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Que tipo de monstro é você?

Siena ainda não havia se recuperado o suficiente dos infortúnios passados, mas lá estava ela, se magoando outra vez.

O corpo debruçado na cama parecia mais um prelúdio de pesadelo, e tudo nela a ordenava para que fugisse. Ela deveria correr daquele lugar, e desistir da proposta absurda que aquela m*****a velha havia feito para ela, mas talvez fosse tarde demais.

As mãos se agarraram a vida tanto quanto ao lençol branco e macio abaixo dela. O rosto encostado de lado podia ver a silhueta se aproximar.

Ele nem mesmo tirou a roupa quando andou até ela, debruçada e vulnerável sobre a cama do casal. Não havia um único som emitido por aquele homem, o que serviu apenas para tornar tudo ainda mais assustador.

As mãos já estavam formigando de tão forte que ela apertava os punhos serrados, e os dentes pressionando uns aos outros não permitia que ela pudesse relaxar. A mandíbula já parecia dolorida quando ele finalmente se debruçou sobre ela.

Ainda sem um único som.

Mas a cama se abaixou levemente, quando o homem muito maior que ela se debruçou sobre um corpo já fragilizado. Siena teve medo de não conseguir aguentar a primeira noite.

Os olhos se arregalaram quando ele beijou levemente o pescoço, e então se afastou. Foi um único segundo de alívio, antes que ele encontrasse o caminho para a fenda intima da garota.

Ela seria violada naquele momento, e antecipou cada um dos golpes daquele homem, prevendo a dor.

Nada no mundo, no entanto, a preparou para o que ela sentiu. Definitivamente parecia maior do que ela esperava, e não houve formas para que ela pudesse impedir que o grito rompesse as barreias do quarto. Todos os comodos próximos poderiam ouvi-la gritar.

Mas aquele homem ainda continuava a agir como se ela não fosse nada. Ele nem mesmo parecia se divertir com toda a dor que causava nela, a golpeando cada vez mais forte e intenso.

As lágrimas não podiam mais ser contidas, e Siena não as impediu de molhar a cama, já maculada pelo sangue virginal da jovem mulher.

Ele riu por um segundo, antes de sair de dentro dela. Havia algo de errado com aquele monstro. Se ele pretendia castiga-la, por que não terminou o que havia começado dentro dela? Por que não prolongou as estocadas que dilacerava a pobre mulher por dentro?

- Levanta! – ele ordenou.

Mas Siena estava chocada demais para mover qualquer musculo do corpo. Ela continuava ali, parada como uma inútil. A dor de se sentir usada a machucava mais que a dor da carne. Ela havia se vendido, e não sabia se valeria a pena, por que naquele momento, tudo que Siena desejava era a morte. Foi a primeira vez que ela encarou a doença como uma dádiva.

Ela não queria continuar no mundo para sofrer daquela forma.

A dor na cabeça a surpreendeu quando ele a puxou pelo longo cabelo loiro, agora desgrenhado pelos movimentos bruscos que aquele homem havia causado no corpo franzino, ao golpeá-la por dentro como um animal raivoso.

- Por favor, não me machuca! – ela implorou.

- Sua cadela m*****a. – Ele esbravejou. – Você disse que dormiu comigo. Disse que estava grávida!

- Grávida? – Ela sentiu que foi enganada pela velha que havia feito a proposta para ela.

A verdade era que Siena não fazia idéia das circunstâncias do casamento. Na verdade, tudo que ela deveria fazer, seria substituir a mulher por um único dia. No dia em que assinou o contrato, em troca de míseros quinhentos mil dólares, não fazia ideia de que acabaria em uma tortura sem fim. Ela jamais teria aceitado entregar-se a ele daquela maneira. Ela jamais teria substituído uma mulher grávida. Mas agora era tarde demais. Em um único deslize na vida da pobre jovem, ela havia destruído tudo. Siena perdeu tudo que tinha em tão pouco tempo, que pensou se realmente valeria a pena tanto sacrifício para enfrentar sua dor de pé.

Ele ainda pressionava o chumaço de cabelo preso na mão esquerda fechada, obrigando a Siena Robins a arquear o pescoço até o limite da dor. A jovem o olhou nos olhos, e ainda havia orgulho apesar de tudo. O brilho no olhar parecia ofensivo, e ele desejou quebra-la ao meio por aquilo.

M*****a mulher que o atormentou até o limite, o cercando de ameaças, até que ele pudesse salvar a ela e sua mãe da miséria certa. E bastou uma noite de bebedeiras para que ele traísse sua noiva com a m*****a mulher que acabaria alegando a gravidez para o mundo.

Mas agora, Sebastian sabia que não era real. Nada naquela mulher era genuíno, nem mesmo a beleza que ela parecia ter dois dias atrás, quando se viram pela última vez. Por que a jovem que ele observava naquele momento ainda era linda como um anjo, mas demasiadamente pálida e magra. Magra demais para ele.

- Você me obrigou a casar com você dizendo que estava esperando um filho meu, Pax. Se não fosse pela criança, eu juro que teria te deixado a míngua, trabalhando em uma das minhas minas.

- Eu não posso trabalhar em um lugar como esses. – Ela estava sendo sincera, embora parecesse esnobe. A verdade é que um lugar como aquele poderia facilmente mata-la, mas o Sr. Black jamais saberia disso.

Ele sorriu, irônico, mais uma vez. O ódio ainda o dominava completamente, e ele não hesitou em apertar os seios da jovem, fazendo com que ela sentisse dores que jamais imaginou na vida.

- Você queria se casar comigo, pequena? Então vamos ver o que você vai achar disso pela manha.

Ele tinha a voz mais feia e autoritária que Siena já tinha escutado em toda a sua vida, e não podia entender de que forma o pai da Pax o fez sofrer tanto para que se tornasse o monstro que demonstrava ser.

Mas ele não deixou que ela continuasse o seu pensamento. Logo Siena sentiu a madeira quente da mesa ser encostada em sua barriga. O cabelo ainda estava preso como uma rédea, e ela era o cavalo prestes a ser montado.

- Por favor, não...

- Por favor, não o que?

- Por favor, não senhor. – Ela se corrigiu. Siena seria capaz de se ajoelhar e beijar os pés daquele homem se o impedisse de fazer o que estava prestes a acontecer mais uma vez.

- Você não me diz não, pequena. Hoje eu vou te ensinar a ser a minha vadia!

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