Elise — Você é novata? — perguntou alguém, me deixando nervosa por não conseguir identificar quem falava. No entanto, tentei agir com naturalidade. — Desculpe-me, é que nunca a vi antes.— Não se desculpe, sou novata, primeiro dia hoje — respondi, tentando parecer segura.— Prazer, sou Natasha — ela se apresentou com um sorriso meigo, e eu já estava impaciente com ela. — Como se chama?— Sou Elise, sua nova colega — respondi, tentando parecer simpática. — Preciso ir, vou medicar o paciente Afonso — completei.— Claro! O paciente precisa do medicamento — Natasha concordou. — Quem sabe mais tarde a gente conversa mais.— Claro — respondi enquanto voltava a caminhar, considerando-a uma mulherzinha irritante.Alguns segundos depois, cheguei no quarto de Afonso, retirei o frasco do meu bolso, preparei a seringa com 15mls e apliquei cuidadosamente no soro dele. Sabia que em alguns minutos ele começaria a sentir os efeitos colaterais.— Eu te avisei que não iria sair impune — aproximei-me
Elise Monet sempre teve uma infância repleta de alegria e felicidade. Seus pais, Anne e Philippe, eram a personificação do amor e viviam radiantes com a presença um do outro. A vida parecia perfeita para a jovem garota, cercada pelo amor e carinho daqueles que mais amava.Em um dia ensolarado de verão, a família Monet decidiu fazer uma viagem de carro para aproveitar um final de semana prolongado. Após horas de alegria e risos dentro do carro, um instante fugaz transformou tudo.Em um momento de distração, um carro desgovernado veio em direção ao veículo da família. Philippe, o pai de Elise, agiu rapidamente em uma tentativa desesperada de evitar a colisão, mas, infelizmente, suas habilidades não foram suficientes para desviar do iminente acidente. Ambos os carros colidiram violentamente, causando uma explosão de metal retorcido e vidro estilhaçado.O impacto foi devastador, fazendo com que o veículo da família capotasse repetidamente antes de finalmente parar. O tempo parecia ter se
Sem hesitar, Leoni avançou contra Anne com uma força desmedida, lançando um tapa violento em seu rosto. O contato do golpe foi tão forte que um som seco reverberou pelo corredor, e um fio de sangue brotou imediatamente dos lábios machucados de Anne.A dor percorreu seu corpo como uma onda de choque, o impacto físico sendo apenas uma fração do sofrimento emocional que ela estava enfrentando. O gosto metálico do sangue e a mistura de medo e revolta se misturavam em sua mente confusa.Enquanto isso, Elise, ainda deitada na cama, ouvia horrorizadas os ruídos da luta e os gritos abafados de sua mãe. A pequena Elise tremia de medo, apertando os cobertores com tanta força que suas mãos ficaram pálidas.A turbulência continuou, com Anne tentando se esquivar das investidas brutais de Leoni, consciente de que precisava se manter firme para proteger sua filha. A imagem de Anne se tornando cada vez mais frágil perante Leoni era angustiante. Seu corpo dolorido, seu rosto marcado pela ferida abert
No entanto,uma patrulha policial se aproximava silenciosamente, as luzes de seus faróis iluminavam a figura desgrenhada de Leoni. Os policiais, experientes e astutos, notaram o comportamento errático de Leoni e decidiram investigar.Eles revistaram Leoni e encontraram uma pequena quantidade de entorpecentes escondida em seu bolso. Embora a quantidade fosse pequena, era o suficiente para levá-lo à prisão. Além disso, os policiais viram nele uma oportunidade de chegar aos fornecedores de drogas que estavam envenenando as ruas.Leoni foi levado sob custódia, seu rosto pálido refletia o medo e o arrependimento. A realidade de sua situação começou a se instalar. Ele havia se tornado um peão em um jogo muito maior, seu destino agora estava nas mãos da lei. O dinheiro que ele havia roubado de Anne, que ele havia desperdiçado em prazeres efêmeros, agora não tinha valor. Ele estava sozinho, preso em uma teia de suas próprias decisões ruinsNo dia seguinte, com a luz do sol se infiltrando atrav
