Alec. Felippa e Howard que vinham apressadamente para conversar com o casal, se detiveram ao ver o que estava acontecendo. — O que? Não... eu... — Eu tinha vindo ver o Alec. — Samuel diz, se aproximando deles. — E encontrei essa senhora no portão principal. — Essa senhora? — Dominique revira os olhos, visivelmente ofendida por aquela palavra. — Eu sou uma Castello. Não sou qualquer uma. — Você não é uma Castello, Dominique. Vem, entra. Alec agarra no braço de sua mãe e a arrasta para dentro de casa, na intenção de deixar Samuel e Evangeline a sós. Felippa e Howard voltaram para o lugar em que estavam antes. — Se veio falar com Alec, deveria entrar. — Não. Eu não... — Samuel se engasga com as palavras, em uma tentativa meio desesperada de fazer Evangeline ficar ali. — Só vim procurar Alec, para que ele me desse um conselho. Em relação a você. — A mim? — Amanhã é seu aniversário. Eu queria te ver, parabenizar, mas..., mas
Alec estava extremamente calmo, enquanto o policial o algemava. Diferente de Evangeline, que se questionava e questionava alto, que loucura era aquela sendo dita. — Evie, calma. — Samuel diz, dividindo seu olhar entre ela e seu cliente preso. — Eu vou com ele. Vá para casa. — O que? Casa? De jeito nenhum! Eu vou com você. — Vai para uma delegacia, apenas usando um biquini? Evangeline encara seu corpo e tem uma súbita vergonha. — Ah... eu... — Não temos mais tempo. — Samuel beija a testa de Evangeline. — Te mantenho informada. O advogado se apressa em ir para o seu carro e seguir o carro da polícia, que já se afastava com Alec dentro. — Eu não vou conseguir ficar aqui esperando. — ela murmura, olhando para os lados. — Howard! Você... — Se veste e nós vamos. Ela só tem tempo de sorrir em agradecimento e corre para dentro da mansão. Ao passar como um furacão por Felippa, Audrey e Dominique, as três vão atrás dela no quarto. — O que está acontecendo? — Audrey pergunta, vendo
— Isso é um absurdo. Quanto tempo vão me manter aqui? — Pelo menos você não está em uma cela, Alec. Alec andava de um lado para o outro, com o nervosismo exalando por seus poros. Se Blake o visse daquela maneira, diria que ele estava dando bandeira. — Se senta aqui. — Samuel puxa a cadeira vazia ao seu lado. — Para de ficar agitado. Vai parecer culpado. Deve ser porque sou. Sorte de Alec que pensamentos são privados. Ele se senta ao lado de seu advogado, com as pernas ainda balançando em tamanha inquietude. Já devia ter quase uma hora que eles estavam ali dentro e ninguém havia aparecido ainda. — Eu vou ver se descubro alguma coisa e você fica aqui. Samuel mal se levanta e Mason adentra a sala, com a cara de pouquíssimos amigos. — Achei que eu teria que me interrogar sozinho. — Alec zomba, recebendo uma encarada feia de seu advogado e sogro. — Eu estava com uma pessoa mais importante. A Evangeline. O semblante de Alec permanece o mesmo. Evangeline não tinha a menor ideia do
— Você deve estar confundindo, Ruby. Howard seria incapaz de fazer isso... Evangeline quase não foi capaz de concluir aquela frase. Ela lembra que o acidente de Ruby, foi no mesmo período em que Alec estava alucinado e disposto a fazer qualquer coisa para ficar com ela. — É ele Evie... eu tenho certeza. — Ah... eu não... não sei o que dizer. Alec aperta a buzina do carro com força, para chamar novamente a atenção de Evangeline. Ele não queria que ela se enturmasse tanto com aquele garoto novamente. — Eu preciso ir. — ela diz, intercalando seu olhar entre o carro e o Ruby assustado. — Pare de pensar nessas coisas. Tenho certeza de que você está confuso. Provavelmente com a quantidade de socos que levou... Ruby abre a boca para responder, mas Evangeline é rápida ao se afastar. O garoto fica encarando o carro grande e preto se afastar, antes de adentrar a delegacia as pressas. — Rubens? — Mason se assusta com a chegada repentina de seu sobrinho. — Não sabia que estavam na
