3.Elfos

Eles continuaram a correr o mais rápido possível, Christian ainda assustado mas a curiosidade e a necessidade de explicações eram o suficiente para fazer com que ele seguisse aqueles - quase - estranhos, já que os seus nomes e outras poucas informações ele já sabia pela conversa que tivera com David momentos antes, e mesmo sabendo que eles poderiam estar mentindo suas identidades, ainda somando os fatos; Como alguém poderia arriscar sua vida para salvar a de outra pessoa e não merecer ao menos um voto de confiança da mesma? Continuava a pensar Christian, que ainda custava a acreditar que o que acabara de presenciar era mesmo a realidade. Mas como? Questionava-se ele.

Ele parou de correr arfando e pondo as mãos no joelho percebendo que já estavam bem longe de onde estavam, em uma pracinha qualquer, e ainda mais longe da sua casa, pois ao correr, foram para o lado oposto a ela, Petrus e Sophia também pararam não demonstrando cansaço, e ficaram a observar Christian que estava determinado a não dar mais um passo antes de conseguir suas respostas agora que tinha se recuperado do susto e recobrado o senso de realidade.

- Eu não vou mais a lugar algum sem que vocês me digam o que está acontecendo - começou. - Como eu já disse, eu agradeço por me salvarem mas depois do que houve agora a pouco eu não posso simplesmente seguir vocês sem entender o que diabos foi aquilo lá atrás. - Terminou, quase sem fôlego.

- Nós vamos explicar. - disse Sophia por fim. - Mas saiba que haverá consequências, eu não sei quais, mas haverá, por você saber sobre nós. Eu sei que você não pediu nossa ajuda mas você deve ficar sabendo. De qualquer forma tínhamos que o salvar. - dizia ela, a preocupação tecida em sua voz.

- Como assim consequências? E quem eram aquelas pessoas? Quem são vocês? - perguntou, agora aflito.

- Vem Christian. - Chamou Petrus, pondo a mão no ombro do garoto guiando-o. - Vamos sentar ali, a beira daquela fonte. Sophi? - Chamou ele.

- É, acho que é seguro ficarmos aqui por um instante, mas devemos ficar alerta. - Concordou ela.

Eles caminharam até a fonte que ostentava um chafariz no centro, Christian agora que prestava atenção percebeu onde estava, na Praça São Leopoldo, em frente à prefeitura, em um bairro mais recuado; eles sentaram a borda da fonte, o suor escorrendo pelo rosto dos três, Petrus pegando um pouco d'água e lavando o rosto enquanto Christian o encarava tentando ver através dele, o avaliando que ao perceber que estava sendo observado virou para Christian que se virou para Sophia depressa tentando disfarçar.

- E então? - Perguntou Christian, os olhos castanhos atentos esperando.

- Talvez eu esteja quebrando mais uma das leis do nosso povo... - ia dizendo Sophia ao ser interrompida por Petrus.

- Nós, você quer dizer não é mesmo, irmãzinha. - Ironizou ele.

- É, nós. - ela piscou para Petrus que fechou a cara e ficou a circular os dedos na água da fonte. Christian notando sua mudança repentina de humor e começando a se acostumar com isso.

- Mas eu acho importante que você saiba... - continuava ela.

- Sou todo ouvido. - disse ele impaciente.

- Então, por favor, não me interrompa, nem você Pete. - Petrus bufou insatisfeito, mas se manteve calado.

- Nós somos elfos das terras de Kaliakay, do reino de Soluvya e... 

- São o quê? - Mesmo depois do que viu, Christian não conseguiu segurar o espanto.

- O que eu disse sobre interrupções? - Sophia reclamou franzindo o cenho ao falar.

- Desculpe. - disse, e pensou ter ouvido um riso abafado de Petrus do seu lado, mas não virou para conferir. A sua atenção estava em Sophia e nas questões que se formavam em sua cabeça a cada instante que passava com aqueles dois estranhos.

