Diego Cesarini T á certo que a minha vida tem dois lados, mas eu não diria que isso é assustador, por mais que meu amigo seja da máfia. Isso não quer dizer que eu faça tudo o que dizem que a máfia é. Vincent também tem um lado humano, apesar de quase nunca parecer. Eu sou seu amigo e desde quando o conheci até hoje ele se tornou um ser mais humano ao longo do tempo. E o fato de termos uma parceria, as lavagens de dinheiro… Merda falando assim soa muito errado, mas enfim. Esse sou eu e eu nunca iria esconder isso da Natasha, eu realmente quero que ela me aceite como eu sou. Porque eu sou assim e não posso mudar.Minha família não sabe ao certo de tudo. Apenas sobre a rede de boates tradicionais. Meu pai é um cara das antigas, nossa ele ficaria baita decepcionado e eu pretendo deixar ele sem saber, porque não quero ver os olhares de decepção deles. Merda, eu nunca havia pensado por esse lado antes, eles me admiram tanto. Soo-yeon é um caso à parte, Vincent veio até mim para falar
Natasha Castro R ealmente a semana que passei com o Diego em Paris foi muito intensa, teve direito a tudo briga, reconciliação e um final de semana perfeito ao seu lado… Mordi a ponta de trás da caneta, olhando para o vago da minha sala, lembrando dos momentos que passamos juntos. Ele foi tão atencioso e cuidou tão bem de mim, apesar de ter sido apenas uma leve torção. Ele é realmente incrível e conseguiu bater contra todas as expectativas que eu tinha dele. Diego é realmente um homem dos sonhos, se. Não focar muito na parte das boates dele é no seu lado obscuro, ele me jurou que não participa, apenas administra e quem sou eu para ficar pensando nisso. Eu dei um voto de confiança a ele e vou permanecer firme, Diego não fez nada para que eu desconfiasse dele. Sorri. Ele apenas tentou chamar a minha atenção desde o primeiro dia em que nos conhecemos.— Como está a mais nova apaixonada do momento? — Ana entrou na minha sala me tirando dos meus pensamentos. Sorri, deixan
Diego Cesarini. Estava tudo tranquilo, passamos um restante de semana perfeito em Paris, retornamos e mesmo que a Natasha não queira que eu a assuma agora, ela sabe que isso vai acontecer a qualquer momento e ninguém vai juga-lá. Eu tenho o direito de me relacionar com quem eu quiser. Independente se trabalhamos juntos ou não, apesar de que. Meu pai já avisou que se der qualquer coisa errado o clima depois fica estranho, mas eu sei que não vai dar, eu não sou homem de ficar brincando de escolher a todo o momento. Tava tudo de boa, comecei uma reunião com meu parceiro e amigo de longa data Luiz Henrique e para ver minha garota, pedi que a documentação fosse enviado a elas e com isso eu poderia tirar uma casquinha e ver minha gata, já que ela não gosta de transitar pela minha sala. Uma coisa que vamos ter que mudar, minha mesa daria uma boa cama para foda.— Há! Ta viajando Diego? — Lh falou se recostando em sua cadeira, enquanto me olhou com zombaria — Quem é a garota que
Natasha Castro. Duas vezes no mesmo dia, tenho certeza de que ele sabe quem sou e está nos seguindo. O que eu posso fazer? Falar, Diego seu amigo foi meu passado infernal. Não, Diego ficaria desconfortável com isso. Eu não posso dizer isso a ele, tenho que manter esse cara longe de mim. Minhas mãos estão trêmulas e eu não consegui mais segurar o cardápio, enquanto o deixei sobre a mesa. Suspirei fracamente, tentando não focar no assunto deles. Olhei em volta e vi algumas crianças comendo, sorri, são bebes talvez de um aninho. Eu acho elas tão fofas. Quem sabe um dia eu possa ter um.— Não fomos devidamente apresentados. — Voltei a minha atenção para ver a mão daquele desgraçado estendida na minha direção. — Luiz Henrique Serrano. Olhei para o Diego e ele estava sério nos olhando, ele parecia estar me analisando, eu fiquei desconfortável. Ao intercalar meu olhar entre ele e o Luiz Henrique. Primeiro que esse desgraçado é ainda o mesmo do colegial, apenas mais alto e com
