No dia seguinte, bem cedo, na mesa de café da manhã da família Souza. Amanda, mordiscando uma torrada, disse:- Papai, não consegui trazer o seu carro esporte de volta ontem à noite. Ele ainda está no estacionamento.Plínio, confuso, perguntou:- Como você voltou para casa ontem à noite, então?- Eu bebi um pouco de champanhe no jantar beneficente e não podia dirigir. Lívia me trouxe de volta para casa.Plínio, surpreso, questionou:- A Lívia não bebeu no jantar beneficente?Amanda abaixou a cabeça e continuou a beber seu leite em silêncio, enquanto Plínio mantinha um ar de desconfiança.Lucas interveio:- Que tal isso, Plínio, você leva a sua irmã até o estacionamento mais tarde, e então Amanda pode trazer o carro de volta.Amanda assentiu e respondeu:- Certo, papai.Depois do café da manhã, os irmãos foram de carro até o estacionamento. Ao chegarem, Plínio olhou ao redor e disse:- Irmã, onde exatamente você estacionou o carro?Amanda coçou a cabeça e respondeu:- Estava escuro ont
A residência de Amadeu na Cidade S era perto dali. O lugar era rodeado por um lago, o que contribuía para um ambiente de elegância tranquila. Os imóveis da região, nos últimos anos, se tornaram objeto de desejo entre os apreciadores de arte e a elite, elevando os preços dos imóveis a novos patamares. Foi naquele cenário valorizado que Amadeu adquiriu sua mansão privativa, um refúgio isolado do mundo exterior.Mesmo Amanda, acostumada ao estilo de vida luxuoso de uma estrela da alta sociedade, não pôde deixar de admirar o quão poderoso Amadeu se tornou ao longo dos anos. Sua fortuna atual rivalizava, talvez até superasse a de Lucas, ao menos no que era conhecido publicamente.A mansão privada de Amadeu era vasta. Ao adentrar o jardim, Amanda foi recebida por um exuberante gramado verde e uma variedade de plantas e flores, o lugar era cheio de vida e vigor. Era como um oásis de tranquilidade em meio à agitação da cidade, algo imensamente valioso.De forma indiferente, Amanda comentou:-
Amanda olhava para Costeleta de Porco aos seus pés. Ela se agachou, pacientemente soltou suas pequenas patas e disse:- Costeleta de Porco, eu vou embora agora. Voltarei para te ver depois de alguns dias, tudo bem?Amadeu ficou intrigado com as palavras dela."Então ela vai voltar?"Mas Amadeu nunca fazia nada sem ter certeza.O homem caminhou com suas longas pernas até ela e disse seriamente:- O Costeleta de Porco provavelmente sente saudades de você.Amanda o ignorou e continuou acariciando o corpo macio e gordo do gato.- Mas eu preciso voltar para casa.Um brilho profundo passou pelos olhos de Amadeu, que então sugeriu:- E se eu deixar o Costeleta de Porco com você por alguns dias?"Deixar por alguns dias?"Amanda se sentiu desconfortável com aquela ideia e respondeu:- Fui eu quem encontrei ele. Se não fosse pela minha insistência, ele estaria com você hoje?Amadeu não discutiu e concordou com ela:- Você está certa.- O Costeleta de Porco também é um pouco meu. Se eu quisesse l
Quando Amanda levou Costeleta de Porco para casa, ele rapidamente se tornou o objeto de curiosidade de toda a família. Plínio perguntou: - Mana, de onde você trouxe esse gato gordo? Enquanto alimentava Costeleta de Porco, Amanda respondeu: - Encontrei na rua. Plínio não acreditou na desculpa dela.- E um gato de rua pode ser tão limpo e gordo assim? - É o gato da Lívia, ela tem estado ocupada com os preparativos do casamento ultimamente, então me pediu para cuidar dele por alguns dias. Só então Plínio acreditou e comentou: - O gato dela, isso faz sentido. Após o jantar, Amanda levou Costeleta de Porco para o quarto. O gato era bastante corajoso, e mesmo em um ambiente desconhecido, não demonstrava medo. Sem que Amanda percebesse, ele já havia subido em sua cama. Achando o gato adoravelmente gordo, Amanda tirou uma foto dele e a postou nas redes sociais. A legenda dizia: "Isso não é uma Costeleta de Porco, é pura gordura."...Depois de um longo dia de trabalho, Am
