Que correria hoje, chego em casa as dezoito hora tenho que viajar as cinco para as dez para o Rio.
Passo um torpedo pro pessoal pra ver quem já está pronto, local de encontro e outros detalhes.
Tomo um banho coloco uma blusa leve porque São Paulo é terra da garoa.
O celular toca é o Eduardo.
— Fala Edu.
— Oi cara no Rio está frio igual aqui? Levo uma blusa?
— Boa pergunta, não faço idéia, vou levar camisetas e bermuda além da blusa vai que de praia.
— Você tem noticia das meninas? elas já estão prontas? Não pode atrasar!
—¨I meu¨ , não faço idéia , elas nunca atrasam é o preço da beleza. Risos.
Desligo o telefone, vou até a cozinha tomar um café.
Sento por alguns segundos e penso olha aonde a dança esta me levando, uma profissão tão descriminada em nosso país, onde homem não pode dançar.
Lembro de ver musicais antigos com meu pai e hoje vou sair pra uma especialização de dança, ritmo de paises americanos, salsa e bolero (de Cuba) mambo (USA) merengue (Republica Dominicana) tango (Argentina) e Brasil com o samba gafieira.
As vezes lembro que nem eu, acreditava que a dança daria certo, toda dificuldade para conciliar, trabalho escola e dança, mas enfim to aqui realizando um sonho, olho pro relógio já são dezenove e vinte e dois corro ligo pro táxi, pego a mochila e vou para o portão.
O táxi chega e eu embarco rumo ao aeroporto de Cumbica.
Chego no aeroporto as meninas (Danny , Michele, Lara, Gislaine, Viviane e Tatiane) já estavam todas lindas, aguardando a chegada dos rapazes ainda faltava o Igor e Leonardo.
Cumprimento a todos os meninos (Eros, Ricardo, Rafael e Eduardo) e depois vou até a rodinha das meninas que falavam algo e quando me viram pararam..
— Boa noite, quanta princesas juntas.
— Boa noite Cláudio, veio em coro
— Quanta beleza junta meu Deus, essa é a companhia das divas, só pode. risos, Michele responde:
— Você também esta legalzinho. risos, Danny diz:
— “Vixe” legalzinho não é bom, risos
Volto pra roda masculina onde o assunto quem gosta mais de que.
Rafael diz:
— Eu gosto de mambo, e automaticamente a galera começa a cantar mambo Number 5 de Lou Bega e o riso foi geral.
Nesse momento a Lara grita:
— Olha lá os dois, ao longe vem Igor e Leonardo, passam por nós acenando e correndo pra fazer o check in.
Minutos depois voltam cumprimentam todos, e naquela momento a gente ouvi vindo do auto falante (passageiro da ponte aérea São Paulo /Rio de Janeiro vôo de vinte e uma e cinquenta e cinco compareçam a plataforma de embarque) encaminhamos todos a passos largo ao local citado
Chegamos no rio já era quase vinte e três horas, em frente ao aeroporto estava um senhor com placa feita em uma cartolina branca escrito com canetão azul, CIA SURRENDER, Eros como sempre, já tinha pensado em tudo, pra não perdemos tempo com translado ele alugara um micro-ônibus, Seu Gilberto um típico carioca flamenguista e manguerense, morador antigo do morro mangueira.
— Boa noite, sou Gilberto Ferreira , vou levar vocês ao seu hotel, por favor todos embarque .
— Boa noite, todos respondemos.
Seu Gilberto vai nos contando histórias do rio de janeiro e suas grandes celebridades na historia, quando a capital era no rio, história do Cristo Redentor , quando veio para o rio , como chegou e etc...
Nisso seu Gilberto fala da região que vamos ficar e nos passa um fôlder com alguns pontos turísticos, bares, restaurantes e boates da cidade maravilhosa
Forte de Copacabana, fora inaugurado em mil novecentos e quatorze e ele nos conta da revolta dos dezoito que aconteceu ali.
