Capítulo 03

Seattle residência dos Sullyvan.

Neal Sullyvan

Chega o dia da comemoração e aqui estou eu em Seattle, na casa dos meus pais, onde minha mãe e meu pai querem comemorar a formatura do seu primeiro filho, infelizmente minha tia e cia, também estão presentes já que é família.

Eu não suporto meu primo Damon, ele é metido, arrogante e se acha, não respeita ninguém e quer ser melhor que os outros. Não passa de um babaca preguiçoso e invejoso, que quer as coisas fácies, já mudou de curso três vezes e tenho quase certeza que nunca vai se formar, já que é o tipo de pessoa que acha que dinheiro dá em árvore. Tenho é pena de tio Robert que se mata de trabalhar para dá a boa vida aos filhos e a esposa. Mas bem que ele é culpado por isso. Deveria dá um basta nessa situação e não alimentá-la dando sempre o que eles querem.

Já estou com tudo pronto, não contei nem para Thaís ela só reclama por atenção e essa semana foi uma correria para organizar tudo pois viajo domingo. Ela continua insistindo no casamento e espero que ela entenda o que vou fazer. Já estou com o anel que comprei para a mesma assim ela entenderá que eu vou se me casar com ela, assim que eu estiver firme no emprego e puder levar a mesma para morar comigo.

Ainda não estou preparado para casar, muito menos agora que vou para tão longe. Não vou me casar e deixar minha mulher para trás, já estou até vendo quando eu falar, ela com certeza vai surtar. É difícil enfiar em sua cabeça que tudo tem seu tempo, que não precisamos sair atropelando tudo, afinal, somos novos e não quero que ela fique aqui, casada, enquanto estou do outro lado do mundo. Eu só quero trabalhar e assim que possível daremos esse próximo passo.

Quero poder ganhar dinheiro e quem sabe no futuro poder montar minha empresa aqui mesmo em Seattle, onde construirei nossa casa e possamos ser felizes com os filhos que Deus nos abençoar. Esses são meus planos só espero que ela entenda. Não estou colocando meus sonhos na frente dela, só procuro ser uma pessoa racional, eu a conheço, sei o quanto ela gosta de coisas boas e é pensando nela também que estou batalhando pelo melhor.

Não importa se você vem de família humilde ou se nasceu em berço de ouro, o seu futuro quem faz é você. Se você tem um sonho e quer muito realiza-lo, precisa lutar por ele, enfrentar os obstáculos e acreditar que é possível. Eu acreditei. Eu lutei e vou continuar lutando, pois esse é apenas o começo.

****

A casa dos meus pais está cheia de gente, minha mãe é só alegria pela minha formatura, seu sorriso ilumina todo o ambiente e contagia a todos. Ela está muito orgulhosa por ver seu primeiro filho formado e eu, com certeza estou muito feliz. Feliz por mim que consegui vencer esse obstáculo e feliz por lhes proporcionar essa alegria.

Saio um pouco para dar atenção as pessoas que acabaram de chegar e para minha surpresa Damon e Thaís estão em uma conversa animada que não me agrada nenhum pouco, ela me ver e vem falar comigo sobre uma festa que tem hoje na boate e que está marcando com a galera para encerramos as comemorações lá.

— Vamos querido. Precisamos comemorar ao nosso estilo.

— Na verdade eu estava pensando em tirar essa noite para nós dois, Thaís.

— Nós vamos a festa e depois ficamos juntos. Você pode me levar para um lugar legal...

Vejo Damon vindo em nossa direção e minha vontade é sair, mas isso Seri rude de minha parte.

— E ai Neal já conseguiu um emprego na sua área ou vai continuar sendo o engenheiro dos garçons?

— Quem sabe Damon, e quanto a ser garçom, o que posso dizer é que tenho muito orgulho dessa profissão, foi sendo garçom que consegui me manter durante esses cinco anos e terminar minha faculdade.

— Então porque fazer engenharia se gosta tanto de ser garçom? — Continua Damon, como sempre me rebaixando só por eu ter sido um garçom.

— Não é da sua conta Damon, não te devo nada, o que faço ou deixo de fazer não te interessa. Porque a preocupação? O que te interessa saber o que farei de agora em diante?

— Você vai continuar em Boston e deixar essa loira aqui sozinha? Cuidado em primo!

— Estou tendo cuidado e além do mais, confio na minha namorada. Sei que somos novos e que muitas vezes precisei ficar distante, mas ela sabe que tudo isso é pelo nosso futuro. — Dou um beijo na cabeça de Thaís e dou um passo para trás para me afastar do meu primo. — Agora me der licença, preciso cumprimentar umas pessoas, você vem comigo, amor?

Saio deixando Damon para trás e Thaís me segue.

— Não entendo porque você é tão grosso com seu primo.

— Sério isso! Você agora vai defender aquele babaca!

— Ele é legal, Neal. Só você que não gosta dele. — Minha paciência já se esgotou com o meu primo. É sempre assim eu não consigo ficar cinco minutos perto dele e ter que ouvir Thaís o defendendo só piora as coisas.

— Então vai lá fazer companhia para seu novo amigo.

— Pelo menos ele não fica o tempo todo conversando com esses velhos.

— Thaís, essas pessoas foram convidadas, são amigos que vieram aqui para me prestigiar, o mínimo que posso fazer é ser educado e conversar com cada um deles.

Ela se cala e mesmo contra sua vontade, mantem-se ao meu lado por um bom tempo até que decide ir até sua mãe.

Estou conversando com alguns professores que também vieram me parabenizar e depois de um bom tempo, saio e vou a procura dela, para poder falar com todos reunidos, sobre a minha viagem e que já consegui um bom emprego.

Busco em meio a todos e não a encontro em lugar nenhum, entro em casa procuro na cozinha e não a vejo, aproveito e subo para meu quarto para pegar meu celular que deixei carregando e ligar para ela, pois, pelo visto ela se chateou e foi para casa.

Quando chego a porta do meu quarto, qual não foi minha surpresa!

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