- NOTA DA AUTORAEu protejo você não se trata de uma história fofa, muito menos, um conto de fadas.Cecily e Killian NÃO SÃO UM EXEMPLO de relacionamento saudável. Até porque, eles são cheios de traumas, e lidam diariamente com os demônios que atormentam suas mentes. Já fiquem sabendo que este é um DARK ROMANCE e não tenho a obrigação de passar nenhuma mensagem mostrando como funciona um relacionamento saudável.Essa é uma história que vem para desnudar as camadas mais obscuras dos sentimentos dos protagonistas, e eu escrevi exatamente como eles falaram na minha cabeça.E é claro que terá final feliz, afinal, eles vão se curar juntos, da maneira DELES.As cenas hots além de serem intensas, também podem conter gatilhos para algumas pessoas, então estejam cientes do que vão ler. Leiam, divirtam-se, sintam a tensão entre os personagens, porque isso vocês vão encontrar de sobra. Como todos os livros que escrevo, sempre coloco um pouco de reflexão, e neste não foi diferente.Era para se
[KILLIAN WHITE]Depois de procastinar na cama, tomei um banho demorado e me arrumei para começar o dia.Então desci para tomar o café da manhã. Coisa que quase nunca faço. Mas hoje com toda certeza, precisarei de um pouco de cafeína.Suspirei quando cheguei a mesa e vi apenas mamãe e Ethan tomando o café da manhã. Então meu pai já estaria na empresa nos esperando. Que ótimo.— Bom dia, filho. — minha mãe cumprimenta. — Bom dia, mãe. — sentando na mesa e me servindo de um café forte, respondo.— Noite difícil, Ethan? — pergunto ao meu irmão, Ethan, ao notar ele com uma grande garrafa de água em mãos. — Depois da cagada de ontem, acho que eu precisava de umas e outras.— Olha a boca, Ethan!Aperto a xícara em minhas mãos ao pensar que ainda terei que enfrentar o meu pai por causa da última missão.Porra! Eu estava fodido. — O pai de vocês não estava nem um pouco contente, quando saiu hoje pela manhã — minha mãe diz. E pelo tom, acho que estou mais do que fodido. — Tentei convencê-lo
[KILLIAN WHITE]Entramos na sala, onde nosso pai já estava esperando, sentado em sua cadeira.— Até que enfim. —papai diz, enquanto sentamos na cadeira, e esperamos o sermão.Quanto antes viesse, mais rápido terminaria.Ele nos encarou por um tempo.— Sabe, vocês cresceram tão rápido. —e então começou. — Ainda me lembro de vocês correndo por esse prédio, deixando todos de cabelos em pé com suas traquinagens.Ele comenta, colocando sobre a mesa a foto da nossa família. Onde eu e meu irmão segurávamos o certificado de conclusão do curso de treinamento de guarda-costas, cursado na International Security School, na Rússia. Uma academia que era considerada a melhor do mundo.— Eu tinha vontade de deixar vocês presos em alguma sala daqui, só para darem paz aos funcionários. —da um meio sorriso. — Mas nunca fiz isso.Ele finalmente ergue o olhar para mim.— Depois de se tornar um dos meus melhores homens, o mínimo que eu esperava era compromisso, Killian.— Eu tive motivos para...— Bater a
[CECILY RUSSEL]As janelas da minha casa tremem com o poder do trovão rolando pelos céus. Os raios caem ao longe, iluminando a noite. Meus olhos se abrem, mas somente a escuridão.Tive mais um pesadelo dos infernos. Alguém me perseguindo, alguém prestes a me devorar. Ainda posso sentir a respiração desse animal selvagem em meu rosto.Não alcanço o interruptor da lâmpada nem tento tocá-lo. Algo me diz que se iluminar qualquer animal que esteja à espreita por aí, a situação irá divergir em uma direção feia. O que é uma loucura.Sabe aquela torre de marfim em que Rapunzel ficou? Meu quarto nessa mansão é a personificação disso.No lado positivo, no entanto, estou protegida. Inferno, há até guardas embaixo da varanda. Não tem a menor chance de alguém ter entrado em meu quarto. E isso é apenas mais um dos meus pesadelos.As cortinas da varanda batem por dentro, o material branco embebido na cor da noite e da luz fraca. Por um segundo, permaneço ali, abraçando meus braços e deixando o frio
