'Alerta de gatilho: Abuso.'Natasha Castro — Como você chegou até aqui? — tentei ao máximo não parecer apavorada. Mas eu estava em pânico.— Você ficou tão focada no Diego e na mãe do filho dele, que não percebeu que eu estava te seguindo! — Luiz Henrique falou entrando dentro do apartamento olhando em volta — Você está sozinha, certo?— Não! — minha voz ficou trêmula, com um misto de terror. — Vai embora Luiz Henrique. Como você conseguiu subir? — neguei afastando meus pensamentos das coisas horríveis que ele poderia fazer comigo aqui. — Não importa, por favor vá em...— Importa sim. — seus passos seguiram os meus enquanto ele me interrompeu, pisquei algumas vezes sentindo a parede atrás de mim — Desde o momento em que você... — sua mão deslizou pelo meu rosto e eu fechei meus olhos tentando me afastar — Falou de mim para a sua amiga.— Eu não falei! — tentei pressionar o meu corpo ao máximo na parede, me esquivando do seu toque — Por favor eu já fiz o que você pediu, me deixe e
Ana Paula Estava abraçada com o meu homem, enquanto ele dirigia em direção ao seu apartamento, depois de passar em uma boate, decidimos que precisamos de contato físico e não dançar, isso vai me ajudar a tirar a tensão do meu corpo depois do encontro com aquele desgraçado que está assediando a Natasha, hump, que ódio daquele cara, ele deveria morrer, mas eu ainda vou convencer ela a contar tudo ao Diego, ele tem que saber o nível de amigo que chantageia a garota dele. Eu sei que eles se amam, não é justo esse idiota interromper.— O que foi gatinha? — Sai dos meus pensamentos com o meu gato me olhando, enquanto dirigia.— Nada amor, estou apenas pensando longe...— Foi o lh né?— Quem? — sentei no meu lugar o olhando confusa.— O Luiz Henrique! — cerrei meus dentes de ódio em ouvir esse nome e o Rafael percebeu — Ele é um babaca mesmo, por esse motivo não vive no nosso meio, eu sei que tem algum motivo para ele estar nos rodeando tanto.— É, seu amigo deveria prestar mais a
Diego Cesarini Uma merda tudo o que está acontecendo, eu só pensei em retornar para o Brasil e seguir uma vida tranquila, mas parece que as merdas erradas me perseguem desde o primeiro dia que me envolvi, eu nunca quis tanto poder me tele transportar para um local, como eu desejei quando recebi a ligação da Natasha, porra! Eu estava no banho, precisava espairecer depois daquele encontro no restaurante, depois que eu a vi lá, estava pouco me lixando para o resto do mundo, eu só queria ela ao meu lado, mas a merda da tal da ética que o meu pai me ensinou, não me deixa pegar ela a força e tranca-la na minha casa até ela dizer que não vai sair mais, como a minha cabeça grita por isso todos os dias... Eu nem sei como foi que eu coloquei minhas roupas, a sua voz e o som abafado do filho da puta não saia da minha cabeça, o acelerador foi o ponto do foco da minha raiva, eu poderia cravar meu pé pela lataria do automóvel se colocasse mais força, os carros em que eu desviava para
Natasha Castro. Abri meus olhos abruptamente, mas eles se fecharam imediatamente, após varreram rapidamente o lugar. Tudo à minha volta estava branco, branco o suficiente para me fazer pensar que eu estava morta. Morta depois que vagas lembranças vieram como bombardeios de angústia, daquela tortura brutal que passei dentro do meu próprio apartamento, mas eu sabia por pequenas coisas que, ainda, não havia chegado a minha hora. Meu coração estava batendo violentamente dentro da minha caixa torácica, minha respiração estava pesada, mesmo que o ar parecesse expresso o suficiente para não passar por minhas vias respiratórias, senti uma pitada de esperança por ainda estar com vida. Mesmo de olhos fechados, eu conseguia sentir a repulsa do toque do Luiz Henrique no meu corpo, meu estômago se revirou e eu senti vontade de vomitar. Um grito escapou dos meus lábios, mas ele soou baixo e fraco demais para os meus ouvidos. Minha garganta estava seca o suficiente para me ajudar com