Em uma madrugada fria e silenciosa, Leoni estava profundamente adormecido em sua cela, na prisão. O ambiente era tudo, menos confortável, e Leoni sentia uma saudade avassaladora do aconchego do seu lar. Enquanto sonhava com tempos melhores, algo sinistro estava prestes a acontecer.Sem fazer o menor ruído, um presidiário habilidoso conseguiu desarmar a fechadura da cela e adentrar no espaço restrito. Com passos cautelosos, ele segurava firmemente uma almofada em suas mãos, como se fosse um objeto de poder. A escuridão da noite parecia envolvê-lo, tornando-o ainda mais ameaçador.O presidiário se aproximou sorrateiramente de Leoni, cujo sono tranquilo foi abruptamente interrompido. Sem dar tempo para reação, ele pressionou a almofada com força contra o rosto indefeso de Leoni, sufocando-o impiedosamente. A vítima, tomada pelo desespero, lutou com todas as suas forças para se libertar, mas a falta de ar e o terror crescente minaram suas energias. A escuridão da cela parecia ainda mais
Elise, por sua vez, estava completamente devastada com a notícia. Ver sua mãe tão fragilizada e enfrentando uma doença tão grave era um golpe duro para a jovem de apenas 15 anos. Ela se sentia impotente diante da situação, desejando poder fazer algo para aliviar o sofrimento de sua mãe.Anne se preparou para enfrentar o tratamento da quimioterapia contra o tumor no cérebro, estava preocupada com o futuro incerto. No dia do primeiro ciclo de quimioterapia, Anne sentiu uma mistura de nervosismo e esperança enquanto aguardava na sala de espera do hospital. Ela observava as outras pessoas ao seu redor, cada uma com sua própria batalha contra o câncer, e isso a deixava apreensiva. Quando chegou sua vez, Ane foi conduzida para a sala de tratamento. Lá, ela encontrou uma equipe médica acolhedora e dedicada, pronta para guiá-la através do processo. Ela se sentou em uma cadeira confortável, enquanto uma enfermeira cuidadosamente preparava o acesso venoso para a administração dos medicamentos
Anne tomou uma decisão difícil, mas era o que ela desejava: aproveitar ao máximo seus últimos dias de vida. Consciente de que o tumor que a afligia era maligno e de que poderia perder a batalha, mesmo com o aumento das sessões de quimioterapia.Os dias de Anne passaram a ser uma mistura de emoções intensas. Por um lado, ela sentia uma tristeza profunda por saber que sua vida estava chegando ao fim. Por outro, havia uma determinação inabalável em aproveitar cada momento e criar memórias preciosas com aqueles que amava.No entanto, a luta contra o câncer não era fácil. Anne experimentava dores intensas em seu corpo, que pareciam aumentar a cada dia. Essas dores, às vezes insuportáveis, eram um lembrete constante de sua condição e do desafio que ela enfrentava.Além das dores, Anne também enfrentava uma enorme fraqueza. Seu corpo, debilitado pela doença e pelo tratamento agressivo, não tinha mais a mesma energia de antes. Tarefas simples se tornaram verdadeiros desafios, e ela precisava
Após a partida de sua mãe, Elise sentia-se completamente sozinha no mundo. O sepultamento de Anne foi uma das experiências mais dolorosas que Elise já havia enfrentado. A realidade da perda se tornou tangível, como uma ferida aberta que parecia nunca cicatrizar.No dia do sepultamento, a menina de 15 anos, agora órfã, estava cercada por amigos e familiares, mas nenhum abraço ou palavra de conforto conseguia amenizar a dor que sentia.Elise observava, com olhos marejados, enquanto o caixão de sua mãe era lentamente baixado ao solo. Cada grão de terra que caía sobre o caixão parecia ecoar em seu coração, como um lembrete cruel da realidade que agora enfrentava. Sua mãe, sua confidente e melhor amiga, havia partido.Apesar de estar cercada por pessoas queridas, Elise sentia um vazio imenso. Amigos e familiares ofereciam palavras de conforto, abraços apertados e promessas de apoio. Mas, para Elise, nada parecia suficiente para preencher o vazio deixado pela perda de sua mãe.A noite após