Os olhos da Siena Robins escorregaram para as mãos do Bruce Jacobs. A mãe da Siena Robins apareceu logo atrás dele, entregando o objeto maldito. Aquele item enferrujado a tiraria do mundo para sempre. Os olhos da Siena estavam encharcados de lágrimas, mas para a tristeza das pessoas ao redor, Siena esboçou preocupação apenas com sua barriga, colocando as mãos para proteger o bebê. – Por favor, atira na cabeça! Não mata o bebê! Bruce Jacobs hesitou. Que tipo de pedido estranho aquela mulher foi capaz de fazer? Que mulher desejaria ser desfigurada antes do velório? – O que? Ficou maluca? – Bruce quase gritou, coçando a cabeça. – Como eu vou estragar esse rosto lindo. A mulher atrás do Bruce Jacobs ainda sustentava as mãos daquele homem no ar, fazendo com que a arma estivesse apontada apenas para Siena. – Vai. Mata ela. Tanto trabalho para criar essa ingrata. Siena Robins sentiu a lágrima quente rolando em seu rosto. Os olhos dela encontraram o fundo da alma daquela mulher, apenas
Siena Robins tinha os olhos arregalados. Um som estrondoso surgiu no ambiente, criando um eco terrível no ambiente. O cérebro dela demorou alguns segundos para processar o que aconteceu. Antes que Siena Robins pudesse tocar sua barriga novamente, sentiu que estava bem. Por que sua dor não aconteceu? Por que seu bebê não chutava em desespero, pedindo para sair, pelo seu suspiro? Siena olhou para baixo, e encontrou aqueles olhos tão lindos, tão profundos, tão familiares. Sua dor aumentou. Siena Robins viu a cena que jamais imaginou em sua vida. Sebastian Black estava de joelhos, abraçado a barriga, protegendo deu bebê. Os lábios dele tremiam, mas Sebastian parecia tão feliz naquele momento. Nenhuma dor no mundo jamais voltaria a atingi-lo outra vez. Nada mais seria capaz de atingi-lo. Talvez tudo que tenha passado, serviu para que ele reagisse daquela forma, naquele momento. Talvez eu propósito de tantos sofrimentos fosse entender que sua vida não era tão importante. Talvez ele não te
Siena Robins estava desesperada. Todas as dores que sentiu antes. Ah, nada se comparava com aquilo. Seu rosto estava distorcido para um misto de dor e alegria. O bebê finalmente estava vindo. Seu milagre... Milagre? Por que milagre? Siena Robins se lembrou de que não poderia ter filhos, nunca! Jamais! Não depois de sua doença... Não depois de tantos tratamentos. Sua garganta doeu quando ela se lembrou. Uma lágrima escorreu, mas suas mãos deslizaram na barriga, e ela ficou tão feliz. – Meu anjo... Meu anjinho... – Siena Robins sussurrou. Os olhos felizes tão sinceros percorrendo a protuberância da própria barriga. Não importava se aquilo nunca voltasse a ser como antes. Pouco importava se deixasse marcas. Siena queria apenas aquela criança em seus braços. – Eu vou fazer tudo por você! – Uma promessa. A porta abriu. Aquele médico odioso entrou. Estava realmente apressado. Sua maleta colocada ao lado da cama. Rapidamente passou a examinar a barriga da Siena Robins, com todos os espas
Siena mal podia ouvir os próprios sons de dor, na verdade, mal parecia senti-los. Fazendo força, sentindo seu corpo enfraquecendo cada vez mais, seu sangue que deixava seu corpo, Siena Robins mantinha os olhos fixados aos do Sebastian Black. Aquele homem, olhando para sua barriga, não para ela, parecia o mais preocupado das criaturas, mas também, o homem mais seguro e forte que ela já podia ter visto em sua vida. Mas as lembranças, aquelas lembranças ruins estavam ali, atormentando a cada segundo. Sua situação parecia não estar completamente perfeita. A forma como Siena escutava era como ouvir sons, por baixo da água. Em câmera lenta, Siena olhou para os rostos tão atarefados, e então voltou para o Sebastian Black. “empurra. Vamos, faça força!” a tirou dos pensamentos. Siena olhou para a mãe novamente, e ela parecia tão segura de tudo que fazia. Suas memórias começavam a voltar aos poucos. A forma como ela chorou nos braços da Dáda, o seu desespero pelo desprezo do marido, a forma co
