Olá! Capítulo pequeno porque, mais uma vez, preferi dividir para não ficar muito longo. Até mais.
❧ No dia seguinte, acordamos por volta das nove horas, tomamos café no hotel mesmo e depois seguimos para outra cidade chamada Ilha Bela. Nas minhas pesquisas vi o quanto lá é maravilhoso, as praias são divinas e, junto com Oliver, decidi ficar por lá nos últimos dias da semana. Levamos algumas horas de carro para chegar, depois precisamos pegar uma balsa para conseguir chegar até a ilha, era o único meio de chegarmos lá, a não ser pelos ares, mas como dessa vez Oliver não tinha vindo de jatinho, nós fomos da forma tradicional. E nem foi demorado, foi até gostoso navegar sentindo o vento no rosto enquanto tinha o meu corpo envolto pelos braços de Oliver. Aquilo me fez lembrar do dia em que eu pilotei seu barco pela primeira vez e não pude deixar de sorrir. O nosso dia foi incrível, o piquenique, a conversa, tudo, naquele dia, foi perfeito, então eu adorei relembrar cada minuto que passamos juntos. Quando chegamos na cidade, não demoramos muito para achar o resort que escolhemos par
❧ Após quatro meses, Oliver e eu preenchemos o capítulo quatro do nosso livro. O casamento aconteceu na casa de campo dele, pessoas queridas estavam conosco para celebrar o dia mais importante de nossas vidas. O quadrado destinado às alianças foi preenchido naquela página, o quadrado da foto do nosso casamento também. Nela Oliver e eu estávamos abraçados, por trás de nós, estavam todos os nossos convidados queridos, não queríamos deixá-los de fora, afinal eles fizeram parte da nossa história de amor. No espaço destinado a Oliver, ele escreveu: “Foi o dia mais feliz da minha vida. Não consigo colocar em palavras a emoção que senti ao te ver passando por aquele tapete ao lado do seu pai vindo em minha direção, Jane. Meu peito estava transbordando de gratidão e amor. O nervosismo que senti antes de tudo, se foi assim que coloquei os olhos em você. Seu olhar e seu sorriso lindo me prenderam acalmando todas as tempestades da minha alma, como sempre fizeram. Naquele instante, eu te amei
❧Sendo quem sou, nunca imaginei que um dia fosse estar com um homem tão importante.Eu venho de uma família simples. Meu pai é eletricista e trabalha em uma empresa privada, minha mãe — devido aos problemas de saúde — parou de trabalhar e agora cuida da casa. Eles sempre trabalharam bastante para que eu conseguisse estudar e alcançasse tudo que eles não puderam alcançar. Por isso, hoje eu os ajudo como posso, tento retribuir todo o esforço dedicado a mim de alguma forma.Eles sempre batalharam para pagar meus estudos e foi assim que consegui me formar na faculdade. Um tempo depois que comecei a estudar arrumei um emprego de meio período para assim conseguir pagar algumas despesas da universidade e diminuir os custos dos meus pais.Quando me formei levei um tempo para conseguir um bom emprego, mas nunca deixei de batalhar e correr atrás para que isso acontecesse. E quando aconteceu, dei o melhor. Algum tempo depois consegui comprar um pequeno apartamento que fica mais próximo ao meu a
❧ Eu saí da sala do meu chefe totalmente desorientada. Tudo que sucedeu sua fala ao me revelar sua "pequena exigência", aconteceu no modo automático. Eu fiquei tão surpresa com sua proposta que não soube o que dizer, apenas concordei com o que ele sugeriu e saí da sala ainda atônita. Eu tive que concordar, não dava para negar aquilo, não depois de todos os elogios que ele me fez. Agora eu tinha que me esforçar para realizar aquela missão impossível. Era apavorante imaginar que o meu futuro cargo estava nas mãos de um escritor com espírito de grandeza. Certo que ele é, realmente, muito bom no que faz, mas isso não justifica o modo como ele trata as pessoas. Nenhuma posição social ou conta bancária deveria definir o caráter de alguém. Sei que eu não deveria estar julgando sem antes conhecê-lo, mas não dá pra evitar pensar nessas coisas quando os boatos são os mesmos em todas as editoras com as quais ele já trabalhou. Espero, de verdade, que todos estejam errados e que Oliver Evans
