Capítulo 4

Em uma madrugada fria e silenciosa, Leoni estava profundamente adormecido em sua cela, na prisão. O ambiente era tudo, menos confortável, e Leoni sentia uma saudade avassaladora do aconchego do seu lar. Enquanto sonhava com tempos melhores, algo sinistro estava prestes a acontecer.

Sem fazer o menor ruído, um presidiário habilidoso conseguiu desarmar a fechadura da cela e adentrar no espaço restrito. Com passos cautelosos, ele segurava firmemente uma almofada em suas mãos, como se fosse um objeto de poder. A escuridão da noite parecia envolvê-lo, tornando-o ainda mais ameaçador.

O presidiário se aproximou sorrateiramente de Leoni, cujo sono tranquilo foi abruptamente interrompido. Sem dar tempo para reação, ele pressionou a almofada com força contra o rosto indefeso de Leoni, sufocando-o impiedosamente. A vítima, tomada pelo desespero, lutou com todas as suas forças para se libertar, mas a falta de ar e o terror crescente minaram suas energias.

A escuridão da cela parecia ainda mais opressiva, testemunhando o ato cruel que se desenrolava ali. Cada segundo parecia uma eternidade, e Leoni, aos poucos, foi perdendo a consciência, entregando-se ao destino trágico que lhe foi imposto.

A cena macabra foi um retrato da vulnerabilidade humana diante do mal que pode se esconder nas sombras. A vida de Leoni foi brutalmente ceifada naquela madrugada.

No dia seguinte ao terrível incidente, o corpo de Leoni foi descoberto sem vida em sua cela. A cena era perturbadora, com evidências claras de asfixia. A notícia se espalhou rapidamente entre os detentos e funcionários do presídio.

A pergunta que ecoava nos corredores era: quem seria o responsável por esse ato brutal? As especulações corriam soltas, mas nenhuma pista concreta surgia para apontar o verdadeiro culpado.

A notícia da morte de Leoni chegou até a “família” composta por Anne e Elise, duas pessoas que haviam compartilhado experiências traumáticas nas mãos do falecido.

Anne, mesmo abalada com a notícia, sentiu um misto de alívio e tristeza. Por um lado, a morte de Leoni significava que ela não mais sofreria nas mãos dele, que seus dias de tormento haviam chegado ao fim. Por outro lado, a perda de uma vida sempre traz consigo um peso emocional, mesmo que seja a vida de uma pessoa que causou tanto sofrimento.

Elise, por sua vez, teve uma reação inesperada. Ao ficar sabendo da notícia, uma sensação de satisfação invadiu seu ser. Um pequeno sorriso escapou de seus lábios, revelando uma mistura de alívio e contentamento. Para ela, a morte de Leoni era como uma espécie de justiça divina, como se o destino tivesse se vingado dos maus-tratos que ele infligiu a elas.

Com o passar dos anos, Anne conseguiu se reerguer após os traumas vividos ao lado de Leoni. Ela encontrou forças para reconstruir sua vida, mas uma cicatriz profunda permanecia em seu coração. Anne havia decidido não se envolver romanticamente novamente, pois já havia sofrido o suficiente ao lado de seu finado companheiro.

Anne tinha convicção de que o único verdadeiro amor de sua vida foi Philippe, um homem que partiu cedo demais, deixando uma lacuna irreparável em seu coração. Ela guardava com carinho as lembranças dos momentos felizes que compartilharam e mantinha viva a chama da saudade.

Enquanto Anne vivia sua vida solteira, Elise, que agora já era uma bela moça de 15 anos, chamava a atenção por sua beleza radiante. Seus traços delicados e sua personalidade encantadora despertavam os olhares curiosos dos rapazes ao seu redor. Elise, por sua vez, ainda estava descobrindo o mundo do amor e das paixões, mas sua beleza natural atraia admiradores por onde passava.

Anne observava orgulhosa o florescer da juventude de Elise, sabendo que sua filha estava pronta para enfrentar os desafios e as alegrias que a vida amorosa poderia trazer. Ela desejava que Elise encontrasse um amor verdadeiro, alguém que a valorizasse e a fizesse feliz, mas ao mesmo tempo, Anne também sentia uma pontada de preocupação, lembrando-se dos perigos e das decepções que o amor poderia trazer.

No entanto, Anne e Elise receberam uma notícia que abalou suas vidas por completo. Durante uma consulta de rotina, os médicos descobriram que Anne estava enfrentando uma batalha contra um tumor no cérebro. A notícia deixou Anne sem chão, seu coração se encheu de angústia e medo diante do desconhecido que agora se apresentava em sua vida.

Os médicos decidiram realizar exames mais específicos para obterem um diagnóstico preciso. Infelizmente, os resultados confirmaram o pior cenário: o tumor era maligno.

A notícia do tumor maligno no cérebro trouxe consigo uma série de questionamentos e preocupações sobre o futuro. Ela se perguntava como seria sua vida dali em diante, quais seriam as opções de tratamento disponíveis e como isso afetaria sua relação com Elise.

Continua...

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