— Agradecer por ter cuidado das minhas meninas esses anos. Por ter ajudado Angel. Mesmo tendo feito merda comigo e com ela.
Ele me olhou surpreso. Qual é? Eu sou tão ruim assim?— Não precisa agradecer, eu fiz o que eu senti que devia fazer. Eu amo Angel e agora amo ainda mais Aurora. Ela é minha filha também e eu não vou abrir mão disso.Dei uma risada baixa e cruzei meus braços me forçando a encará-lo.— Eu entendo a sua amizade com Angel e com a minha filha, sei que vai ser difícil pra vocês dois essa mudança agora. Eu não quero que minha filha pare de te ver.— Oh. — foi tudo o que ele disse.Caramba, eu realmente sou um novo Gabriel.— Eu não amo Angel apenas como você imagina, ela sabe disso. E eu não vou parar de lutar pelo amor dela.Agora eu ri.— PAssim que cheguei do lado de fora, vi Jose indo embora em seu carro com Judi. Já era quase noite e eu tinha passado o dia fora resolvendo as coisas. Queria contar aAngel que iria investir um dinheiro na cidade ao lado com um novo negócio. Eu sei que ela tem seu emprego como veterinária, já que terminou a faculdade depois que Aurora nasceu e começou a trabalhar na única clínica de Lakewood, mas eu também preciso de um trabalho. Fiquei um bom tempo sozinho do lado de fora, até queAngel apareceu com seus olhos carregados de lágrimas.— Eu não sabia. Eu não sabia. — ela começou a falar, enquanto me agarrou em um abraço.— O que foi? — perguntei preocupado.— Eu li a sua carta. — ela começou a tentar limpar as lágrimas, mas assim que limpava, outras desciam. — Eu não sabia que me amava e que estava pres
Hoje não era o dia de sorte deGabriel, já era a terceira vez que o chamavam dizendo que algum bêbado tinha esbarrado em sua Harley Davidson preta. Aquilo o irritava tanto que ele mal enxergava quem estava em sua frente. Ele empurrou várias garotas que lotavam a sala de sua casa cara até chegar no jardim da frente.— Ainda quer continuar vivo? —Gabriel disse, puxando o pescoço de um garoto que alucinava olhando para o céu — O que eu disse sobre não chegar perto da minha moto? Você não sabe as regras?Todos em volta olhavam apreciando a briga que estaria prestes a acontecer, eles gritavam cada vez mais alto pedindo sangue. O pobre garoto magro, que agora estava sobre as mãos firmes e fortes do valentão de cabelos escuros engoliu em seco quando percebeu que iria sair dali machucado. Ele estava sobre efeito de alguma droga, não muito diferente de todos dali. A
A cidade antiga e pequena exalava perfume de rosas por toda a parte. Provavelmente deveria ser pela maioria da população idosa do local.Gabriel andava pelas ruas procurando o endereço que não seria muito difícil de encontrar, as ruas eram extremamente apertadas e curtas. A cada rua que ele passava, conseguia ver um casal de idosos caminhando sorridentes pelas praças que eram comuns por ali.Algumas barracas de venda sobre a calçada, mais idosos jogando xadrez em uma outra praça pouco movimentada. O bad boy em cima da moto, venerada por ele, ainda não acreditava que viveria um inferno ali. Ele acabara de perder sua vida, sua faculdade, seus jogos de futebol, suas festas e o que ele mais temia perder: suas mulheres.— Vamos ter que aprender a gostar de velhas. —Gabriel resmungou para sua moto. Ele era incapaz de amar alguém que não fosse sua motocicleta ou ele mesmo.Fri
Uma fina linha de suor escorria sobre seu abdômen musculoso, era difícil ficar parado sem algum tipo de proteção. Ele caminhou até o velho armário em seu quartinho e abriu uma gaveta que rangia de tão velha. Uma pilha de camisetas brancas exatamente iguais, estavam ali dobradas ao lado de uma pilha de calças jeans extremamente largas.Gabriel balançou a cabeça em reprovação com as calças tão largas, ele nunca as usariam. Pegou uma camiseta branca e a vestiu enquanto continuou com seu jeans apertado e surrado, tirou suas botas e colocou a bota que ganhara no hospital, sua perna ainda doía. Ele olhava a longa lista de tarefas a sua frente e debochava, pensando que o reverendo estava imaginando que ele iria fazer todas as obrigações. Depois de um longo suspiro, se jogou na pequena cama ao seu lado. Ela era horrível, nada comparado a sua imensa cama box. 