Nisso Michele diz:
— E o pão de açúcar ? já esta com fome Michele ? respondo
— Também (risos) mas eu to falando do morro aonde tem o bondinho.
Deixe seu Geraldo falar pede a Danny.
O bondinho do pão de açúcar foi inaugurado sua primeira parte em mil novecentos e vinte e dois, e hoje ele a praia vermelha ao morro da Urca ao pão de açúcar e transporta em média duas mil e quinhentas pessoas por dia.
E nesse pique a viagem seguiu, ele também falou da pedra bonita .A Pedra Bonita é uma das montanhas mais altas do Rio de Janeiro, faz parte do Parque da Floresta da Tijuca e de lá saltam os pilotos de Asa Delta a e pedra da Gávea que é um pouco mais longe do hotel mas tem história fascinantes. Inscrições na montanha datada de oitocentos anos a.c e tumulo de um rei fenício chamado Badhezir, os fenícios,povo que viviam no Norte da Palestina, entre o Mar Mediterrâneo e o território que hoje corresponde ao Líbano, Síria e Israel, conhecido como povo do mar.
Chegamos no hotel Garota de Ipanema nos despedimos do seu Geraldo e entramos no hotel.
A companhia ia ficar quase todos ali divididos em pares por quarto, menos o Eros que não conseguiu quarto pra ele, porem iria ficar a um pouco mais de dez minutos de nós.
Ela chama o táxi pra ele, já agradece seu Gilberto e combina o horário pro dia seguinte, como estávamos todos cansados, nos despedimos deles e fomos todos pra recepção. Mara, uma morena alta, nos atende , entrega todas chaves para Michele que distribui para duplas.
No quinto andar fica as meninas quinhentos e dez Danny e Iara quinhentos e doze Michele e Viviane quinhentos e quatorze Tati e Gislaine.
Os homens vão pra sétimo andar setecentos e dez Ricardo e Rafa setecentos e doze Igor e Leonardo e setecentos e quatorze Eduardo e eu.
Saímos da recepção cada um para o seu quarto.
Em meio aquele som das ondas, quero - quero e o vento que assoviava uma canção de ninar nas folhas das árvores.
Levanto olha as horas, são seis e quarenta de sábado .
Vou até o banheiro tomo um banho rápido Edu já está de pé conversando com alguém pelo interfone, olho pra ele pergunto.
— Quem é?
— É o pessoal pediu pra esperar no restaurante
— Bora porque estou com fome.
— Espera aí diz Edu deixe eu tomar uma chuverada, é coisa rápida
Enquanto ele se arruma eu ligo a TV, mas nem olho direito pra ela, pois a luz do sol me chama a atenção, abro a cortina e fico maravilhado com a paisagem, um mar lindo, com o céu azul sem nuvens, admiro bem e agradeço ao pintor que fez tal obra.
Edu aparece e fala:
— Que foi? Que cara é essa? ficou louco? Risos
— "Meu" olha que lindo esse lugar. Ele vem até a janela olha e fala:
— Deus faz cada obra.
Nisso toca o interfone e eu atendo.
— Fala aí., Do outro lado vem uma voz linda e doce e sonolenta da Michele
— Cláudio que horas chega o micro-ônibus.
— Marcamos as sete e quarenta pois lá começa às oito e meia
— Hoje é o que mesmo, pergunta com dúvida .
— Hoje é mais corrido pois são três ritmos mambo,salsa e merengue e amanhã samba gafieira e tango.
— Está bem então já estamos descendo diz ela
— Nós também, respondo.
Chegamos no restaurante a mesa do café já estava posta, frutas , sucos , iogurte e o meu precioso, café, nada melhor pra despertar pra um novo dia.
Olho pra entrada do restaurante as meninas chegaram, vieram na direção da mesa que estamos
Nós nos cumprimentamos como um bom paulista, com três beijinhos nas meninas e bom aperto de mão nos meninos, em meio cafés , pães e biscoitos Igor olha pela janela e diz:
— Seu Gilberto nós espera, vamos?
