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Por Aaron D'Angelo

Nunca antes uma viagem a negócios pareceu tão complicada. Ter de usar os métodos que eu precisava não era a coisa mais legal do mundo, mas acreditava que minha secretária não dificultaria.

Isso até que eu perguntei e lhe disse minhas artimanhas para conseguir a compra do terreno de Amélia Moore. 

Houve relutância, uma viagem de carro difícil e nunca imaginei que chegaria até a senhora com minha "esposa" carregando-a em meus braços.

Nos últimos meses a Srta. Allen andava estranha, os estilos que ela vestia antes e as roupas dos últimos meses tinham discrepâncias assustadoras, porém, que não poderiam servir de prova contra a pessoa dela.

Agora cá estou eu, com o corpo de Marina Allen desacordado à minha frente. 

— Como pode estar tão doente? Me negou tantas da vezes em quê perguntei, só para acabar desacordada em meus braços... — Dizia para mim mesmo baixinho, estava frustrado.

— O quê foi? — A Sra. Moore adentrava o quarto com uma bacia d'água.

— Não é nada, só estava pensando no quanto ela consegue ser cabeça dura e me esconder seu estado... — Digo parte da verdade.

— Acontece, talvez ela não quisesse te preocupar. Meu falecido marido agia da mesma forma. 

— Obrigado. — Disse pegando a bacia d'água e colocando sobre a mesa de cabeceira.

— Tem que tirar esse casaco dela, ou não vai abaixar a febre. — A senhora insistia.

A poucos minutos antes de apagar Marina se recusou a tirar, talvez estivesse sentindo frio, mas nas últimas semanas a quantidade de vezes em que ela vestia casacos era enorme.

Era uma época fria, no entanto a maioria dos dias se podiam considerar frescos e não havia a necessidade de roupas tão quentes.

— Vamos rapaz, o quê está esperando? Sua esposa vai assar se continuar com essa temperatura. 

Não tinha jeito, tinha de tirar seu casaco.

Levantei-a, Marina não tinha firmeza e tombou para o lado caindo com a cabeça em meu ombro.

— Não, meu bebê não... — Pude ouvi-la dizer. 

A frase havia me surpreendido, mas retirar seu poncho e ver o volume do ventre de Marina, havia acabado com qualquer chance de eu processar o quê significava aquilo tudo.

— Ou não sabia que o assunto de criar as crianças aqui já estava acontecendo. — A senhora disse sorridente para Marina que dormia mais relaxada sem o casaco.

Eu precisava estar calmo, mas não conseguia, não sabia como processar a o que acabei descobrindo.

Ou pelo menos, não sem surtar um pouco.

— Vou fazer um chá para ela, enquanto isso porquê não a coloca na banheira?

Eu até poderia responder " porque não temos essa intimidade", mas levando em conta que um bebê havia entrado no visual de família que a Sra. Moore havia criado sobre nós, eu não tinha escapatória.

Tirei-a da cama, esperei que a banheira acumulasse água o suficiente para banhá-la por completo. 

Tirei suas peças de roupas maiores, deixando-a apenas de roupa interior. Não tinha coragem de olhá-la, então fiz tudo encarando o teto, mas em todos os momentos podia sentir o pequeno volume do ventre dela entre nós.

— Por favor, acorde Srta. Allen, isso vai ficar pior se não abrir os olhos.

Não era o tipo de homem que implorava, mas com Marina, para tudo há uma primeira vez.

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