- Como eu ia dizendo... Soluvya é o reino em que vivemos em Kaliakay um mundo paralelo ao seu, não é muito diferente a não ser pelos habitantes, mas eu acho melhor explicar do começo assim você vai entender porque estamos aqui afinal. - informou ela enquanto Petrus suspirava ao fim do que ela acabara de dizer; ela respirou fundo e continuou. - A muito tempo atrás o nosso povo enfrentou tempos muito difíceis, era uma época de escuridão e trevas onde o mal estava quase tomando conta de toda as terras élficas e provavelmente se estenderia por todo o nosso mundo. Mas Delfin ou Grande Elfo como o nosso povo costuma chama-lo liderou um exercito contra a conquista de Augustos o elfo das trevas que queria o domínio de todos os três reinos e tinha a ajuda de outras criaturas das trevas,os reinos eram, Luzkalhe,Lunaya e Soluvya o reino a qual pertencemos, porem seus planos foram impedidos por Delfin e o seu exercito de elfos e aliados que temiam a expansão do ataque e que desejavam lutar; Delfin o derrotou e o baniu para fora dos três reinos fazendo consequentemente com que Augustos erguesse seu próprio império, criando um reino de escuridão, Neféstia. A paz reinou por muito tempo, até o desaparecimento misterioso de Delfin, onde alguns acreditam que ele tenha morrido, mas só a duvida foi o suficiente para o mal se levantar novamente em sua sede de poder e destruição, pois a única coisa que mantinha o nosso povo seguro era a vigilância continua de Delfin. Desta vez era Nairus o filho de Augustos ao dar continuidade ao seu legado de maldade, então a exatamente quinze anos atrás uma nova batalha contra as trevas iniciou-se causando terror e desespero no povo élfico que estava ainda mais temeroso com a ausência de Delfin para os liderar novamente, somado a ira e impiedade extremamente mais implacável de Nairus, ainda mais cruel que seu pai. Então ele começou a sua marcha contra os três reinos, começando por Lunaya que foi derrotada e dominada, quando os reis de Luzkalhe e Soluvya decidiram unir forças para derrotar o grande mal.

Nairus se aliou as criaturas mais terríveis da nossa terra, dragões, harpias, espectros, elfos renegados, até mesmo a criaturas que o nosso povo só conhecia través de livros e lendas contadas de geração a geração, muitos acreditam que houve conspiração além das nossas terras, pois até mesmo as bruxas os vampiros e dragões se envolveram nessa guerra, uns lutando contra e outros a favor obviamente. Estrategicamente Nairus atacou Lunaya primeiro, pois era o reino mais próximo de Neféstia, ele já tinha reunido tantos aliados que venceu a batalha facilmente, roubando os poderes de Lisandro o rei de Lunaya, a que muitos acreditam ter sido uma vitória de fachada para ocultar uma aliança secreta entre Lisandro e Nairus, pois ambos eram primos por parte dos pais. - Petrus se mostrou desconfortável com o que Sophia acabara de falar e a interrompeu.

- Porque você sempre tem que contar tantos detalhes nas suas histórias? Não se sabe ao certo sobre este fato, e você não deveria repetir rumores desta forma, está apenas os alimentando, ainda mais quando se trata do pai de um dos nossos amigos. - terminou ele parecendo irritado.

- Você tem razão Pete, mas estou apenas enriquecendo a história, além do mais foi desta forma que contaram para mim, assim como para você. - ela disse gesticulando com uma das mãos.

- Como quiser, mas você sabe que se o Apolo estivesse aqui ficaria muito magoado, já não bastasse o que ele enfrenta apenas por este rumor, ter que ouvir de nós seus amigos deve ser muito mais doloroso, no mínimo extremamente desconfortável. - Petrus se afastou um pouco pensativo, se virando novamente quando Christian achou que ele tinha terminado, parecendo concluir algum pensamento. - Você acredita nesta parte da história?