A turma toda concorda fazendo sinal com a cabeça.
Chegamos lá fora o dia estava mais lindo do que eu vi pelo vão dá janela do quarto.
Seu Gilberto nós vê, abre um largo sorriso e diz:
— Bom dia gente.
— Bom dia, que animação, assim que eu gosto diz Gislaine,
Eu vou na frente diz o Igor, eu respondo:
— Eu vou no fundão. Eu também diz. Michele , Edu e Leonardo, Gislaine diz:
— O quinta série D. e todos riem
A Michele avisa pro seu Gilberto, que temos que fazer uma parada antes pra pegar Eros, seu Gilberto concorda fazendo um sinal com a cabeça, nos acomodamos no micro-ônibus, cada dentro do seu pensamento um clima tenso por ter uma avaliação.
Os casais se conhece bem, mais mesmo assim ser avaliado por profissionais de dança é diferente, porque é um lance técnico, todos de cabeça baixa até que seu Gilberto pergunta:
— Bora? Todos com cinto?
Aí vem o coral, sim
O micro-ônibus começa a andar seu Gilberto pergunta:
— Posso por uma música? Nós nos olhamos uns deram com ombros outros concordaram com a cabeça, então ele pegou cd de MP3 (as melhores dos anos oitenta e noventa) pensei musica alivia um pouco a tensão.
Logo começa tocar uma música dançante, eu já fui no embalo batendo palmas, puxando um sorriso e alegria de todos , logo em poucos minutos era uma danceteria sobre rodas
Rodamos umas três músicas até ele parar no hotel que estava o Eros.
Estava ele de pé com um belo óculos escuro,, seu Gilberto abre a porta pra ele subiu, e viu aquela turma da quinta série D, parecendo uma excursão pro play- center e disse:
— Bom dia, olha que gente animada.
— Ao som de Macarena – de Los Del Rio ao fundo, respondemos
— Bom dia.
“Dale a tu cuerpo alegria Macarena
Que tu cuerpo es pa' darle alegria y cosas buenas
Dale a tu cuerpo alegria, Macarena
Hey Macarena”
E a viagem seguiu com muita música e muita alegria até que chegamos na Joseph Ballet academic, nessa hora começa a tocar a música do Princ (Kiss) um Swing incrível, aí pra aliviar a tensão Eros começa a cantar,
“You don't have to be rich to be my girl
You don't have to be cool to rule my world
Ain't no particular sign I'm more compatible with
I just want your extra time and your kiss”
Aí Leonardo, Edu e Igor começam a dançar no estacionamento, as meninas entraram na dança e começam a rebolar, nisso Gilberto ria muito das caras e bocas que os meninos faziam, Até que uma buzina toca do nada e nós lembramos aonde estamos.
Um belo carro para, desce uma senhora alta magra, com cabelos longo. Nos olhou com um sorriso entre os dentes e entrou na academia, a música acaba e nós nos recompondo e Michele pede a palavra:
— Gente uma paixão nós trouxe até aqui, então vamos lá dentro mostrar quem somos, o amor que temos pela dança, que a Companhia Surrender não é só um grupo que dança, transmitimos amor através de nossos corpos em movimento, nós demos as mãos, nos olhamos nos olhos uns dos outros, nessa troca de olhar sabíamos que tudo que tinhamos de saber, aplaudimos uns aos outros e entramos na academia.
Na sala de espera tinha outros grupos, um de rosa, com dois tons diferente já com seu traje de dança e o outro de roupa de lycra de academia, porem as roupas que iam dançar estava em saca transparente do lado, a Danny falou:
— Ninguém pegou as roupas do figurino, ¨vixi¨ é mesmo respondeu Leonardo e já saiu correndo para o estacionamento.
