Aproveitamos ao máximo o tempo na Disney, proporcionando a Melinda uma experiência incrível. Passamos horas nos divertindo, e até mesmo o Daniel, conhecido por seus raros sorrisos, pareceu se divertir imensamente. Ele até sugeriu que deixássemos a Melinda aos cuidados de um atendente para que pudéssemos aproveitar uma atração da qual ela estava com medo, mas o Daniel estava ansioso para experimentá-la.– Vocês não podem sem mim! – Melinda bateu o pé e cruzou seus braços.– Melinda, não me estressa. – Diz Daniel deixando uma família passar na nossa frente, porque Melinda estava atrapalhando ele de entrar. – Você vai ficar aqui quietinha…– Sou uma
P.V. Layla BarrettOlhei os meus pais indo de um lado para o outro em uma conversa entre si. Trabalho e mais trabalho, às vezes me pergunto se eles param alguma hora no dia para se abraçar ou se beijar. É nesses momentos que eu me sinto invisível perto deles. Quase sempre. É a hora do café da manhã e eles não se dão ao trabalho de sentar e comer.– Você ligou para aquele fornecedor que te pedi ontem?– Eu sou uma pessoa só, Cecília. – Meu pai esbraveja. – Tem uma reunião agora cedo. Passei a noite de ontem toda planejando cada detalhe.– Uma ligação, Fernando. – Cecília fala irritada e começa a digitar alguma coisa no seu celular. – Você só precisa fazer uma ligação.Meu pai diz alguma coisa que eu não consigo entender. Como mais um pedaço do meu pão olhando eles discutindo.– Uma ligação que você pode fazer facilmente, querida.Se um olhar pudesse matar, meu pai não teria chance de dizer as últimas palavras. Sorri. Infelizmente a minha ação acabou chamando a atenção deles.– Por que
P.V. Daniel Hart– Pode falar. – Atendi o telefone, olhando os papeis em minha mão.– A senhorita Cameron está aqui, senhor. – Minha secretaria diz.– Deixe entrar. – Desligo sem esperar uma resposta.Assino os papéis confirmando mais um projeto. A porta é aberta segundos depois, Sophia Cameron entra na sala bem vestida como sempre. Vestindo um vestido tubinho preto, social Oxford, justo em seu corpo. Seu cabelo em ondas negras indo até o meio das costas.– Já acertei com seu pai sobre a nova quantidade de peças que será realizada para a coleção dos carros. – Abrir a gaveta do lado esquerdo da minha mesa e eu peguei uma pasta.Não tem porque a Sophia ter vindo aqui, há não ser que tenha havido algum problema. Olho para ela.– Você sempre indo direto ao assunto. – Sophia está com as mãos de frente ao corpo e um sorriso no rosto.– Sabe que não gosto de perder o meu tempo, Sophia. – Olhei a quantidade de papéis naquela pasta e passei a língua preguiçosamente pelo lábio. – O que você faz
P.V. Layla BarrettCecília e Fernando Barrett são donos de uma marca de roupas femininas e masculinas. Não tão famosa no mercado e o serviço é totalmente terceirizado, o que não tem um lugar fixo e uma grande empresa para comandar. Mas conseguimos um bom dinheiro, o que nos torna ricos, não tenho problema algum em ser rica. Além dessa empresa de roupas, eles lidam muito com investimentos, o que na maioria das vezes acaba saindo boa parte desse dinheiro dos investimentos feitos.É bom, mas acaba não dando tanto valor para a loja.Sou uma pessoa bem criativa e modesta parte, sou boa no que faço. Gostaria muito de ajudar eles em toda questão de marketing da empresa, mas a escolha da minha faculdade para eles é perda de tempo. Gosto de desenhar e tenho me aventurado até mesmo em alguns rascunhos de algumas roupas, consegui vender o figurino e assim consigo um dinheiro além do que meus pais me dão. Trabalho com muito freelancer em alguns sites e que meus pais não descubram isso.– Então vo
