Nunca vou me acostumar com salto alto, sinto que estou andando em uma corda bamba e a ideia não me anima em nada. Essa era uma das primeiras festas formais das quais Daniel e eu estávamos presentes como casal e agora casados, desde que foi assumido a público nosso relacionamento corremos de tudo que foi possível dos holofotes. Ontem houve um jantar na casa de um amigo e cliente de Daniel, havia mais gente do que o esperado e claro que esse amigo aproveitou a oportunidade para nos exibir em sua casa.Hoje estamos em uma festa produzida pela MoNavu da qual estaria divulgando as suas mais novas parcerias. Eu queria financiar uma festa à parte entre mim e MoNavu, apenas para que eu possa ter mais destaque, o que não era necessário. Agradecia meu marido constantemente por sempre querer me deixar nas alturas, mas gostaria de estar em contato com as outras parcerias. É uma forma de todos se conhecerem e ter uma noção de quem me aliar futuramente. Já conquistei uma grande influência por casar
O Sr. Moreau, dono da MoNavu, subiu ao palco fazendo um longo discurso e agradecendo a presença de todos. Depois foi apresentado via um vídeo a parceria feita com cada um dos parceiros. Melinda me cutucou, olhei para ela que apontou para Daniel. Com um lindo sorriso no rosto sussurrou um “parabéns” automaticamente me lembrei do primeiro evento que tivemos juntos na época da faculdade. Estava tão incomodada por estar usando vestido e salto alto e todas aquelas pessoas me olhando, passei anos e mais anos fugindo das atenções. Naquela noite consegui todas as atenções possíveis. Porém, Daniel estava lá, o homem do qual nunca imaginei que meses depois estaria casada.Ele disse que conseguiria e aquele momento mesmo visto de longe, e duvidando que eu pudesse ter visto coisa. Não imaginava que aquela palavra poderia ter tanto significado.Um tempo depois todos os parceiros juntamente com os diretores da MoNavu e o Sr. Moreau subiu ao palco para tirar fotos juntos, mas dessa vez sem entrevist
Aproveitamos ao máximo o tempo na Disney, proporcionando a Melinda uma experiência incrível. Passamos horas nos divertindo, e até mesmo o Daniel, conhecido por seus raros sorrisos, pareceu se divertir imensamente. Ele até sugeriu que deixássemos a Melinda aos cuidados de um atendente para que pudéssemos aproveitar uma atração da qual ela estava com medo, mas o Daniel estava ansioso para experimentá-la.– Vocês não podem sem mim! – Melinda bateu o pé e cruzou seus braços.– Melinda, não me estressa. – Diz Daniel deixando uma família passar na nossa frente, porque Melinda estava atrapalhando ele de entrar. – Você vai ficar aqui quietinha…– Sou uma
P.V. Layla BarrettOlhei os meus pais indo de um lado para o outro em uma conversa entre si. Trabalho e mais trabalho, às vezes me pergunto se eles param alguma hora no dia para se abraçar ou se beijar. É nesses momentos que eu me sinto invisível perto deles. Quase sempre. É a hora do café da manhã e eles não se dão ao trabalho de sentar e comer.– Você ligou para aquele fornecedor que te pedi ontem?– Eu sou uma pessoa só, Cecília. – Meu pai esbraveja. – Tem uma reunião agora cedo. Passei a noite de ontem toda planejando cada detalhe.– Uma ligação, Fernando. – Cecília fala irritada e começa a digitar alguma coisa no seu celular. – Você só precisa fazer uma ligação.Meu pai diz alguma coisa que eu não consigo entender. Como mais um pedaço do meu pão olhando eles discutindo.– Uma ligação que você pode fazer facilmente, querida.Se um olhar pudesse matar, meu pai não teria chance de dizer as últimas palavras. Sorri. Infelizmente a minha ação acabou chamando a atenção deles.– Por que