O grupo de rosa era de Pernambuco e o de lycra era Rio grande do sul.
O grupo de lycra é chamado uma grande porta de madeira se abre , e nós ficamos ali tenso , ansiosos
Aquela tensão nós tomou a todos, queria fazer uma piada pra quebrar o gelo, mas nada vinha mente. Quem diria eu um piadista nato e nada na cabeça
Aí de repente a porta se abre e de do fundo vem uma voz, Cia de dança Surrender
Nós nos olhamos e montamos fila automaticamente em par e atravessamos a grande porta.
Olha pro lado e vejo a senhora do estacionamento. Ela diz:
— Olha é o grupo alegre do estacionamento, diz aquela senhora, aí eu olho trás e falo ela é avaliadora e Igor responde rindo pelo menos já sabe que a gente tem ginga, molejo e todos se olham por segundos aprovando aquela afirmação, um misto de riso e medo paira no ar.
Uma senhora vem fala algo pra Michele que está a frente da fila, e ela sinaliza que era pra ir para o palco.
Formamos duas fileiras e começa um musica de Juan Luis guerra, um belo merengue e começando da esquerda pra direita começa coreografia. Um a um dança um pouco na frente dos avaliadores ai a música sobe o ritmo e começa a dança dos casais muita ginga muito suor e muita sensualidade de fazer dois jurados aplaudir de pé.
Acabando a primeira apresentação. voltamos a sala de espera pelo próximo ritmo.
Todos eufóricos, Eros da um abraço em cada um e diz:
— Isso ai gente foi muito bom, e Danny fala:
— Caramba ficou muito bom mesmo
— Gente é tudo nosso, fala o Edu
Agora todos mais calmo, uns sentaram próximo a grande porta outros, vão ao banheiro, as meninas foram a retocar a maquiagem pois fazia um calor apesar de ser começo de outono, mas rio é rio.
As meninas voltam os meninos também, estamos todos juntos sentados no chão um escorado no outro quando nos chamam de novo, a senhora se aproxima da turma e fala:
— Vocês estão bem? Michele responde:
— Otimo
— Então faram duas apresentação em seguida, tem problema? Eros olha todos, e o grupo responde no olhar, então ele fala:
— Tudo bem pra nós. Então a senhora nos conduz pra dentro da sala até o palco, vira pra os avaliadores e fala :
— Eles estão prontos, e um senhor com sotaque espanhol responde:
Vamos bailar!
Nas duas apresentação fizemos mais leve mais soltos com mais desenvoltura o, giros e rodopios.
Já se passava das duas horas quando saímos da academia, Leonardo diz:
— Bora comer algo, ta na hora responde Viviane, todos entramos no micro-ônibus do seu Gilberto, que nos pergunta ansioso:
— E ai gente, como foi? Eros responde
— Bem, só falta mais um dia. Nisso Michele pergunta vamos comer aonde? Seu Gilberto fala :
— Aceita sugestão?
— Manda chefe falo,
Em frente a praia de Ipanema (canal oito) tem uma pousadinha da minha tia e faz uma comida muito boa. Uns cochichos no fundo do micro-ônibus outros na frente e, até que Ricardo pergunta:
— Se é praia tem camarão? E seu Gilberto responde
— Nossa cada bitelo, ai a Iara fala:
— Bora gente, e todo mundo balança a cabeça respondendo que sim.
O cd dos anos oitenta e noventa continua tocando até chegarmos restaurante, pequeno mas aconchegante seu Gilberto vai na frente chama sua tia :
— Tia Graça esses são as pessoas que te falei, eles são de São Paulo, Dona Graça olha pra todos e diz:
— Sejam todos bem vindos. Michele responde
— Obrigada
Sentamos todos em uma mesa bem grande que ela montou na hora pra nós, nos trouxe quatro travessas de arroz branco, outras duas de salada de alface crespa com tomate e cebola, duas porção de lula frita e outras duas camarão pitu empanados, duas jarras de suco.