- Eu não sei no que acreditar quanto a isso. - ela disse um tanto cuidadosa com as palavras, observando a expressão sentida do seu irmão. - Mas acredito e confio no Apolo, e o tenho como o grande amigo que é para nós, e não me importo de quem ele é filho ou neto, e isso basta. - a feição de Petrus se iluminou um pouco com as palavras da sua irmã, ele assentiu e voltou a se distrair com a água na fonte.

- Está ficando tarde. - advertiu Christian para Sophia. - Mas não posso ir sem saber mais sobre tudo isso.

- Vou tentar apreçar a historia, já que comecei irei terminar - Petrus fez mansão de falar, mas se calou apenas escutando desta vez. - Eu estava na parte de... Há, lembrei. Nairus seguiu para Soluvya que já estava a espera do ataque, portanto nosso pai Estevão, - Sophia gesticulou para Petrus. - selou aliança com o reino de Luzkalhe, com o rei Andrius, - essa informação deixou Christian ainda mais surpreso, como se o fato de estar diante de seres mágicos, de outro mundo, eles ainda tinham que ser da realeza, claro, porque ele não adivinhou isso antes, zombou de si mesmo em pensamento. - o nossos pais e o seu aliado não esperavam vencer, mas ainda assim lutariam até o fim. - continuou Sophia.

O rei Andrius e o nosso pai acharam mais seguro então que escondessem seus filhos em algum lugar para que se não vencessem nós estivéssemos seguros. Tomaram essa decisão muito tarde no entanto, o reino já estava sobre ataque, Alicia e a nossa mãe Diana tentaram fugir com seus bebês, eu e Petrus e o filho de Alicia, mas Nairus as pegaram, alicia era mulher de Andrius e por tanto tinha muito poder, ela se recusou a entregar o seu filho o teletransportando para algum lugar e tentou enfrentar Nairus sozinha para que nossa mãe pudesse fugir conosco, mas tarde souberam que ela morreu tentando. - esse fato tomou Christian com um sentimento estranho, sentido pelo sacrifício da mulher a qual Sophia se referia e ao mesmo tempo por notar o qual próximo Sophia e Petrus estivera de todo aquele horror que ela narrava. Ela continuou - Dentro do castelo nosso pai lutava ao lado de Andrius contra as criaturas que alcançavam o interior dos aposentos com a ajuda de elfos traidores. Nairus então partiu para enfrentar os dois, que lutaram bravamente contra ele, até perceberem que não venceriam, a não ser que unissem a sua magia. Mas isso também os afetaria pois se falhassem ficaram totalmente sem forças, então seria um tiro no escuro, a ultima esperança de toda uma terra em um ultimo golpe de esperança e um pouco de sorte. - Christian olhou a tempo de ver Petrus revirar os olhos com a forma teatral a qual Sophia contava este ponto. - Então assim fizeram, quando Nairus atacou, ambos investiram de volta contra ele com um feitiço antigo e potencialmente destrutivo. Nairus foi derrotado. Ou assim pensaram. Quando deram as costas uma sombra se formou atrás deles, o que sobrou de Nairus, pois o mesmo já havia absorvido tanta magia e a convertido em escuridão que só o seu corpo foi destruído, mas a energia maligna sobrevivido, o espectro se lançou contra os dois, mas Andrius se atirou na frente recebendo todo o ataque. Andrius foi transformado em pedra, talvez não tivesse mais tanto poder para mata-los, mas antes de desaparecer por completo uma voz de agouro se espalhou por todo reino enquanto Nairus proferia a maldição que dizia que apenas sangue do sangue de Andrius poderia quebrar o encanto lançado, e que ele retornaria e começaria tudo de novo. - Sophia terminou esperando a reação de Christian.

- É uma história muito triste e impressionante, não consigo imaginar vocês dois indefesos no meio de tudo isso, tantas mortes, coisas e criaturas fantásticas e toda essa tragédia... - Christian abaixou os olhos parecendo digerir tudo aquilo enquanto falava. - Mas isso não explica o que aqueles... aqueles... - ele não conseguia dizer as palavras, ao se lembrar do que acontecera a alguns instante atrás.