— Esse vestido está realmente bom? Devia ser a décima vez que Evangeline perguntava aquilo à sua amiga. Felippa sentia que poderia perder a paciência a qualquer momento, pois não aguentava mais confirmar. E embora o vestido longo, na cor vinho, estivesse com o caimento perfeito em Evangeline, ela queria ter certeza daquilo. Ela não fazia ideia do tipo de festa que estava indo ou onde seria, então a vestimenta deveria ser boa para qualquer ocasião. — Você já sabe para onde vai? — Felippa pergunta, sem tirar os olhos do celular. — Não, mas já recebi uma mensagem informando que o motorista está a caminho. — Muito estranho esse segredo todo. Não poder saber para onde se vai, é extremamente perigoso. — É, eu sei. Mas foi meu professor quem me indicou. Ele jamais em algo furado. Felippa dá de ombros, já que ela não conhecia Jude e não queria se aprofundar naquela conversa. Howard estava de folga naquele dia e a troca de mensagens sexuais que estavam tendo, era bem mais sexy do
Evangeline havia criado um cronograma em sua mente. Após uma hora de música ininterrupta, ela iria encostar o violino e esticar as pernas. Ela tocava com os olhos fechados, para não se sentir intimidada com todos aqueles olhares masculinos. Entre uma música e outra, ela aproveita a deixa para olhar em volta e inspecionar os convidados. Nenhuma mulher. Tirando ela e a recepcionista, não havia nenhuma mulher entre os convidados. Intrigante, ela pensou. Mas não deixou aquilo abatê-la. Ela finalizou a primeira hora com maestria e se levantou, para reverenciar os aplausos recebidos. — Me vê uma água com gás, por favor? — Evie pede ao homem no bar. — Obrigada. Enquanto espera, Evie movimenta as pernas que estavam ligeiramente dormentes. Mesmo estando no canto do bar, longe de praticamente todos, ela não conseguia parar de se sentir vigiada. Ela sequer conseguia entender aquele sentimento, já que não havia ninguém olhando na direção dela. — Meu Deus... — ela murmura, pegando em seu c
— Davine, que loucura é essa? — Não é loucura, Evangeline. É a verdade. Evie, por favor, me escuta. Eu estou correndo riscos, só por estar aqui e falando com você. — Evangeline fica em silêncio, para que Davine fale de uma vez o que sabe. — O meu pai… eu descobri há pouco tempo que ele tem planos de dominar a máfia da cidade e para isso… — Ele precisa eliminar quem está no poder. — ela completa aos sussurros, sentindo seu copo inteiro gelar de medo. — Mas ele não faria isso na frente de todo mundo… faria? A boca de Davine treme, pois ela tinha receio do que poderia sair dali. E aquilo deixa Evangeline preocupada. — Meu Deus… eu preciso… — Evie, você nunca me viu aqui! — Davine diz, impedindo que a garota ruiva deixe o banheiro. — Por favor! Era claro que ela jamais diria a ninguém aquela conversa estranha que havia acabado de ter no banheiro, mas Evie não queria mais perder tempo. Àquela altura Alec já poderia estar morto. Evangeline sai do banheiro em disparada, des
Evangeline não conseguia esquecer as últimas palavras de Blake e muito menos o olhar que ele desferiu para ela. A chave que ainda estava em sua mão, parecia queimar. Quando Alec parou com o carro diante da porta da mansão, nenhum dos dois teve coragem de sair dali. Alec temia o momento de contar o que aconteceu para Audrey e Evie tentava achar uma brecha para dar a chave a Alec. Ele olha no relógio. Já passavam de uma da manhã. — Audrey já deve estar dormindo. — Alec comenta em voz alta. — Melhor contar a ela de manhã. — É... eu preciso de um banho. Tirar essa roupa... Alec salta do carro e espera apenas Evangeline fazer o mesmo, para que os dois possam entrar na mansão. Os planos de informar a Audrey apenas no dia seguinte vão por terra, pois quando os namorados entram na casa, a loira estava descendo as escadas. — O que aconteceu!? — seus olhos vão diretamente para os braços de Evangeline, que estavam sujos de sangue. — Se machucou? Cadê o papai? Evie e Alec trocam