- Rita?! Como você está aqui?De repente, a voz fria de uma mulher de meia idade ressoou. Ela virou a cabeça e viu sua madrasta, Beatriz Silva, entrando pela porta.O casal desprezível lá em cima ouviu o barulho e também olhou para baixo.Uma faísca de pânico brilhou nos olhos de Jean:- Rita, como... Como você voltou?Rita curvou os lábios, olhando friamente para Jean ao dizer:- Esta é a minha casa, por que não poderia voltar?Encostada no peito de Jean, os lábios vermelhos de Ana se curvaram com sarcasmo:- Sua casa? Esta mansão, agora não é mais chamada Costa.Rita franziu as sobrancelhas, perguntando:- O que você quer dizer?Vestindo uma mini saia e saltos altos, Ana desceu lentamente as escadas enquanto dizia:- Dez meses atrás, seu pai se jogou do prédio, deixando um monte de dívidas. Se não fosse por minha mãe, esta mansão teria sido hipotecada! Então, esta casa agora não tem o sobrenome Costa, mas Silva!Suicídio... Pulando do prédio? Isso é impossível!Rita agarrou a gola da
O motorista rapidamente saiu do carro e ajudou a mulher que desmaiara na frente do veículo. Foi só então que ele percebeu que ela estava segurando uma urna funerária.Que azar...O motorista tentou tirar a urna de suas mãos, sem sucesso. Seu olhar hesitante e trêmulo se voltou para o homem sentado ao lado:- Presidente Souza, isso...O homem olhou friamente para a urna que a mulher segurava no peito e disse com calma:- Vá dirigir.O motorista voltou ao volante apressadamente e deu partida no carro novamente.A chuva intensificava-se do lado de fora da janela. O céu estava cada vez mais escuro.O feixe de luz dentro do carro era fraco. Lucas Souza baixou os olhos para a mulher ao seu lado. Seus cabelos longos e pretos estavam molhados, grudados em seu rosto pálido. Havia uma longa cicatriz em seu braço alvo, sangue escorria lentamente. Era uma figura desolada e cativante.Parecia que ela não tinha feito isso de propósito.O asfalto estava escorregadio na noite chuvosa, e a névoa estava
Três anos depois, no Aeroporto de Cidade S.No saguão, uma notícia em destaque soou no sistema de som:- Últimas notícias econômicas de Cidade S! Grupo Souza adquiriu todos os terrenos na Rua da Alfândega, onde planejam construir um grande centro de entretenimento. Conforme relatado, a Rua da Alfândega é uma área residencial economicamente próspera, com muitas comunidades de luxo e mansões. A realocação se tornará um desafio. Conseguimos entrevistar o CEO do Grupo Souza, Lucas Souza. Como ele planeja resolver esse problema?Rita Costa acabou de desembarcar e foi imediatamente atraída pela grande tela no saguão.Na tela, um homem vestido com um terno cinza frio, com uma camisa branca meticulosamente abotoada e uma gravata preta, tinha pele clara e, ainda assim, sem um único defeito. Seus traços faciais eram impressionantemente bonitos, e a aura em torno dele era fria e pura, impressionando qualquer um à primeira vista.O homem teinha os dedos entrelaçados em seu colo, seu rosto relaxado
Às oito da noite, vestidas a rigor, Diana levou Rita para o local do jantar, onde a fragrância de perfumes e a elegância se misturavam.Fora do local, uma linha de carros de luxo de edições limitadas estava estacionada. As pessoas que se moviam pelo salão de jantar eram de alta posição, ricas e nobres. Eram presidentes de empresas e ricos de segunda geração. Claro, havia exceções, como Rita, a conhecida filha pobre de Cidade S.Mesmo que as circunstâncias mudassem, não significava que certos eventos seriam facilmente apagados das mentes das pessoas.Diana apontou para uma figura imponente não muito longe e sussurrou para Rita Costa:- Aquele é Lucas Souza. Você vai falar com ele agora? Mas Rita, eu te aconselho a pensar bem.O homem estava envolto em brilho e glamour, cercado por mulheres deslumbrantes, elegantes e poderosas.Rita respirou fundo, curvou os cantos dos lábios suavemente e pegou uma taça de champanhe. Ela estava prestes a caminhar em seus saltos altos em direção a aquele
