158 O que de fato vale a pena

O ateliê estava silencioso, exceto pelo som suave da música que vinha do rádio ao fundo.

As janelas amplas deixavam a luz do fim de tarde entrar, refletindo nos pincéis e tintas espalhados sobre a bancada.

Ali, no meio daquele espaço que costumava ser meu refúgio, eu me sentia inquieta.

Caminhei devagar, analisando cada tela já pronta, cada detalhe das obras que, mais uma vez, seriam enviadas para exposições em outros lugares.

Elas estavam lindas, eu sabia disso.

As cores vivas, as texturas, os detalhes… Tudo transmitia um pouco de mim, como sempre.

No entanto, não senti a mesma alegria de antes, aquela satisfação de saber que minhas criações alcançariam o mundo.

Dessa vez, o pensamento que me consumia era outro: quanto tempo longe de Alice isso me custaria?

Suspirei, cruzando os braços, e chamei Luana.

Ela apareceu rápido, sempre organizada, com o caderno de anotações em mãos e um sorriso paciente.

— Preciso que reorganize as exp
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