P.V. Layla Barrett– Sim, eu sou uma mulher. – Arqueio uma sobrancelha. – Está desapontado?Ele me olha descendo o seu olhar lentamente pelo meu corpo e subindo novamente.– Você é bem ousada. – Sua voz sai baixa e seus olhos estreitos em minha direção. Parecia estar controlando o seu tom de voz.Não queria aquele olhar que ele direcionou ao Gabe, mas não consegui segurar minha língua.– Quer que eu prove? – Continuei desafiando ele. – Pode ser que você goste.Estou com raiva, muita raiva, mas não é dele que estou com raiva. Por que não pode me deixar em paz? Tudo devido ao que eu visto? Estou agredindo alguém por usar moletons? Estou matando alguém por isso? Por que simplesmente não me deixam em paz?! Senti meus olhos marejados e virei meu rosto, evitando olhar para ele.– Sou Daniel Hart. – Ele estende a mão em minha direção. Olhei para sua mão e depois para o seu rosto. – Fui convidado a dar uma palestra aqui hoje.Com um leve franzido em sua testa, posso dizer que ele não está mui
P.V. Daniel HartParei no meio do corredor, piscando algumas vezes.Ela não me disse o nome dela.Fico tentado a me virar e volta… Não, eu não vou. Por que eu iria? Nego com a cabeça e sigo em direção a sala de Edmon Willis. Sua secretária rapidamente se apressa em me guiar até a sala de Edmon e acaba se atrapalhando, suspirei irritado. Ela percebe e se atrapalha mais ainda.– Sr. Hart, é um prazer vê-lo. – Edmon com grande sorriso no seu rosto, ele estende a sua mão, aperto, mas recusei um abraço. – Por favor, sente-se.Edmon é diretor dessa faculdade há mais de 7 anos e realiza um bom trabalho. É elogiado por muitos, mas parece que quem deixamos algo passar. Ele tem seus 45 anos, o filho mais novo da família Willis. Seu cabelo é bem curto e preto, com alguns fios brancos se fazendo presente. Edmon deve ter uns 1,70 de altura, rechonchudo e tem bigode. Ocupo a cadeira em sua frente abrindo um dos botões do meu terno.– Agradeço por aceitar o convite…– Ao chegar me deparei com uma ce
P.V. Layla BarrettColoquei o caderno contra a parede. Os traços não estavam saindo como eu queria, solto um xingamento baixo ignorando as pessoas que passam ao meu redor. Soltei a minha mochila no chão e me sento ao lado dela, cruzando as minhas pernas. Agora toda curvada por cima do caderno consigo ter uma precisão maior e realizando o traço daquela calça com perfeição.Pego a borracha para dar uma apagada no cós e refazer a parte esquerda, a borracha acaba escapando da minha mão e eu me estico para pegar ela como se minha vida dependesse daquela borracha.– Fica quieta! – Brigo com a borracha.Apago e refaço.– Você sabe que ficará com dor de coluna, não é? – A voz grave é inconfundível.Virei a minha cabeça lentamente em direção da voz. Daniel. Faz uma semana que eu não o via.– É sempre pode tentar posições novas, senhor Hart. – Daniel inclinou a cabeça para o lado e os seus lábios se curvaram em um sorriso malicioso. Arregalei os olhos. – O desenho! – Me apresso em dizer e lev
Caminho aleatoriamente pelo estacionamento. Não faço a mínima ideia de qual seja o seu carro, ele esqueceu de informar essa parte. Idiota! Ele não tem direito nenhum de confessar o meu caderno, aí a senhora já tinha terminado e começar outra peça. Tenho até a noite de hoje para entregar.Daniel transpira muito conhecimento. Pelo jeito que fala, poucos movimentos para conseguir se expressar e sua história de vida. Não é um homem que se envolve em polêmicas, trazendo uma segurança. Segurança que digo é uma pessoa de exemplo no profissionalismo. De família rica, mas que aproveitou bem as oportunidade e como ele mesmo diz criou essas oportunidades.E mesmo assim ele não tem direito de confiscar o meu caderno.– Está perdida, Layla. – Olhei para ele. Daniel acabou de sair do elevador. Olhei para sua mão e não vi meu caderno.– Cadê meu caderno, senhor Hart?– Esse caderno não parece ser um simples caderno de desenho. – Daniel pelo estacionamento, provavelmente indo até seu carro. Vou atrá