- Elfos das sombras - completou Sophia.

- Que seja. Não explica o que eles queriam comigo, e nem o porque de vocês estarem aqui, já que são de outro mundo.

- Eu esperava que você chegasse nesse ponto. - ela sorriu - Ao menos percebo que prestou atenção, eu explico.

- Que bom. - ele ironizou.

- Então... depois de tudo que aconteceu, minha mãe, Diana, voltou conosco para o castelo e contou o que acontecera com Alicia e seu filho. Meu pai ficou arraso com toda a desgraça que aconteceu, o preço por terem derrotado Nairus foi muito alto, além de toda destruição dos reinos e a morte de muitos do nosso povo, perder dois amigos em sacrifício aquele dia, foi demais, para ele ainda tinha algo a ser feito. Ele prometeu a si mesmo e sobre a estatua que Andrius agora havia se tornado, que ele descobriria para onde Alicia havia mandado o seu filho e o encontraria para quebrar o feitiço lançado através do laço sanguíneo que pai e filho compartilhavam. Antes de partir ele convocou os anciões e alguns de seus amigos sobreviventes para cuidar dos assuntos do reino na sua ausência e seguiu viagem em sua busca.

Depois de algum tempo ele descobriu que algumas famílias do nosso povo encontraram abrigo aqui no seu mundo, junto aos humanos, então meu pai suspeitou de que talvez Alicia houvesse mandado seu filho para cá também, foi por onde começou, nos mandou de volta pra casa junto com nossa mãe e continuou a busca. Percebendo que não estava tendo sucesso ele mandou pessoas de sua confiança continuar a busca em outros mundos enquanto ele reunia os elfos em todo esse mundo que não quiseram abandonar as vidas que recomeçaram aqui temendo o retorno do caus em Kaliakay, e os convenceram ao menos a mandarem seus filhos anualmente para Elfanária, nossa escola de elfos para que aprendessem a magia e não perdessem a ligação com sua terra e seu povo. Você se surpreenderia com a quantidade de criaturas mágicas que existem aqui em sua terra Christian, todos debaixo dos narizes de vocês humanos, tão distraídos... - pensar sobre isso deixou Christian um pouco zonzo, a ideia de inúmeros mundos existentes, o fato de criaturas inumanas vivendo na terra todo esse tempo, era muita informação pra uma noite apenas.

- Nossa... - foi apenas o que ele conseguiu dizer no momento.

- Durante esses últimos anos temos vindo bastante aqui, meu pai ainda não desistiu de procurar. Ele não designou outros para continuarem a procurar aqui, pois ele tem uma forte intuição que esse é o lugar, e se alguém tinha que encontrar a criança, agora com a nossa idade, se ainda estiver viva o que acreditamos que está. Para não iniciar algum tipo de caça ao tesouro meu pai manteve essa busca eterna em segredo e manteve a desculpa de que ele próprio viria abrir o portal para os elfos que quiserem ir estudar em Elfanária todo ano. - Concluiu ela orgulhosa, Petrus continuava retraído, porem atento, na certa já ouvira aquela mesma história centenas de vezes.

- Onde a estatua de Andrius está? - - Christian sentiu uma curiosidade desconhecida em saber esta informação.

- No castelo de Luzkalhe, guardado por elfos guerreiros a mando de meu pai e do irmão de Andrius, Ítalo, que assumiu o trono depois da tragédia, que diga-se de passagem não parece muito interessado no paradeiro do seu sobrinho perdido. - ela disse em tom de segredo.

- Será porque ele sabe que se o herdeiro por direito retornando para Kaliakay simplesmente pode reivindicar o trono, e por que o povo não satisfeito com o seu reinado irá ficar inteiramente contente com este fato? - ironizou Petrus quebrando seu silêncio.

- Quem estava falando de especulações agora a pouco? - Sophia zombou.

