O amanhecer trouxe consigo uma luz pálida que invadia o escritório de Ethan, mas não dissipava a escuridão crescente de sua mente. Ele havia passado a noite revendo os documentos e pensando no que Lucas poderia fazer a seguir. Apesar de ter as provas em mãos, sabia que precisava ser estratégico. Lucas era um mestre em transformar qualquer vantagem contra ele.Claire entrou no escritório com um semblante preocupado, carregando uma pasta.— Senhor Blackwood, o senhor precisa ver isso.Ela colocou a pasta sobre a mesa, e Ethan a abriu rapidamente. Dentro, havia cópias de e-mails recém-descobertos, claramente adulterados, que insinuavam envolvimento direto de Ethan em contratos fraudulentos. Os documentos não apenas eram incriminatórios, mas também pareciam destinados a minar sua credibilidade com os acionistas.— Como isso chegou até nós? — Ethan perguntou, mantendo a voz controlada.— Alguém da equipe de TI encontrou isso no servidor interno. Parece que foram plantados recentemente, mas
O som do telefone tocando ecoou pelo escritório silencioso de Ethan. Ele atendeu sem olhar para a tela, esperando que fosse Claire com alguma atualização sobre o vídeo alterado. Mas a voz do outro lado da linha o deixou tenso.— Ethan, como está o meu irmão favorito? — disse Lucas, o tom carregado de sarcasmo.Ethan apertou o telefone com força.— O que você quer, Lucas? Já não causou estrago suficiente?Lucas riu baixinho.— Ah, Ethan. Sempre tão sério. Só queria avisar que as coisas estão prestes a ficar mais... interessantes. Você sabe que eu gosto de um bom jogo, mas agora estou aumentando as apostas.Antes que Ethan pudesse responder, Lucas desligou. Ethan largou o telefone sobre a mesa e passou a mão pelo rosto, tentando conter a raiva crescente. Ele sabia que Lucas tinha algo planejado, mas não sabia o que, e isso o deixava inquieto.Enquanto isso, Sophia estava na casa de uma amiga, buscando um pouco de tranquilidade longe de toda a confusão. Mas, mesmo ali, as palavras de Luc
Ethan mal dormira naquela noite. O peso das palavras de Sophia e a carta de Lucas o mantiveram acordado, revendo cada decisão que havia tomado. Ele sabia que Lucas estava tentando destruir tudo o que ele construíra, mas o ataque emocional era o que mais o desestabilizava.Pela manhã, ele se encontrou com Claire em uma sala de reunião isolada. Ela trazia atualizações sobre o vídeo adulterado e o vazamento de informações.— Senhor Blackwood, conseguimos rastrear parte da origem do vídeo. Parece que foi distribuído de um servidor privado, mas ainda estamos tentando identificar quem está por trás disso.Ethan apertou os punhos, lutando contra a frustração.— Não importa o tempo que demore. Quero saber quem é o responsável.Claire hesitou por um momento.— Há mais uma coisa... um dos acionistas está exigindo uma reunião emergencial. Eles estão preocupados com a repercussão do vídeo e a estabilidade da empresa.Ethan sentiu o sangue ferver. Era exatamente o que Lucas queria: desestabilizar
O amanhecer trouxe pouca paz para Ethan. Ele estava sentado em sua poltrona, os olhos fixos no vazio, enquanto as palavras de Sophia da noite anterior ecoavam em sua mente: "Eu preciso de tempo." A ideia de perdê-la era insuportável, mas ele sabia que Lucas estava conseguindo exatamente o que queria.Claire entrou no escritório com sua habitual discrição, trazendo novos relatórios sobre os vazamentos. — Senhor Blackwood, conseguimos identificar o servidor usado para divulgar os documentos. Pertence a uma empresa vinculada a um dos antigos parceiros de Lucas.Ethan levantou-se abruptamente, seu olhar se acendendo com uma determinação renovada. — Quero que isso seja investigado a fundo. Não vamos deixar Lucas escapar desta vez.— Há mais uma coisa — Claire continuou, hesitando por um momento. — Um grupo de acionistas está exigindo uma votação extraordinária para discutir sua permanência como CEO.Ethan sentiu o golpe. Ele sabia que Lucas havia instigado aquilo, manipulando os acionist
