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O próprio pecado em forma de gente.

Acordo às oito horas. Não sei se é muito cedo para um domingo, mas essa não é minha casa e também não conheço a rotina daqui. Tomo um banho rápido, visto uma calça jeans e uma camiseta branca, calço os tênis e prendo os cabelos antes de escovar os dentes.

Antes de destravar a porta, vou até o meu esconderijo e pego o celular. Sorrio ao ver a notificação de mensagem.

Cinco e meia da manhã?

Ricardo não dorme?

Bom dia.

Me liga essa noite.

Já com saudades.

Ricardo.

Digito rapidamente:

Bom dia!

Você não dorme?

Acabei de acordar. Estou aguardando no quarto.

Te ligo hoje à noite.

Beijos.

Guardo o celular e destranco a porta. Vou até a sacada e observo o sol surgindo no horizonte, iluminando o telhado das casas abaixo de mim e um parque ao longe. As ruas ainda estão quase vazias.

O tempo passa devagar. Fico ali por um longo momento, tentando me acostumar com a ideia de que Dante Ferreira está por perto. Ele não mora aqui, mas está na casa. E isso já é o suficiente para me deixar tensa.

A simp
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