- Fatos são fatos, boatos são boatos. - ele bufou insatisfeito com a comparação de Sophia.

- Bem, agora começo a entender o porque de vocês estarem aqui, mas como me encontraram hoje a noite no momento em que estava em perigo, foi coincidência? - Christian perguntou, interrompendo uma possível discussão.

- Eu respondo! - Petrus se levantou, parecendo interessado neste fato em especial, pensou Christian. - Estávamos apenas treinando previsão na bola de cristal antes do parque e como Sophia tem mais aptidão pra isso, viu você envolto de uma nuvem negra e achou que devíamos intervir, já que nunca tivemos uma visão com um humano antes. - ele pausou, avaliando Sophia que sorria. - ela também viu alguma coisa que a deixou ainda mais apreensiva - Petrus olhou para Sophia novamente enquanto ela desviava os olhos e o sorriso dela sumia. - Você não vai me contar mesmo não é? - ele perguntou, dando um ar de já ter insistido antes.

- Temo que você vá descobrir logo, mas não é algo de todo ruim.

- Então porque não me conta?

- Porque você sabe muito bem que as visões podem mudar e deixar você preocupado com isso pode piorar ainda mais o que quer que eu tenha visto, até porque não tenho certeza não é algo muito provável... - ela pareceu pensar muito sobre.

- Certo, certo, certo, você não quer me contar então não me deixe ainda mais curioso e apreensivo falando em enigmas. - definitivamente ele estava chateado com isso enquanto Christian também se perguntou o que poderia ter sido, pensando se a visão tinha ligação com ele. Talvez os elfos lessem mente ou talvez Petrus estava pensando o mesmo que Christian pois estava o olhando como se ele tivesse alguma resposta para o que ele queria saber, ou talvez se perguntando o que estava fazendo ali perdendo tempo com um simples humano quando já poderia ter ido embora.

- Então quer dizer que magia existe? - era a pergunta mais obvia que Christian poderia fazer, no entanto a mais resumida considerando o turbilhão de interrogações que começava a se formar na sua cabeça desde o momento que a noite começou a ficar estranha.

- Tanto quanto eu e você e o meu irmão chato aqui também. - disse ela tentando tocar em Petrus que se esquivou ainda emburrado, então ela acrescentou. - e que eu amo muito. - mas não adiantou, Petrus apenas revirou os olhos.

- Mas é permitido os humanos saberem sobre vocês? O tom que você usou quando disse que se eu soubesse o tanto de criaturas mágicas que vivem aqui... Me soou como se isso fosse algo em segredo.

- E é. Mas na visão você tinha que saber. - disse Petrus ironizando mais uma vez, e soando um pouco preocupado com a questão.

- E amanha nos veremos novamente, mas em circunstancias diferentes. - revelou Sophia, com um olhar curioso em Christian.

- Como assim? 

- Eu também não sei Petrus, eu realmente não sei...

- O que mais você não está me contando Sophia!? - Petrus caminhou firme para Sophia um tanto ameaçador.

- Não vamos falar sobre o futuro, afinal ele nem aconteceu ainda, e só podemos viver no presente. - ela disse caminhando para perto de Christian, indiferente as emoções do irmão.

- É realmente uma coisa surpreendente - começou Christian - saber que magia é real, que outros mundos existem, que tudo vai muito mais além do que eu conheço, tanto que se eu não estivesse sentindo meu coração ainda palpitar forte pelo que aconteceu lá atrás, e não sentisse o suor escorrer pelo meu rosto agora, eu acharia que tudo isso era apenas um sonho, mas... Eu preciso ir pra casa.

- Bem, nós podemos te levar, é mais seguro. - ela olhou para Petrus que assentiu em silêncio.

Christian estava realmente feliz com a ideia de reencontra-los até mesmo Petrus com seu humor inconstante, afinal ele salvou sua vida duas vezes aquela noite junto a sua irmã a qual Christian sentia um afeto se formar, talvez esse afeto se estendesse a Petrus também, pensou ele, talvez...

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