P.V. Daniel Hart– Pode falar. – Atendi o telefone, olhando os papeis em minha mão.– A senhorita Cameron está aqui, senhor. – Minha secretaria diz.– Deixe entrar. – Desligo sem esperar uma resposta.Assino os papéis confirmando mais um projeto. A porta é aberta segundos depois, Sophia Cameron entra na sala bem vestida como sempre. Vestindo um vestido tubinho preto, social Oxford, justo em seu corpo. Seu cabelo em ondas negras indo até o meio das costas.– Já acertei com seu pai sobre a nova quantidade de peças que será realizada para a coleção dos carros. – Abrir a gaveta do lado esquerdo da minha mesa e eu peguei uma pasta.Não tem porque a Sophia ter vindo aqui, há não ser que tenha havido algum problema. Olho para ela.– Você sempre indo direto ao assunto. – Sophia está com as mãos de frente ao corpo e um sorriso no rosto.– Sabe que não gosto de perder o meu tempo, Sophia. – Olhei a quantidade de papéis naquela pasta e passei a língua preguiçosamente pelo lábio. – O que você faz
P.V. Layla BarrettCecília e Fernando Barrett são donos de uma marca de roupas femininas e masculinas. Não tão famosa no mercado e o serviço é totalmente terceirizado, o que não tem um lugar fixo e uma grande empresa para comandar. Mas conseguimos um bom dinheiro, o que nos torna ricos, não tenho problema algum em ser rica. Além dessa empresa de roupas, eles lidam muito com investimentos, o que na maioria das vezes acaba saindo boa parte desse dinheiro dos investimentos feitos.É bom, mas acaba não dando tanto valor para a loja.Sou uma pessoa bem criativa e modesta parte, sou boa no que faço. Gostaria muito de ajudar eles em toda questão de marketing da empresa, mas a escolha da minha faculdade para eles é perda de tempo. Gosto de desenhar e tenho me aventurado até mesmo em alguns rascunhos de algumas roupas, consegui vender o figurino e assim consigo um dinheiro além do que meus pais me dão. Trabalho com muito freelancer em alguns sites e que meus pais não descubram isso.– Então vo
P.V. Layla Barrett– Sim, eu sou uma mulher. – Arqueio uma sobrancelha. – Está desapontado?Ele me olha descendo o seu olhar lentamente pelo meu corpo e subindo novamente.– Você é bem ousada. – Sua voz sai baixa e seus olhos estreitos em minha direção. Parecia estar controlando o seu tom de voz.Não queria aquele olhar que ele direcionou ao Gabe, mas não consegui segurar minha língua.– Quer que eu prove? – Continuei desafiando ele. – Pode ser que você goste.Estou com raiva, muita raiva, mas não é dele que estou com raiva. Por que não pode me deixar em paz? Tudo devido ao que eu visto? Estou agredindo alguém por usar moletons? Estou matando alguém por isso? Por que simplesmente não me deixam em paz?! Senti meus olhos marejados e virei meu rosto, evitando olhar para ele.– Sou Daniel Hart. – Ele estende a mão em minha direção. Olhei para sua mão e depois para o seu rosto. – Fui convidado a dar uma palestra aqui hoje.Com um leve franzido em sua testa, posso dizer que ele não está mui
P.V. Daniel HartParei no meio do corredor, piscando algumas vezes.Ela não me disse o nome dela.Fico tentado a me virar e volta… Não, eu não vou. Por que eu iria? Nego com a cabeça e sigo em direção a sala de Edmon Willis. Sua secretária rapidamente se apressa em me guiar até a sala de Edmon e acaba se atrapalhando, suspirei irritado. Ela percebe e se atrapalha mais ainda.– Sr. Hart, é um prazer vê-lo. – Edmon com grande sorriso no seu rosto, ele estende a sua mão, aperto, mas recusei um abraço. – Por favor, sente-se.Edmon é diretor dessa faculdade há mais de 7 anos e realiza um bom trabalho. É elogiado por muitos, mas parece que quem deixamos algo passar. Ele tem seus 45 anos, o filho mais novo da família Willis. Seu cabelo é bem curto e preto, com alguns fios brancos se fazendo presente. Edmon deve ter uns 1,70 de altura, rechonchudo e tem bigode. Ocupo a cadeira em sua frente abrindo um dos botões do meu terno.– Agradeço por aceitar o convite…– Ao chegar me deparei com uma ce