Acabamos de almoçar e fomos todos esperar o por do sol, sentados na areia e papeando e relaxando, já se aproximava das dezoito horas quando começa o por do sol, isso demora alguns minutos, mas ninguém queria ir embora e perder um espetáculo desses.
Por volta das dezenove horas decidimos ir embora pro hotel.
Alguém vai jantar? pergunta o Edu
Vou tomar um banho e depois eu vejo, respondeu Igor, também respondeu a maioria, então todos subiram pros quartos pra se banhar.
Quando já era mais ou menos vinte e uma e trinta toca meu interfone, eu atendo
— Quem fala? pergunto e do outro lado vem a resposta
— Nós dois, Risos
— Besta, é você né Michele, lógico reponde ela, bora tomar um sorvete pergunta, olho pro Edu e pergunto:
— Bora dar uma volta tomar um sorvete, ele responde
— Bora. Responde, e eu falo pra Michele
— Estamos descendo! Quando chegamos no saguão Edu e eu ,já esteva todos lá.
Fomos andar no calçadão beirando a praia, tomando um picolé de fruta. uma lua linda veio nós dar boa noite.
No dia seguinte acordei cedo, tomei um bom banho, Edu já está de pé animado, hoje é tango pra ele que é especialista, eu olhei pra e sua energia era contagiante, descemos pro café.
Todos animados, nos sentamos na mesa próximo da janela, que dava pro estacionamento.
Comi o meu pão na chapa com manteiga e uma média ( estilo canoa), nas padaria de São Paulo é muito comum, acabei meu café levantei e fui até a porta, nisso a turma vem cantando uma bela música de Carlos Gardel .
“El día que me quieras
La rosa se engalana
Se vestirá de fiesta
Con su mejor color
Y al viento las campanas
Dirán que ya eres mía
Y locas las fontanas
Se contarán su amor”
Aí eu agarrei a mão do Leonardo e sai dançando e todos cantavam juntos.
Nisso seu Gilberto, chega buzinando, bom dia gente diz seu Gilberto.
Bom dia seu Gilberto responde a turma toda.
— O povo animado. - acentua seu Gilberto.
Subimos todos no micro-ônibus a caminho da academia, Michele avisa ao seu Gilberto que não passe pelo hotel do Eros, pois ele já estava na academia.
Fomos todos na mesma vibe de ontem, hoje ainda melhor pois a pressão era menor
Chegamos lá Eros já estava a nossa espera.
Bom dia, diz Eros a cada um na ordem que descia do micro-ônibus.
Já fomos pra dentro da academia, cumprimentamos os avaliadores que estavam tomando água próximo da grande porta de madeira, era os mesmos do dia anterior.
Entramos na sala depois de ser anunciados, lá tinha dois avaliadores diferentes do primeiro dia.
Subimos no palco pra nos apresentar, escolhemos o tango Lá cumparsita de Geraldo Matos Rodriguez” já usada em desenho animado em grandes filmes e Edu tinha uma paixão especial pela a música pois sua mãe também dançarina, foi pedida em casamento ao som dessa música. então Eros apesar de ser o principal dançarino da equipe, fez uma coreografia especial pra ele, colocou o Edu como bailarino principal nessa apresentação, e por essas atitudes faz Eros o líder que é.
A apresentação foi perfeita, fizemos um intervalo pra troca de figurino, beber água e nós preparamos pra próxima e última apresentação do dia, o samba gafieira.
Nessa apresentação levamos figurinos com chapéu e sapatos bicolor, ao estilo bom malandro carioca.
Fomos chamados de novo ao palco, e todos estavam na ¨pinta¨ , as duplas espalhadas no palco e Eros só no meio com um pandeiro.