Não demorou muito para queAngel descobrisse que algum animal na fazenda tinha mordido a pata da pobre égua. A garota correu para pegar alguns curativos e remédios.Gabriel apenas a olhava atentamente, cada detalhe que suas mãos faziam, cada expressão que o rosto perfeito da garota fazia, era como se ele estivesse admirando uma rara peça de arte. Ele nunca tinha visto algo tão parecido como aquilo, ela era única.— Você pode me levar em casa? — a voz deAngel tirouGabriel do transe.— Não quer me fazer companhia? — um sorriso surgiu no canto do rosto do garoto. A menina não disse nada, as suas bochechas arderam na hora. — Eu estou brincando, mas se você quiser ficar...— Não, obrigada. Meu pai está me esperando. —Angel se virou caminhando até a moto muito bem cuidada.— Que pena, lindinha
"Cara, eu te odeio muito agora!" — eu disse enquanto me afastava da perdição ao meu lado."Você some com o meu carro e ainda fala que me odeia? Por favor,Gabriel!"— Lewis tinha uma voz séria, mas com um pouco de sarcasmo."Eu sei que você me ama, seu gostosão" — era assim que nos relacionávamos desde quando eu tinha 12 anos. Ele era como um irmão pra mim."Seu idiota! Me deixou com vergonha agora. Onde você está? Cadê o meu carro?""Está tudo bem comigo, obrigado por perguntar. E sobre o seu carro, longa história e eu não estou muito a fim de contar. Pode escolher qualquer um da minha garagem pra você" — eu olhei para trás e pude verAngel me olhando assustada. Ela examinava cada parte do meu corpo, aquilo estava me matando."Merda,Gabriel! Seu tio disse que foi assaltado e agora voc&e
ANGEL—Angel!Angel! — aquilo já não parecia mais meu sonho, parecia real — Lindinha, acorde.Meus olhos se abriram preguiçosamente até encontrar o olhar acinzentado deGabriel. Aqueles olhos tinham me perseguido durante toda a noite, eu nunca tinha tido um sonho como esse. Ele estava com o cabelo mais bagunçado do que o normal, seu corpo se espreguiçava em minha frente enquanto me sacudia tentando me despertar.— O seu velho está no telefone. — a voz de manhã do homem a minha frente era mais sexy do que ontem. Ele parecia ter saído de um CD de rock extremamente quente. Eu não percebi que estava sorrindo. Sua grande mão me entregou um telefone — Eu disse pra ele que estávamos hospedados em um hotel, quartos diferentes, claro. — ele me deu uma piscada. MEU. DEUS. Ele piscou pra mim e algo em meu corpo que eu n&at
— Eu vim te trazer o almoço, papai foi para a fazenda. — ela era tão delicada enquanto falava, que eu queria agarrá-la com as minhas enormes mãos e morder cada parte do corpo dela.— Sentiu minha falta? — arqueei minhas sobrancelhas dando um sorriso torto, que eu estava ciente que a deixava louca. Ela não disse nada, apenas esticou seus bracinhos pálidos que seguravam uma vasilha grande até mim. Abri a vasilha e me assustei com a quantidade de comida — Wow, lindinha, quanta comida! Você me trouxe esse monte só por causa do meu tamanho, foi? — sim, eu como muito, mas a quantidade ali dentro era exorbitante.— Me desculpe, eu só não sabia como você gostava. — ela apertava suas mãos como se estivesse constrangida, e ela estava. Deixei a vasilha sobre a mesa e me aproximei da menina.— Eu gosto assim,Angel. Tudo que você