O Maybach preto passou sob a sombra de duas fileiras de árvores altas, dirigindo-se em direção à mansão da família Souza.A Mansão dos Souza, envolta pela escuridão da noite, parecia ainda mais imponente.Lucas, com suas longas pernas, acabara de entrar em casa quando viu Velho Souza sentado no sofá da sala, então cumprimentou-o educadamente:- Pai.A mão envelhecida de Velho Souza segurava a cabeça de dragão da sua bengala. Ele resmungou friamente:- Se você realmente me considera seu pai, então deveria procurar uma esposa para você e uma mãe para Amanda! Não espere até que eu feche os olhos, e você ainda não esteja casado!Nos últimos três anos, a maior reclamação de Velho Souza contra ele era a demora em encontrar uma namorada e se casar. Nos últimos dias, a frequência com que o velho pressionava pelo casamento estava cada vez maior.Lucas lidou com a situação com calma e compostura:- Não me importo com as herdeiras das famílias ricas que o senhor me apresentou. Para mim, me casar
Na manhã seguinte, às dez horas.Quando Rita entrou no Grupo Souza, viu uma multidão de pessoas no saguão do térreo, todas com currículos na mão, esperando para serem entrevistadas. O mais estranho era que quase 99% delas eram mulheres, todas jovens e atraentes.Rita franziu ligeiramente a testa. Que dia era hoje que tantas pessoas vieram para a entrevista?- Desculpe, todos vocês estão aqui para a entrevista?Uma jovem com uma saia rosa curta olhou Rita de cima a baixo e disse:- Você também está aqui para a entrevista? Você está vestida como uma bruxa, acha que o Presidente Souza vai te notar?Rita inconscientemente olhou para sua roupa. Ela estava vestida de maneira bastante comum para uma entrevista, com uma camisa branca enfiada em uma saia lápis, e um par de sapatos de salto de três centímetros. Como isso a fazia parecer uma bruxa?Nesse momento, um consulado veio organizar as coisas. O desprezo era visível por trás de seus óculos de armação preta:- Fiquem quietas, o Presidente
- Presidente Souza, por favor, se contenha!Lucas fixou seus olhos naquela pequena face ruborizada e indignada. Com um olhar tranquilo, ele inclinou a cabeça para o ouvido dela e começou a falar lentamente:- Srta. Rita, você disse que sou um empresário. Um empresário busca apenas o lucro, não faz negócios que resultam em perdas. O que há em você, Srta. Rita, que vale tanto quanto aquela mansão?Sua voz profunda carregava um frio cortante. Seus olhos negros e enigmáticos olhavam fixamente para o perfil dela. As palavras saíam lentamente, mas cada uma delas atingia o ponto mais vulnerável do seu coração.Dinheiro, ela não tinha. A família Costa já havia falido há três anos.Mas Lucas a desprezara na noite anterior, até mesmo a humilhara em público. Isso a deixava ainda mais confusa. O que esse homem realmente queria dela?Lucas observou seu rosto frágil e jovem, dizendo:- Você não estava sendo muito habilidosa tentando me seduzir na noite passada? - ele se inclinou, aproximando seus lá
Rita suspirou, sentando-se ao lado de Amanda, depois olhou-a de soslaio e disse:- Você é a Amanda, certo?A pequena franziu a sobrancelha clara e olhou para ela, perguntando:- Foi a diretora que te contou?- Você é tão bonita e tem um nome tão bonito, por que briga com as outras crianças?Amanda cruzou os braços, emburrada:- Eles dizem que eu minto! Amanda não mente! Eles não querem brincar comigo, eu também não quero brincar com eles!A pequena virou o rosto branco e macio para o lado, seu pequeno ar de arrogância fez Rita rir:- Eu acredito que Amanda não mente, mas também não está certo bater nos outros.A pequena boca se abriu, mas ela permaneceu em silêncio. Rita continuou suavemente:- Amanda sozinha certamente não pode lutar contra tantas crianças. Se eles disserem novamente que você está mentindo, você vem me contar, eu te ajudo a explicar para eles, tudo bem?Amanda virou o rostinho, seus grandes olhos negros e brilhantes a encaravam sem piscar:- Quem é você, por que você