Quando Gustavo chegou, faltavam dez minutos para as duas horas, e Lívia quase o matou de tanto reclamar.- Todos os padrinhos já chegaram, e você, o noivo, é o último a chegar.Gustavo, se sentindo injustiçado, respondeu:- Amadeu já estava na cidade, ele leva apenas vinte minutos de carro da empresa até aqui, como eu poderia chegar tão rápido vindo da Cidade A?Os dois continuaram discutindo.Amanda estava sentada tomando um café quando Amadeu foi até ela.- Café é muito ruim para o estômago.Amanda não deu atenção e continuou bebendo.Amadeu, não aguentando ver aquilo, pegou o café das mãos dela.- Amadeu, você não acha que está se metendo demais?Amadeu entregou o café para um funcionário do café e pediu:- Por favor, jogue isso no lixo.O funcionário ficou sem palavras.Amanda não disse nada.Amadeu olhou diretamente para ela e disse lentamente:- Tudo que diz respeito a você, eu vou me meter.Amanda se levantou e disse para Lívia:- Vou ao banheiro.- Eu também vou, Amanda.As dua
- Rita Costa, vinte e um anos, recém-graduada pela Universidade S da cidade, sem experiência amorosa, fisicamente saudável...O homem sentado à sua frente, depois de ler o perfil, fechou a pasta e perguntou com a testa franzida:- Você tem certeza de que quer ser barriga de aluguel?Rita Costa, torcendo as bordas do seu vestido com as mãos, com uma expressão de ansiedade no rosto jovem e delicado, respondeu:- Tenho certeza, preciso muito desse dinheiro.- Quanto você quer?Ela ficou um pouco atordoada, e murmurou com uma voz tímida:- U..um milhão.As rugas na testa do homem ficaram ainda mais profundas:- Durante os dez meses da gravidez, para manter a confidencialidade, você não deve sair daqui nem entrar em contato com ninguém. Consegue fazer isso?Com os nós dos dedos brancos de tanta força, Rita respirou fundo e disse trêmula:- Eu... eu posso concordar, mas tenho uma condição.- Diga.- Depois de assinar este acordo, assim que eu engravidar, você deve depositar um milhão na cont
- Rita?! Como você está aqui?De repente, a voz fria de uma mulher de meia idade ressoou. Ela virou a cabeça e viu sua madrasta, Beatriz Silva, entrando pela porta.O casal desprezível lá em cima ouviu o barulho e também olhou para baixo.Uma faísca de pânico brilhou nos olhos de Jean:- Rita, como... Como você voltou?Rita curvou os lábios, olhando friamente para Jean ao dizer:- Esta é a minha casa, por que não poderia voltar?Encostada no peito de Jean, os lábios vermelhos de Ana se curvaram com sarcasmo:- Sua casa? Esta mansão, agora não é mais chamada Costa.Rita franziu as sobrancelhas, perguntando:- O que você quer dizer?Vestindo uma mini saia e saltos altos, Ana desceu lentamente as escadas enquanto dizia:- Dez meses atrás, seu pai se jogou do prédio, deixando um monte de dívidas. Se não fosse por minha mãe, esta mansão teria sido hipotecada! Então, esta casa agora não tem o sobrenome Costa, mas Silva!Suicídio... Pulando do prédio? Isso é impossível!Rita agarrou a gola da
O motorista rapidamente saiu do carro e ajudou a mulher que desmaiara na frente do veículo. Foi só então que ele percebeu que ela estava segurando uma urna funerária.Que azar...O motorista tentou tirar a urna de suas mãos, sem sucesso. Seu olhar hesitante e trêmulo se voltou para o homem sentado ao lado:- Presidente Souza, isso...O homem olhou friamente para a urna que a mulher segurava no peito e disse com calma:- Vá dirigir.O motorista voltou ao volante apressadamente e deu partida no carro novamente.A chuva intensificava-se do lado de fora da janela. O céu estava cada vez mais escuro.O feixe de luz dentro do carro era fraco. Lucas Souza baixou os olhos para a mulher ao seu lado. Seus cabelos longos e pretos estavam molhados, grudados em seu rosto pálido. Havia uma longa cicatriz em seu braço alvo, sangue escorria lentamente. Era uma figura desolada e cativante.Parecia que ela não tinha feito isso de propósito.O asfalto estava escorregadio na noite chuvosa, e a névoa estava