A coreografia era uma grande brincadeira como sobrava um homem esse tocava o pandeiro, o pandeiro começa com Eros que como um bom malandro anda e toca uma música com muito metais e percussão marcante arranjo esse encomendado por Eros ao grupo carioca de Funk e Soul, depois de um solo ele coloca o pandeiro no chão e puxa uma dama e todos os casais dançam com ele , e homem que sobra toca pandeiro.
Na música kid cavaquinho de João Bosco tem um breque.
Genésio a mulher do vizinho, sustenta aquele vagabundo, nisso o pandeiro trocava de mão, essa música de João Bosco é meio cômica e ficou famosa na década de 80, depois de alguns breques e o pandeiro ter passado por todos os homens e as damas dançarem todas com Eros e voltarem por seus parceiros originais à coreografia termina com Eros com um pandeiro em uma mão e o chapéu na outra.
Após a apresentação ficamos, olhando a reação dos avaliadores, uns aplaudiam, outros só olhavam e nós ainda apreensivos, até que a senhora do estacionamento levanta e nos saúda dizendo:
— Muito bom isso é um grupo de dança.
Saímos dali, felizes com os dois dias de avaliação não temos o verídico das notas, mas o sorriso dos jurados nos dava grande esperança.
Chegamos a uma boate, um lugar requintado, com uma moderna pista de dança, jardim ao ar livre, pessoas bonitas, comida cheirosa. Faço questão de elogiar o bom gosto das meninas.Samara sugere que procuremos uma mesa para nós antes que não haja mais nenhuma disponível, aceitamos sua sugestão e observamos atentamente o ambiente, cada uma olhando em uma direção, me surpreendo ao me deparar com Victor Gustavo, minha grande paixão do passado, ele está sentado ao lado de sua irmã Marília, Gopal e outra moça que desconheço.Tento disfarçar desviando o olhar, mas é tarde demais, Victor levanta e vem em minha direção, enquanto sinaliza gentilmente para eu me aproximar dele, por educação ou por mórbida curiosidade eu vou, faço questão de levar as meninas comigo.― Boa noite. Weenny, você está t
— Estamos todas prontas vamos?- May pergunta já bem ansiosa.— Vamos sim. Quem vai chamar o carro?— Deixa que eu chamo. – falo já saindo do quarto.Chego à recepção e pergunto por Rodrigo.— Só um instante senhora, ele já está vindo.— Obrigada.Assim que agradeço aguardo mais alguns segundos e ele aparece na recepção, como estou de costas para ele, o mesmo não me reconhece.— Em que posso ajudar senhora?- ele pergunta.Me viro devagar e consigo pegar o momento exato que ele abre a boca e me olha com admiração de cima baixa, como alguns costuma dizer por ai “dando uma conferida no material”, que particularmente acho que extremo mal gosto.— Carol, como você está linda, mais do que já é.— Obrigada Rodrigo. - digo me aproximan
Depois de um domingo bom, na parte da manhã as avaliações, sol e praia a tarde, descansar é o que resta.Acordo às oito horas da manhã na segunda, desço para tomar café, os outros ainda descansavam.Quando estou na metade da xícara de café, desce a Michele.— Bom dia Claudio - diz ela.— Bom dia Michele - respondo e a convido para sentar.Não obrigado pensei que teria mais de nós por aqui.— Não estou só, respondo.— Eu estava falando com as meninas pra gente sair a noite.— Para onde, não conhecemos nada.— No folder que seu Gilberto deu, tem uma boate, e ele falou que é a melhor do Rio de Janeiro.— Aí sim, até que fim uma coisa diferente, boate, música, bebidas e meninas, eu topo.— Beleza vou subir e falar c
