Capítulo 3

No entanto,uma patrulha policial se aproximava silenciosamente, as luzes de seus faróis iluminavam a figura desgrenhada de Leoni. Os policiais, experientes e astutos, notaram o comportamento errático de Leoni e decidiram investigar.

Eles revistaram Leoni e encontraram uma pequena quantidade de entorpecentes escondida em seu bolso. Embora a quantidade fosse pequena, era o suficiente para levá-lo à prisão. Além disso, os policiais viram nele uma oportunidade de chegar aos fornecedores de drogas que estavam envenenando as ruas.

Leoni foi levado sob custódia, seu rosto pálido refletia o medo e o arrependimento. A realidade de sua situação começou a se instalar. Ele havia se tornado um peão em um jogo muito maior, seu destino agora estava nas mãos da lei. O dinheiro que ele havia roubado de Anne, que ele havia desperdiçado em prazeres efêmeros, agora não tinha valor. Ele estava sozinho, preso em uma teia de suas próprias decisões ruins

No dia seguinte, com a luz do sol se infiltrando através das barras da janela da cela, Leoni acordou com uma dor de cabeça latejante e uma sensação de desespero crescente. Os efeitos do álcool e das drogas haviam desaparecido, deixando-o com nada além da dura realidade de sua situação.

Os policiais, aguardando o momento apropriado, o levaram para uma sala de interrogatório. A sala era pequena e claustrofóbica, com uma única lâmpada pendurada no teto, iluminando o espaço com uma luz dura e fria. Sentado à mesa, Leoni sentiu o peso do olhar dos policiais sobre ele.

Eles começaram o interrogatório, fazendo perguntas sobre os fornecedores de drogas. Leoni, por sua vez, alegou não se lembrar dos nomes. Ele estava assustado, a realidade de sua situação finalmente se instalando. No entanto, ele conseguiu se lembrar de uma coisa: o local e o horário onde a substância química era vendida.

Embora fosse uma informação vaga, era um ponto de partida para os policiais. Eles poderiam montar uma operação para pegar os suspeitos de tráfico de drogas em flagrante.

A notícia deu aos policiais um novo ânimo. Eles tinham agora um ponto de partida, um lugar para focar suas investigações. A esperança era que este fosse o primeiro passo para desmantelar a rede de tráfico de drogas da cidade.

Enquanto isso, Leoni foi levado de volta à sua cela, o silêncio da sala de interrogatório sendo substituído pelo barulho abafado da prisão. Ele estava agora em uma encruzilhada, preso entre a vida que ele conhecia e a incerteza do que estava por vir.

À medida que as horas passavam, a tensão na delegacia aumentava. Os policiais se preparavam meticulosamente para a operação, verificando seus equipamentos e repassando os detalhes do plano. O ar estava carregado com uma mistura de ansiedade e determinação. Eles sabiam que tinham uma chance de fazer uma grande diferença na luta contra o tráfico de drogas na cidade.

O local informado por Leoni era um beco escuro e isolado, conhecido apenas pelos envolvidos no submundo do tráfico de drogas. À medida que o horário se aproximava, os policiais se posicionaram discretamente ao redor do local, escondidos nas sombras, esperando o momento certo para agir.

Finalmente, a hora chegou. Figuras sombrias começaram a aparecer no beco, seus rostos ocultos pela escuridão. A troca de drogas estava prestes a acontecer. Com um sinal silencioso, a operação foi colocada em movimento.

Os policiais irromperam no beco, suas lanternas cortando a escuridão, revelando os rostos surpresos dos traficantes. A surpresa inicial rapidamente se transformou em pânico, mas já era tarde demais para fugir. Um a um, os suspeitos foram detidos, suas tentativas de resistência rapidamente contidas.

A operação foi um sucesso. Vários membros do tráfico de drogas foram presos, cada um deles um passo mais próximo dos "grandes responsáveis" pelo fornecimento ilegal de entorpecentes na cidade.

Enquanto os policiais comemoravam, Leoni permanecia em sua cela, alheio ao impacto que suas informações haviam causado. A notícia se espalhou rapidamente pelos corredores sombrios do submundo do tráfico de drogas. Os grandes chefões, responsáveis por toda a operação, foram informados de que alguns de seus comparsas haviam sido capturados pelas autoridades. A suspeita de uma possível traição pairava no ar, e eles estavam determinados a descobrir a verdade.

Foi então que um informante infiltrado na equipe policial revelou o nome de Leoni como o responsável por fornecer informações cruciais sobre o principal ponto de venda de entorpecentes. A notícia caiu como uma bomba entre os líderes da máfia, que ficaram furiosos por terem sido dedurados por um usuário viciado.

O dono da favela, o poderoso e temido chefão local, não hesitou em tomar uma decisão drástica. Em um ato de vingança implacável, ele ordenou a morte de Leoni, oferecendo uma recompensa tentadora de 50 mil reais para qualquer presidiário que fosse capaz de eliminar Leoni sem levantar suspeitas.

A partir daquele momento, a vida de Leoni estava em perigo iminente. Ele se tornou o alvo de uma caçada implacável, onde qualquer passo em falso poderia ser fatal. Enquanto isso, nas sombras, os assassinos contratados pelo chefão da favela se preparavam para cumprir sua missão, com a promessa de uma recompensa generosa aguçando suas ambições.

***

Após um período difícil de recuperação, Anne estava se recuperando bem. Os médicos e enfermeiros do hospital elogiavam sua rápida melhora, enquanto ela se esforçava para se reerguer.

Com suas poucas economias, Elise fazia o possível para garantir a alimentação tanto para ela quanto para sua mãe. Mesmo sem saber o paradeiro exato de Leoni, ela sentia um alívio em seu coração. O padrasto, fonte de sofrimento e angústia para sua mãe, havia desaparecido há alguns dias. Embora não soubesse o motivo, Elise preferia que ele nunca mais voltasse para casa.

Continua…

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