A quase três meses, Siena sequer tinha para onde ir, e agora entrava em uma mansão adornada do mais puro luxo. Nada naquele lugar parecia familiar, embora ela tentasse fingir que o conhecia perfeitamente. Os nomes das pessoas que surgiam no ambiente foram ditos com educação, mas ela nem sequer os conhecia de verdade. Ela nem mesmo sabia quem seria seu marido, ou como ele tratava sua esposa verdadeira. Esperava apenas que ele se mantivesse desinteressado o bastante para que ela não fosse obrigada a se deitar com ele toda noite. Mas as mulheres frenéticas ainda insistiam em arruma-la como uma princesa em sua primeira noite de núpcias, e naquele momento, Siena sentiu o coração acelerar ainda mais. Como entregar-se para um homem que sequer viu? Tanto tempo guardando-se para a pessoa certa e agora entregaria seu maior tesouro a um completo desconhecido. A sensação de estar naquela situação a deixava tensa e magoada. Ela ainda não havia superado a primeira traição do noivo com sua mãe, e
Siena ainda não havia se recuperado o suficiente dos infortúnios passados, mas lá estava ela, se magoando outra vez. O corpo debruçado na cama parecia mais um prelúdio de pesadelo, e tudo nela a ordenava para que fugisse. Ela deveria correr daquele lugar, e desistir da proposta absurda que aquela m*****a velha havia feito para ela, mas talvez fosse tarde demais. As mãos se agarraram a vida tanto quanto ao lençol branco e macio abaixo dela. O rosto encostado de lado podia ver a silhueta se aproximar. Ele nem mesmo tirou a roupa quando andou até ela, debruçada e vulnerável sobre a cama do casal. Não havia um único som emitido por aquele homem, o que serviu apenas para tornar tudo ainda mais assustador. As mãos já estavam formigando de tão forte que ela apertava os punhos serrados, e os dentes pressionando uns aos outros não permitia que ela pudesse relaxar. A mandíbula já parecia dolorida quando ele finalmente se debruçou sobre ela. Ainda sem um único som. Mas a cama se abaixou lev
Siena ainda podia escutar os sons da madeira batendo vigorosamente contra a parede. Era como um assombro da noite anterior, que sempre voltava a atormentar os sonhos de uma noite que ela quase não dormiu. Ainda debruçada sobre a poça de sangue seco da cama, que fora jogada brutalmente em meio a madrugada longa, siena embarcou em um sono profundo. Ela ainda conseguiu ouvir o momento em que o monstro ordenou que ela se limpasse e saísse do quarto, mas estava incapaz de mexer as pernas. O som da porta se arrastando no tapete luxuoso a alertou. Ela rapidamente ergueu o corpo, temendo que tudo se iniciasse mais uma vez. Os olhos dela caíram de vergonha quando a empregada a observou. Os olhos frios nem mesmo pareciam surpresos pela visão desastrosa da garota de olhos azuis meigos, mas havia uma certa pena na forma como a senhora olhava para ela. – É melhor você comer um pouco. – A senhora foi ríspida. Siena não conseguia entender o porque, embora tentasse imaginar todas as teorias poss
Siena forçou a abertura da porta, mas estava trancada. Ainda assim, ela não podia desistir. A mulher não ficaria parada, esperando que aquele homem a usasse como um animal no cio mais uma vez. Então, os olhos aflitos focaram na única janela aberta para o lado de fora da mansão. Não havia qualquer roupa capaz de esconder a sua nudez, mas ela buscou pela camisa do homem que a odiava, e repudiou o cheiro. Em qualquer circunstância, a jovem preferiria a morte a ter o perfume daquele homem exalando tão próximo ao corpo dela mais uma vez, mas naquele instante, ela aceitaria qualquer coisa se pudesse impedi-la de sentir o toque das mãos ásperas. O coração dela já antecipava que a queda doeria mais do que ela esperava, mas não seria tão terrível quanto as estocadas que aquele monstro daria nela, se a encontrasse tentando escapar. Então, ela olhou aflita para baixo, esperando que se aquilo a machucasse, que ao menos ele a deixasse em paz por algum tempo. Siena fechou os olhos e pulou. Ela e