[CECILY RUSSEL] Depois de enrolar o tanto que podia, decidi enfrentar as consequências logo de uma vez.Não poderia ser tão ruim assim, não é? Balanço a cabeça. As vezes nem é sobre isso que ele quer falar. Entrando em seu escritório, encontro meu pai em pé, perto da janela. A sala não é muito grande, ao contrário do imenso salão onde acontecem as reuniões da Bratva.— Bom dia, papai! —cumprimento, tentando parecer animada. Mesmo estando morrendo de medo.— Bom dia, filha. —ele responde, sem qualquer alegria a qual sempre me oferece.Enquanto ele ainda continua de costas, sento na cadeira e permaneço imóvel. E depois de longos segundos torturantes em silêncio, ele começa.— Você não tem a menor noção do que está fazendo ao sair assim, sem o mínimo de segurança.Papai decide virar para mim, me olhando nos olhos enquanto segura um copo de uísque nas mãos.Bebendo já cedo? Merda! Estou tão fodida.Mas tentei manter a calma.— Pai, eu só queria sair um pouco. E afinal de contas, ningu
[KILLIAN WHITE]Surpresa. Essa é a palavra certa para esse momento. Pois não imaginava que a garota fosse tão... assim.Loira, olhos claros, pele de porcelana, parecia uma boneca. Mas o rosto, estava com uma leve carranca.Enquanto seu pai falava sobre ela, vi sua expressão mudar de surpresa para vergonha e raiva. Ela então passou por mim e saiu batendo a porta.Eu apenas permaneci em silêncio, encarando o homem, esperando que alguma reação bruta surgisse dele. Mas nada veio.Ele apenas apoiou os punhos na cintura e respirou fundo.Se alguém me dissesse que uma menina petulante iria gritar e sair batendo a porta na cara de um líder da Bratva, eu jamais acreditaria que ela sairia viva da situação. Mas pelo que vejo, aqui tem um pai desesperado de mais com a proteção da única filha. - Tenho a sensação de que sua filha é muito mais que apenas impulsiva. —comento.— Tem razão. Cecily é...difícil de lidar.O homem passa as mãos em seus cabelos. Posso dizer que o homem está realmente sem
As janelas da minha casa tremem com o poder do trovão rolando pelos céus. Os raios caem ao longe, iluminando a noite. Meus olhos se abrem e tropeço para fora da cama, alisando meu cabelo para que caia na parte inferior das minhas costas.Tive mais um pesadelo dos infernos. Alguém me perseguindo, alguém prestes a me devorar. Ainda posso sentir a respiração desse animal selvagem em meu rosto. A única luz vem da lâmpada da varanda que sempre deixo acesa. Não alcanço o interruptor da lâmpada nem tento tocá-lo. Algo me diz que se iluminar qualquer animal que esteja à espreita por aí, a situação irá divergir em uma direção feia.O que é uma loucura. Sabe aquela torre de marfim em que Rapunzel ficou?meu quarto nessa mansão é a personificação disso. Inferno, há até guardas embaixo da varanda. Não tem a menor chance de alguém ter entrado em meu quarto. No lado positivo, no entanto, estou protegida. Estou protegida desde o dia em que nasci na família Russel.Então isso é apenas mais um dos
Cabelo, roupa, maquiagem, sapato. Dou uma última voltinha em frente ao grande espelho do closet. E ao olhar para o relógio dourado da parede, constato que já são 21h. — Hora de ir. Desço as escadas. E ao chegar a sala, encontro papai finalizando uma ligação. Quando cheguei da universidade mais cedo, fui ao seu escritório para perguntar se poderia ir até a festa hoje a noite com a Reina. Mesmo um pouco relutante, ele concordou. No entanto, disse que Killian teria que me acompanhar. E eu não deveria em hipótese alguma, me afastar dele. Era ridiculo toda a situação. Porém, não discuti. Não ia adiantar de nada mesmo. — Você está linda, meu amor. - papai elogia ao se aproximar de mim, com olhos atentos. Sorrio, e o agradeço. — Obrigada, pai. — Animada? — Sim. Faz tempo que não vou a uma festa com meus amigos. Ele me abraça, e deposita um beijo em minha testa. Como sempre faz. — Só tome cuidado, tudo bem? E não se meta em encrencas. - ele sorri. — Aquele guarda-costas estará lá