Um nome para ele.
Por Marina Allen.
Após a alta, em frente a porta de meu apartamento.
Ele me olha, mas não diz uma palavra. Não sei se simplesmente o deixo ir ou peço que entre e finjo ser educada.
No geral era só com ele, ficar indecisa, ansiosa ou qualquer coisa do tipo. Por quê Aaron D'Angelo tinha esse tipo de efeito em mim? — me perguntava.
— Quer ... — Parei por um momento. — Entrar?
— Ann?
— Entre por favor. — Disse empurrando os nervos para o lado.
Entramos em meu apartamento, que se encontrava do mesmo modo em quê o havia deixado.
Na cômoda do quarto, os sapatinhos azuis que vimos na viagem, chamaram a atenção dele.
— Você os comprou? Quando?
— Pouco antes de voltarmos. — Falei sentando-me ao pé da cama, pois era o mais longe dele que meu minúsculo lugar podia oferecer.
Por Marina Allen.Podem pular cinco meses e cá estamos nós na sala de parto.Dar a luz a Matteo não foi nada lindo como os comerciais dos dias das mães pintam, mas segurá-lo em meus braços estava sendo uma experiência transcendental.Seu rostinho, suas pequenas mãozinhas, cada coisa nele me fazia babar. Era uma pena que o pai não estivesse naquele momento conosco.Parece que as emoções foram demais para Aaron que acabou desmaiando assim que viu a cabeça do bebê sair.Confesso, em meio aos meus gritos de dor e a força que fazia para dar a luz ao pequeno, acabei rindo do quão engraçado foi vê-lo sair da sala de parto carregado pelas enfermeiras.— Matteo, você é o presente mais surpreendentemente da vida da mamãe e do papai. — Dizia ao pequeno, agora o amamentando.A porta do quarto se abriu e mais hilário que antes foi ver meu futuro esposo
Por Aaron D'Angelo.Pulando um pouco mais no tempo.É um dia especial tanto quanto foi o nascimento de Matteo, ou Téo como mais o chamamos. O dia tão aguardado. Nosso casamento.E no meio tempo que passamos até aqui pode interessar a vocês e por isso contarei alguns dos momentos que passam agora por minha cabeça enquanto Mari vem até mim no altar.Alguns dos momentos que passam por meus olhos agora são os dos primeiros dias dela em minha casa. Lembro das brigas que arranjamos, pois ela tratava todos os empregados de forma íntima e casual, enquanto eu, bem... já devem imaginar.No entanto, cada tentativa e desafio dela sobre minha personalidade, fez com que hoje, em nosso casamento às pessoas que estão sentadas nos assistindo nos importasse, e além disso, são queridas em nossas vidas.Lembro então dos últimos meses da gestação, o quão f
Por Marina Allen.Quase um ano mais tarde...Nossas vidas são as mais sossegadas e simples.Sempre pensei que seria impossível nos ajustarmos ao padrão de vida comum, mas é sim possível quando nos esforçamos em família.E claro que nada muda o fato de meus filhos — por quê digamos que a lua de mel rendeu bom fruto — serem os herdeiros mais fofos de todo o país e com contas bancárias pré montadas para cada um.Às vezes discutimos sobre os exageros que Aaron os expõe, mas no fim só serve para ter a certeza de que ele os ama, ama seus filhos com todo o coração e isso me derrete.Hoje Matteo está fazendo um ano e Rebecca completou um mês a poucos dias, o dia estava lindo lá fora e decidimos fazer um piquenique com as crianças no jardim.A pequena adorava o colo do pai, assim que a entreguei para ele e em troca recebi um
Fraqueza.Por Marina Allen.Normalmente se espera que a certa idade saibamos o quanto está ruim o suficiente para abandonarmos o barco, mas e quando nos damos conta disso depois de naufragados?O que nos resta são dois caminhos, pedir ajuda ou nadar sozinho até a costa.A escolha da maioria sempre será pedir ajuda, porém se adicionarmos o medo e a frustração a essa equação, escolhemos nadar à costa sozinhos.Eu sou Marina Allen, secretária pessoal de um dos mais cobiçados homem de negócios, Aaron D'Angelo.Meu chefe, como de se esperar, é o pior que um classe alta pode ser. Com sua beleza e inteligência de berço, ele espera que todos os demais se comportem sem falhas e com ele não há segundas chances.Nunca imaginei que acabaria presa a ele por tanto tempo, pois tão logo entrei na empresa, cometi tantos erros de uma vez só no primeiro dia, que mal pude
