60

Finalmente consegui dormir essa noite, sem sonhos por sorte, apenas um sono profundo até as oito da manhã. Acordo sozinha e a preguiça me consume, bloqueando qualquer ideia de sair do meio dos cobertores quentes e confortáveis. O amanhecer parece tímido e nuvens cinzas cobrem o sol, pelo pouco que posso distinguir do céu pela fresta da porta da varanda entreaberta. Está nublado e frio e o outono definitivamente chegou com seus ventos fortes balançando as copas dos pinheiros da floresta e derrubando seus galhos finos e folhas em uma canção que me mantém hipnotizada por infinitos minutos, encarando as cortinas balançando lentamente com vislumbres do lado de fora.

Checo as horas no relógio sobre a mesa de apoio ao lado da cama e afundo a cabeça nos travesseiros, praguejando por ser obrigada a deixá-los. Se enrolar mais, vou acabar atrasando todos para o evento fúnebre de hoje. Então, jogo os edredons de lado e os pelinhos do tapete fazem cócegas em meus pés descalços.

S

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo