153 Ressurgindo Entre Cores

Havia algo de mágico em segurar um pincel novamente.

Era como se, ao tocar a tela em branco, um pedaço da minha alma se conectasse com algo maior, algo que palavras jamais conseguiriam explicar.

Eu tinha me afastado da pintura por tanto tempo, me ocupando com a vida, com as responsabilidades, com as dores que parecia mais fácil ignorar.

Mas agora, diante da tela vazia, senti como se estivesse voltando para casa.

A luz suave da tarde entrava pelas janelas do meu estúdio, pintando o espaço com um brilho dourado que parecia me abraçar.

Alice brincava no canto, seus risinhos infantis sendo o som de fundo perfeito para a minha concentração.

O cheiro familiar de tinta e solvente preenchia o ar, e eu me permiti respirar fundo, absorvendo cada fragmento daquele momento.

Pintar sempre foi minha fuga, mas agora era mais do que isso.

Era minha redenção, meu grito silencioso para o mundo.

A cada pincelada, eu sentia como se estivesse cura
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