Blake perdeu a breve discussão para Evangeline e Audrey. Ele esperou apenas que o filho fosse para o quarto, para ir embora com a desculpa de que tinha muita coisa de trabalho para organizar. — Papai é um brucutu. — Audrey diz, alisando o rosto do irmão. — Espero que ele não te intimide. Evie lembra da primeira vez que viu Blake e a expressão furiosa em seu rosto, quando ela entrou na sala sem ser convidada. — Ah, não. Ele não me intimida. Audrey resmunga de dor nas costas, ao se sentar na poltrona ao lado de Alec. — O que pensa que está fazendo? — Evie pergunta, indo até ela. — Pode sair. — Como assim? — Eu vou ficar com ele, Audrey. Vá para casa. Descanse. — Evie... — Nem tente! — Evangeline segura em sua mão e a puxa gentilmente até a porta. — Você está gravida, passou a noite toda acordada em uma balada e mal se alimentou. Por favor, Audrey. Vai. A loira suspira e abraça Evangeline abruptamente. — Qualquer coisa me liga. Eu coloquei meu número no seu celular essa madr
Alguns dias depois, Alec finalmente estava liberado para voltar para casa. Evangeline estava radiante, pois aquilo significava que ele estava realmente bem. Já Alec, não estava tão feliz assim. Evie não saiu do lado dele em nenhum segundo. Audrey se ofereceu para ficar com o irmão, para que ela pudesse ir ao hotel tomar um banho e descansar, mas Evangeline recusou. Ela se contentou em tomar um banho de gato no banheiro do hospital, apenas para não deixar Alec sozinho. E isso o deixou maravilhado. Quando não estavam vendo série, disputando algum jogo no celular, estavam conversando. Evie descobriu que Alec odiava a cor verde e nunca o veria usando algo com aquele tom. Evangeline contou que apesar de amar tocar música clássica, ela detestava ouvir. — Pronto? — ela pergunta, terminando de juntar as coisas de Alec em uma mala. — Acho que Howard já deve estar lá fora. Alec faz uma careta, ao se sentar na cadeira de rodas que havia ali. Seu braço ferido estava em uma tipoia presa ao p
— Beija. — ela sussurra, entregando seus lábios a ele. — Antes que eu... Alec não perde mais tempo e faz aquilo que anseia desde a primeira vez que viu Evangeline. Ele a puxa pelo rosto e junta seus lábios rapidamente. O beijo era lento e profundo, suas línguas se entrelaçavam urgentes, quentes e molhadas. A doçura da boca de Evangeline, era um deleite de sensações e prazeres para Alec. Ele esperou aquilo por tanto tempo, que apenas um beijo, não seria capaz de saciar seus desejos quase secretos. Eles se separaram por breves segundos, apenas para recuperarem o ar que se fez necessário, mas logo Alec colou sua boca na de Evangeline novamente e mordeu-lhe o lábio inferior, a fazendo arfar e sua respiração oscilar. Ambos se sentiam inebriados de prazer e paixão, no primeiro beijo que trocaram. Beijo aquele que traduziu sem palavras, todo o sentimento de desejo, luxuria e paixão que corriam por seus corpos. Evie se sentiu tão à vontade naquele beijo, que ao relaxar seu corpo, ela se de
— Achei que pela forma que você saiu daqui, eu não fosse te ver até poder sair sozinho. — Essa era a ideia inicial. — Evie confessa. — Mas eu... droga. Eu não consigo parar de pensar em você. — Alec sorri e passa a língua pelos lábios. — Pode tirando esse sorrisinho da cara. Isso não devia acontecer. — Por que não? — Jura que fez essa pergunta? — ela cruza os braços. — Esqueceu de tudo o que fez, para me obrigar a ficar com você? Você não foi capaz de ouvir os vários nãos que eu disse e foi tornando tudo cada vez mais difícil. Eu deveria te odiar... — Mas não consegue. — ele sorri novamente. — Não. — Evie suspira e se senta na ponta da cama de Alec. — Eu já tinha você rondando a minha cabeça, então Audrey me chama para sair e me dá a opinião dela sobre tudo. — Ela fez isso? — Fez. E eu achei uma graça. Adoro sua irmã. — E por incrível que pareça, Audrey adora você também. Ela nunca, repito, nunca gostou de nenhuma namoradinha que eu tive. — Tenho meus charmes. — Evangeline zo