Natasha Castro. Abrir meus olhos talvez seja a pior parte de tudo isso, por quê? Parece que as imagens só começam a me atormentar a partir do momento em que meu globo ocular começa a se mover. E foi isso que aconteceu. Mas agora o meu coração não está batendo pesadamente, ele está um pouco falho, talvez seja o medo do que vou encontrar, mas pelo que me lembro, eu já estava no hospital, então não estou sentindo tanto medo de encontrar Luiz Henrique, apenas receio e leves dores. Puxei o ar profundamente, abri meus olhos, a claridade os irritou, a ponto de lacrimejar, tudo parecia igual, o cômodo banco, deslizei o meu olhar suavemente, observando que agora estou conectada a alguns aparelhos, não me lembro se estava anteriormente. Eles vêm se ligando ao meu peito, o soro está pingando lentamente uma gota por vez, ao deslizar mais um pouco o meu olhar em volta. Diego? Ana? Rafael? Engoli em seco, os três estavam em pé, próximos à minha cama, mas pareciam estar tão concentrados em a
Diego Cesarini Eu não consigo olhar para ela e não desejar destruir o mundo atrás desse filho da puta, merda, como um desgraçado pode sumir assim, até mesmo de mim? Se ele conseguiu, é porque já estava planejando há algum tempo. Vou pegar ele, nem que seja a última coisa que eu faça. Não sei por que deixei ela se afastar de mim. Eu não sei por que esse maldito ensinamento do meu pai tem que pesar tanto na minha mente. Ele me ensinou a ser um homem de honra e nunca contrárias às decisões de uma mulher, não desejo fazer tudo errado, mas parece que a vida me j**a à beira de um precipício a cada segundo, me obrigando a fazer escolhas difíceis. Deixar ela sozinha no banheiro foi outra merda de decisão tomada. Quando ouvi o seu grito, meu coração deu um salto. Imaginei aquele filho da puta lá dentro e, sem pensar duas vezes, tentei abrir a porta, mas estava trancada para a minha frustração. Virei meu ombro direito e, com um empurrão mais forte, o trinco se quebrou com o bater dele no chã
Natasha Castro. Levantei o meu olhar para ver um Diego totalmente irritado. Sua postura estava visível para qualquer um, suas mãos estavam em punho e a sua mandíbula estava rígida. Seu olhar estava em mim, mas estava claro que ele estava envolvido em um conflito interno. Ele percebeu que eu estava o olhando e a sua postura foi relaxando rapidamente.— Ana. Eu… — desviei o meu olhar dele, com vontade de correr para longe. — Pode deixar eles entrar, mas eu não tenho nada para ajudá-los. — sussurrei. Me sentindo uma pessoa horrível, eu não estou protegendo aquele desgraçado, fechei meus olhos para não chorar, contendo minhas mãos trêmulas, mas sei que a lei é falha, se ele for preso, em poucos dias ou até mesmo no mesmo dia ele estará livre para se vingar de mim.— Saindo daqui… — minha garganta se fechou e eu lutei contra minhas lágrimas, ao perceber que o Diego estava esperando a minha resposta ou decisão de ficar, mas será melhor para nós dois. — Vou voltar para a cas
Natasha Castro.— Diego. — tentei manter minha voz normal, mas a minha garganta estava se fechando e tudo o que eu queria era abraçá-lo.— Nat. Vou te esperar no carro. — Ana falou passando por mim, ela fez um gesto de cabeça, Diego repetiu o mesmo com seu olhar ainda sobre mim, enquanto ela saia.— Pensei que você não viria mais. — Falei com a minha voz quase falha, ainda parada no mesmo lugar, mas agora estava olhando para minhas mãos, na frente do meu corpo.— Eu te liguei. — Comecei a ouvir seus passos na minha direção. E o que consegui fazer foi prender minha respiração. — Eu havia esquecido que o seu celular foi levado. — Ele parou na minha frente e, a essa altura, meu coração estava batendo violentamente no meu peito. — Passei no hospital e disseram que você havia saído, então vim direto para cá. Fiquei sem palavras, quando voltei a respirar, seu perfume invadiu meus sentidos, me trazendo memórias que eu queria enterrar, para não doer, mas do que já estava. Sua presenç