Por Marina Allen.Em casa, às três da madrugada. Quatro semanas depois.As coisas parecem estar tranquilas, e de repente meu sono é perturbado. Me movo na cama e tento me aconchegar na almofada que para nada me ajuda com a barriga incômoda.— Esse menino não deixa as coisas fáceis. — Digo afagando o ventre assim que o sinto se mover.Abro a geladeira e penso que o bolo de cenoura com calda de chocolate cairá bem. Sento-me à mesa, e não demora nem cinco minutos para quê eu o devore todo.— Céus, não é suficiente. — Olho horrorizada para o prato vazio à minha frente.Nunca fui de ter muito apetite e em parte culpa de minha mãe, que me traumatizou com sua falta de atenção à comida.Lembro-me de muitos perus de natal em cinzas, sopas secas e feijão queimado. Pelo menos o arroz parecia ser mais fácil para ela, mas isso não a impedia de trocar o sal pelo açú
Por Marina Allen.As cinco e vinte da mesma madrugada. No corredor de meu condomínio com meu chefe.— Você quer o quê? — Pouco me importou as formalidades.Se ele estivesse brincando, me usando ou qualquer coisa do tipo, não sairia barato, mas meu chefe nunca foi do tipo que brinca.Talvez naquele momento, saber que ele não brincava era o que mais me assustava.— Preciso que finjamos um relacionamento até que a Sra. Moore feche a venda da casa. — E esse pedido me fez engasgar.Ele já tinha um plano, ele até mesmo já havia dito à ela sobre "nós", um nós imaginário.— Sr. D'Angelo, não está indo longe demais?Ele deu dois passos à frente, encurtando a distância entre nós.— Como minha secretária, você mais do que ninguém deveria saber que aquela propriedade é a única coisa nos impedindo de colocar a construção do Resort Au
Por Aaron D'AngeloNunca antes uma viagem a negócios pareceu tão complicada. Ter de usar os métodos que eu precisava não era a coisa mais legal do mundo, mas acreditava que minha secretária não dificultaria.Isso até que eu perguntei e lhe disse minhas artimanhas para conseguir a compra do terreno de Amélia Moore.Houve relutância, uma viagem de carro difícil e nunca imaginei que chegaria até a senhora com minha "esposa" carregando-a em meus braços.Nos últimos meses a Srta. Allen andava estranha, os estilos que ela vestia antes e as roupas dos últimos meses tinham discrepâncias assustadoras, porém, que não poderiam servir de prova contra a pessoa dela.Agora cá estou eu, com o corpo de Marina Allen desacordado à minha frente.— Como pode estar tão doente? Me negou tantas da vezes em quê perguntei, só para acabar desacordada em meus braços... — Dizia para mim mesmo baixinho, estava
Por Aaron D'AngeloJá passavam das oito da noite. A temperatura de minha secretária havia baixado consideravelmente e a Sra. Moore fazia questão de estar sempre pendente dela.Olhei para a janela com a visão da lua lá fora, o clima no ar estava fresco e minha mente nebulosa.Os pensamentos um atrás outro me atormentando um pouco mais a cada minuto.O quê ela tem haver comigo? Ela é livre em seu tempo fora do trabalho.Mas quanto tempo ainda temos?Me interrogava sem sossego.Marina parecia ter apenas alguns meses antes de dar à luz.Como acharei outra secretária? Não quero dores de cabeça de novo, odeio treiná-las.Tínhamos uma viagem importante no fim de semana, a empresa estava na fase final de um projeto que viajamos para assinar a mais ou menos cinco meses.— Céus, aquele cliente me fez perder a cabeça... — Di