Natasha Castro. Parei na calçada e chamei o taxi que observei se aproximando, ele parou e eu abri a porta ainda com minhas mãos trêmulas e o meu corpo cansado com o peso desse maldito passado sobrecaindo sobre mim.— Natasha!! Engoli em seco ao ouvir a voz potente do Diego, eu queria olhar e gritar tudo o que o Luiz Henrique fez, mas é aí, será que ele acreditaria em mim? Entrei rapidinho fechando a porta, quando percebi que o Diego estava próximo do carro, com lágrimas escorrendo por meus olhos falei.— Moço vai! Fechei meus olhos sentindo as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, enquanto o carro começou a partir. Um soluço escapou dos meus lábios e eu realmente não sabia o que fazer. Eu só queria voltar para a casa dos meus pais e chorar deitada no colo deles, como quando eu era adolescente e tudo se resolvia tão facilmente. A vida adulta parece cada vez mais assustadora. Suspirei ao ver que minha bolsa e tudo o que continha dentro ficou no restaurante, como vou pa
Diego Cesarin. Fiquei parado ainda na frente do prédio onde Natasha reside, olhando para a entrada por onde ela passou, eu poderia correr atrás dela e implorar para que ela possa ser minha, mas eu ainda tenho o meu orgulho e ela já feriu ele o bastante, eu também poderia ir até lá e tomá-la para mim, mesmo contra sua vontade. Mesmo eu estando no meio de homens que fariam isso sem pensar duas veses, eu não sou esse tipo e luto para nunca ser, se ela quer ficar longe de mim, ela pode ter certeza que apartir de hoje eu não irei mas estar correndo atrás dela. Merda, eu preciso me ocupar para não fazer isso com ela, eu não vou fazer ela ficar comigo contra a sua vontade. Meu peito está doendo, uma dor que mulher nenhuma nunca havia feito eu sentir, porra Natasha, eu ainda sinto que você não queria me dizer aquelas palavras, mas você pode ter certeza de que se for verdade eu irei descorbri uma hora ou outra. Você não vai me afastar por muito tempo. Me virei nos calcanhares e
Natasha Castro — Nat. Saí dessa bed amiga! — Ana deitou ao meu lado da cama — Vamos amiga, você não pode deixar aquele desgraçado do seu passado fazer isso com a sua vida. Olhei para minha melhor amiga, sentindo meus olhos levemente inchados, enquanto suspiro pesadamente.— Ele já acabou Ana. Na maldita noite em que eu fiquei com ele. Ele consegue me fazer mau até hoje... O die... Eu nem consigo pensar no Diego sem chorar, fechei meus olhos e minhas lágrimas caíram uma atrás da outra.— Nat. — Ana me abraçou — Eu prometi que não iria contar nada ao Rafa. Mas por favor não fique assim. Olha vamos esquecer todos os homens do mundo. — olhei para ela, enquanto penso em que loucura ela vai pensar — Vamos sair? — Ah! Não...— Vamos Nat. — ela me interrompeu — Apenas eu e você, como nos velhos tempos — ela fez beicinho — Vamos, talvez se você sair, sua mente se refresca e talvez você pense melhor sobre tudo e coloque o Luiz na cadeia e se case com o... Você sabe quem, vamos?
Natasha Castro Quem diria que hoje eu estaria sentada nesta cadeira, ocupando o cargo que muitos gostariam de ter?! É com muita honra que encho a boca ao dizer que sou eu quem dirige as finanças da Construtora Cesarini, uma das maiores empresas de engenharia civil de São Paulo, mas confesso que chegar até aqui não foi fácil. Em meu caminho encontrei muitos obstáculos e para ser mais precisa, tudo começou no colégio… Eu era uma menina humilde, muito acanhada e constantemente sofria bullying por conta dos óculos, aparelhos e até mesmo das roupas simples que usava, tudo era motivo de piada, mas nada disso me desmotivou! Meu desejo de vencer na vida falou mais alto e hoje, abro um sorriso ao ver essa armação prateada em minha frente, afinal, as lentes que tanto me fizeram sentir vergonha, hoje são usadas para me auxiliar nos cálculos da minha maior conquista. O retrato em família exposto sobre minha mesa, me causa um misto de emoções… Foi uma época boa, em partes! Sinto saudades de