❧ Minhas mãos estavam suando demais, minha perna balançava involuntariamente e meus dentes mordiam a pele fina da minha boca perto do lábio inferior, evidenciando o meu nervosismo e a minha ansiedade que estavam nas alturas. Tudo isso porque eu estava na recepção do escritório do Oliver Evans há exatos 30 minutos, 15 segundos e contando. Cheguei no horário certo, mas, segundo a secretária dele, ele estava em reunião e precisou estender um pouco mais que o esperado. Eu levantei e fui até o bebedouro, para tomar um pouco de água e acalmar os meus nervos. Assim que voltei ao meu lugar vi dois homens muito bem vestidos com ternos elegantes e aparentemente caros saindo da sala do escritor. Se aqueles forem meus concorrentes eu estou ferrada. Não que eu esteja mal vestida, mas não estou como aqueles homens, estou com uma calça de alfaiataria azul escuro, uma blusa branca social e sapatos com saltos pequenos. Espero que o Sr. Evans não se importe por eu não estar com uma roupa na altura da
❧ Na manhã seguinte, no horário marcado, eu cheguei ao endereço indicado pelo Oliver. Claro que eu pesquisei sobre o local na internet antes de ir até lá. Vai que minhas amigas estavam certas e fosse um lugar estranho onde eu seria morta? Aquelas duas encheram tanto a minha cabeça com histórias que fiquei paranoica. Mas, ao contrário do que pensei, era um café bastante aconchegante, a decoração era encantadora. Tinha livros espalhados por todo lado, as mesas eram bonitas e redondas com cadeiras confortáveis e tinha sofás. Tinha também uma parte reservada para leitura onde várias estantes de livros enfeitavam o ambiente. Era um lugar calmo e agradável. Assim que cheguei dei uma olhada pelo local procurando pelo escritor, mas não o vi no salão principal, então resolvi perguntar na recepção. A moça verificou meu nome, depois disse que o escritor me esperava na varanda. — Varanda? — Questionei por não ter ideia de onde ficava. — É só subir as escadas à direita — apontou para o lance d
❧ Quando o Sr. Evans saiu do café, eu voltei a me sentar e fiquei mais alguns minutos ali apenas observando a movimentação para tentar descobrir o que pode ter inspirado ele. Vi os garçons servindo as mesas, outros as limpando, pessoas comendo, outras tomando café, gente sentada lendo, outras olhando livros em prateleiras e algumas apenas conversando entre si. Na rua a movimentação estava menor, o trânsito estava mais tranquilo e nada fora do normal aconteceu, nada que pudesse inspirar um livro, ao menos para mim. Eu estou ferrada para descobrir o que Oliver Evans quer. Voltei para a editora frustrada e estressada sem saber o que dizer para ele quando me perguntasse sobre a bendita essência do seu livro. Infelizmente minha bola de cristal está com defeito e eu não consegui adivinhar o que ele quer, ainda não aprendi a ler mentes. — E aí, como foi? — É a primeira coisa que a Tasha me pergunta quando nos encontrarmos para almoçar mais tarde naquele mesmo dia. — Precisou usar o spra
❧ Eu saí da casa do escritor Evans aborrecida. Eu sei que não somos íntimos e estamos muito longe disso, mas custava ele ser mais educado? Eu o ajudei como pude, limpei seu machucado, me importei com ele e tudo que recebi foram palavras duras. Que homem ranzinza do cacete. — Que cara é essa, Jane? — Tasha me perguntou ao me ver chegando na editora com um bico gigante. — Acabei de chegar da casa do Sr. Evans — falei me sentando de uma vez em minha cadeira. — Aquele homem me dá nos nervos — resmunguei totalmente exausta. — O que foi dessa vez? Mandou adivinhar o que ele estava pensando? — Ironizou. — Nem tivemos uma reunião — contei alterada. — Ele estava bêbado e se não fosse por um incidente eu nem teria falado com ele. — Explica isso direito — Yara apareceu, não sei de onde, já fazendo perguntas. — De onde você saiu? — Juntei as sobrancelhas. — Dos seus sonhos, gracinha — ironizou tocando em meu queixo. — Sai — afastei o rosto do seu toque. — Não vou levar isso como ofensa