Quando Evangeline desperta, ela percebe que dormiu na cama de Alec e que ele não está mais ali. Ela se levanta um pouco assustada e vai até o banheiro dele, constatando que está vazio. Após colocar um pouco de pasta de dente na boca, molhar o rosto e domar o seu cabelo, o prendendo em um coque, ela deixa o quarto. — Evangeline? — Audrey para no meio do corredor e coça os olhos. — Eu ainda estou sonhando ou você ACABOU DE SAIR DO QUARTO DO ALEC? — Para de gritar! Nós só vimos um filme e... bem, eu nem terminei o filme. Acabei dormindo. — Eu sequer sabia que você estava aqui! Vem, vamos tomar café da manhã. Audrey agarra Evangeline pelo braço e começa a puxá-la para baixo. — O que? Com a sua família? Nem pensar! — Ah, você vai sim. — Eu tenho muita coisa para fazer hoje, Audrey. — Não tem não. — Evangeline já estava escapando, mas a loira a puxa pela mão, na direção da sala de estar. — E nada de recusar o pedido de uma gravida. Faz mal. — Você realmente usará essa d
— Alec, por favor! — Evangeline bate na porta do banheiro repetidamente. — Nós já estamos atrasados e eu preciso usar o banheiro! — Já vou sair! Evie bufa e anda de um lado para o outro, tentando enganar sua vontade de ir ao banheiro. Uma semana havia se passado, desde que Alec deixara a mansão para dividir quarto com Evangeline. Ele poderia ter pegado qualquer outro quarto? Poderia. Mas se isso tivesse ocorrido, eles não teriam trocado beijos e caricias durante toda a semana, e não estariam cada dia mais próximos. No primeiro dia, ela tentou incansavelmente, fazer com que ele mudasse de ideia. Apesar de gostar da ideia de ter ele por perto e não precisar ver a cara de Dominique, Evie se preocupava com a condição de saúde de Blake, que aparentemente, ninguém sabia. Mas foi em vão. Alec era irredutível e disse que só voltaria para casa depois que retirasse os pontos. Esse dia chegou e Alec está enfurnado no banheiro, tentando fazer com que eles se atrasem e só possa ir no dia
— Uau... ter dinheiro é realmente muito bom. — Felippa murmura, abandonando o carro. — Essa obra está muito adiantada. As casas seriam de madeira e toda a estrutura já estava montada. — É. Também estou surpreso. — Alec diz, caminhando até o empreiteiro. — Vou ali conversar com o chefe de obras e já volto. — E nós vamos ver se tem alguma correspondência. Vem, Felps. Elas vão até a caixa de correios improvisada que havia ali e Evie pega todas as correspondências. Ela passa uma a uma, procurando por apenas uma coisa. — Aqui. — murmura, entregando as outras cartas para sua amiga. — Ele mandou outra. — Seu pai? Evangeline apenas balança a cabeça em afirmativa, já rasgando o envelope. Ela guarda as notas de dólares no seu bolso e abre o papel rosado. Querida filha, Ainda sem respostas sobre você. Se eu não tivesse tão atolado com o meu trabalho e com medo da rejeição que você possa ter de mim, já teria ido até aí te ver. Eu gostaria muito de saber como você está, o qu
— Diamantes? — Alec ergue o olhar para o seu pai, que estava do outro lado da imensa mesa. — Você quer entrar nesse ramo? — Eu quero que você entre nesse ramo. Alec... eu não tenho mais... Blake engole em seco. As palavras de Evangeline, sobre ele contar para a família da sua doença, não paravam de rodar em sua mente. E embora tenha total clareza de que a garota ruiva tinha razão, o chefe da família Castello sentia que ainda não era hora de falar. Ele não queria tirar o foco de Alec, dos novos negócios que estavam por vir. — Pai? Não tem o que? — Tempo a perder. Esse negócio de drogas e prostituição, está ficando passado. O cerco está se fechando. — E você acha que diamantes, é a melhor coisa a se fazer no momento? Aliás, o que quer fazer com isso? Abrir uma joalheria? — Não. — Blake abre a caixa de charutos e pega um. — Um contato de anos, me vendeu uma fonte de diamante bruto. É uma mina secreta, embaixo de um morro antigo. Você só precisa encontrar com os mineradores e