A manhã amanheceu cinza, refletindo o humor sombrio de Ethan. Ele passou a noite em claro, revisando documentos, traçando estratégias e tentando encontrar uma forma de virar o jogo contra Lucas. Mas, acima de tudo, sua mente estava consumida pela conversa com Sophia na noite anterior. "Eu só quero saber se posso confiar em você, Ethan."Essas palavras ainda ecoavam dentro dele. Não importava quantos ataques Lucas fizesse contra sua empresa, era a possibilidade de perder Sophia que realmente o desestabilizava.O telefone em sua mesa vibrou. Era Claire.— Senhor Blackwood, conseguimos rastrear a origem do e-mail anônimo que insinuava os vazamentos na empresa. O IP bate com um escritório jurídico que, curiosamente, prestou serviço para Lucas há dois anos.Ethan cerrou os punhos. Ele já deveria ter previsto isso. Lucas não agia sozinho.— Quem é o responsável pelo escritório? — perguntou, sua voz fria e controlada.— Um advogado chamado Andrew Collins. Ele tem uma longa lista de clientes
O ar estava carregado com o cheiro metálico da chuva que acabara de cair, envolvendo a cidade em uma bruma cinzenta que parecia refletir o humor de Ethan Blackwood. De pé diante da imensa janela de seu escritório, ele observava o horizonte de arranha-céus que havia ajudado a construir. A cidade era sua. A empresa, seu império. Tudo estava sob seu controle. Pelo menos era o que ele gostava de acreditar.O escritório refletia sua personalidade: prático, organizado e sem excessos. Móveis de madeira escura polida e aço inoxidável preenchiam o espaço com uma sensação de poder e seriedade. Mas, apesar de toda a imponência, Ethan sentia o vazio silencioso que aquele ambiente representava. Era como se sua vida estivesse reduzida a números e conquistas, enquanto o resto permanecia em um segundo plano.Atrás dele, sua assistente pessoal, Claire, entrou discretamente na sala. Ela hesitou ao vê-lo imóvel, com as mãos cruzadas atrás das costas. — Senhor Blackwood, sua próxima reunião está em cinc
Ethan acordou cedo naquela manhã. Após uma noite no escritório, a única companhia que teve foi o silêncio cortante e o brilho das luzes da cidade que nunca dormia. Ele costumava encontrar conforto em sua rotina, mas agora havia uma inquietação dentro dele que não conseguia ignorar. Lucas estava de volta. E isso nunca significava nada bom.Com passos firmes, ele entrou na sala de reuniões da empresa, carregando uma pilha de relatórios. Os executivos se levantaram ao vê-lo, mas o silêncio era pesado, indicando que algo estava errado. Claire, sua assistente, aproximou-se e sussurrou: — Senhor Blackwood, recebemos uma denúncia sobre irregularidades no contrato com o grupo Orion.Ethan franziu a testa. Orion era um dos maiores clientes da empresa, e perder aquele contrato seria um golpe fatal. Ele percebeu que aquilo só poderia ser obra de Lucas. Mesmo longe, o irmão sempre encontrava maneiras de plantar o caos.— Quero que você investigue isso imediatamente, Claire. E ninguém mais. — Si
Ethan chegou cedo ao restaurante luxuoso onde Lucas marcara o encontro. Ele escolheu uma mesa próxima à janela, com vista para as luzes vibrantes da cidade, mas sua mente estava longe da paisagem. Os dedos tamborilavam na mesa de mármore, um hábito que revelava sua impaciência, enquanto ele revisava mentalmente o que poderia esperar de Lucas.Quando o garçom se aproximou, Ethan dispensou qualquer bebida. Não estava ali para se distrair. Ele precisava estar alerta. E, como sempre, Lucas fazia questão de se atrasar.Finalmente, ele apareceu. Usava uma jaqueta de couro e um sorriso preguiçoso, parecendo mais um convidado casual em uma festa do que alguém prestes a ter uma conversa séria.— Ethan, meu querido irmão — disse Lucas, abrindo os braços como se esperasse um abraço.Ethan permaneceu imóvel, sua expressão impassível. — Lucas. Sente-se.Lucas riu baixinho e ocupou a cadeira à frente de Ethan, inclinando-se como se estivesse totalmente à vontade. — Que frieza. Não está feliz em m