No enlevo que estou, esqueço dos que estão ao meu redor, segundos depois desperto.― Quero que conheça algumas pessoas. Estas são as amigas que vieram comigo, Samara, Carol e Mayara. Esses são os amigos que eu não via há algum tempo e que moram aqui mesmo, Victor e sua irmã Marília, Melissa e Filipe. – digo enquanto nos afastamos.― Esse é o Eros Myron. – olho para meus amigos e faço a devida apresentação.Eros cumprimenta gentilmente as mulheres com um beijo na mão e os homens com um firme aperto de mão. Conheço Gustavo e Gopal o suficiente para saber o ódio que estão sentindo, noto que Marília está segurando os impulsos raivosos do irmão.― Senhor, tudo está preparado conforme solicitou, é aquela mesa. – diz a garçonete para Eros, enquanto aponta para uma enorme mesa a d
Weenny está em transe, parece que esqueceu o resto do mundo e só existe eles dois. A mesa está um silencio mortal, em a respiração do pessoal da pra escutar, todos querendo saber o desfecho desse momento.Despertando desse transe, ela vem em nossa direção e finalmente apresenta cada um de nós pelo nome e logo depois diz:— Esse é o Eros Myron.- Ele abre um belo sorriso ao ver que ela pronunciou o seu nomeEle cumprimenta cada mulher com um beijo na mão sustentando um olhar firme e penetrante, e os rapazes da mesa que por sinal estão se corroendo de ciúmes, com um firme aperto de mão, mas sem desmanchar o lindo e encantador sorriso.De repente a garçonete se aproxima dele, eles trocam algumas palavras, ele nos pede licença educadamente.Mas antes que ele saia Weenny e ele trocam algumas palavras, ele diz algo em seu ouvido e sai junto com a
― Peço licença para tirar a Weenny de perto de vocês por alguns instantes, muitas pessoas desejam vê-la e não queremos incomodá-los ou causar tumulto. – Eros diz olhando para Victor e Filipe.Depois de um discreto cutucão de Marília, eles respondem com um sinal afirmativo. Eros segura a minha mão e me conduz para a mesa dele, me sinto incomodada com os olhares que parecem ser tanto de curiosidade quanto de inveja, já que, aparentemente, muitas mulheres estão interessadas nele desde que ele entrou nesta boate.Michele levanta para nos acompanhar, mas acredito que algo a detém.Na mesa do Eros estão seis casais que conheço muito bem e outras duas mulheres que aparentam ser francesas, mas ainda não as conheço. Paramos diante deles, os doze rapidamente ficam em pé, curvo minha fronte para cumprimentá-los, então todos correm para me
Eros informa que está tirando a Weenny da mesa, porque o pessoal da outra mesa quer falar com ela e eles não querem nos incomodar, diz isso encarando os “homens” da mesa.Estou realmente impressionada com o tamanho do cavalheirismo dele, estou aqui pensando comigo que não tem mais homem desse jeito, com esse olhar, esse cuidado, enfim o único exemplar já deve estar destinado a alguém.— Quem são essas pessoas? O que está acontecendo? - pergunto totalmente confusa e curiosa claro que pela cara da galera, é exatamente a mesma pergunta que está sondando a cabeça de todo mundo que conhece a Weenny.— Somos um companhia de dança, Weenny é nossa bailarina principal, ou era há algum tempo, mas ela acabou desistindo por causa de um namorado ridículo, na minha opinião, se não me engano chama Gustavo. Como ele é
Chegamos à mesa a grande parte da companhia de dança, já esta lá junto com as examinadoras, em nossa direção vem Eros com a moça da outra mesa, e quando mais ele se aproximava, mais boquiaberto todos ficavam em ver quem era a moça da outra mesa, era ninguém mais que uma grande amiga e também uma grande bailarina, que algum tempo não víamos.Ninguém aguenta esperar ela chegar até a mesa, partimos todos em sua direção.— Oi weenny como esta? Fala Danny lhe dando um abraço apertado, ai todo mundo entrou no abraço e começou um punhado de pergunta ao mesmo tempo:— Que saudades. - fala, Gislaine.Eu cheguei perto e em silencio dei um abraço, cheio de carinho e saudade, e Leo me puxa e fala:— É minha vez, saudade weenny sumiu o que faz no Rio?— É uma estória longa m