- Bem amigos, lá vai. Essa história minha mãe nos contava quando éramos crianças e eu sempre me arrepiava ao ouvi-la; Não sei de quem ela ouviu, mas em várias ocasiões ela nos contava essa história: - Começou Peter, não sei quem, decidiu que devíamos contar histórias e lendas.
- Havia um pai que ficara viúvo com uma filha pequena, porém logo ele voltou a se casar - Peter começou a narração. - A garota era linda, educada e meiga. Tinha uns cinco anos, e a madrasta logo de início já não se afeiçoou à pequena. Implicava com ela, achava motivos para que ela fosse corrigida pelo pai e por mais que a menina fosse doce, ela passava cada dia mais a odiá-la.
"A garota tinha os cabelos lindos, dourados que luziam à luz do sol. Seus cabelos iam até abaixo de sua cintura, liso e brilhante.
" Um certo dia - Continuava Peter - O pai da menina precisou viajar a trabalho, e ficaria por quase uma semana fora. A filha implorou para que ele não fosse, pois temia ficar só com a madrasta que só a maltratava, e fazia isso na ausência do pai. Indo ficar dias fora, a menina ficou preocupada com o que sua madrasta poderia lhe fazer. O pai a acalmou, disse para não se preocupar que logo ele estaria de volta.
" Nem bem seu pai viajou na madrugada seguinte, a madrasta começou a tortura á criança, provocando-a, dizendo que ela teria que fazer todo o serviço da casa, levando-a a exaustão até o fim do dia. E dizia ainda constantemente que seus cabelos eram horríveis e oleosos, coisa que a garotinha nem entendia. Porém, sua ira aumentou ainda mais quando ao fim do primeiro dia a sós com a garota, e tendo a submetido a diversos tipos de crueldades, a pequena lhe chamou de mãe, dizendo que já havia terminado as tarefas.”
" Ela, a madrasta, sendo muito maior e mais forte, em sua ira, pegou a garota pelo pescoço e disse para que ela jamais a chamasse novamente de mãe! Porém, ainda que a garota chacoalhasse a cabeça em concordância, a mulher não afrouxou o aperto no pescoço a asfixiando. Uma lágrima rolou do rosto infantil e um pedido mudo de misericórdia, não demoveu a intenção da mulher. Ela ficou roxa e logo deixou de respirar.”
"Agora passado seu desespero, a malvada não sabia o que faria com o corpo sem vida da criança, ela não sabia como explicaria para o pai quando esse retornasse, e resolveu que o melhor a se fazer, seria enterrá-la no fundo do quintal, pois se ela fosse vista por qualquer pessoa, saberiam que ela havia sido estrangulada e não um simples acidente.”
" Com isso em mente, ela cavou um buraco profundo bem ao fundo do quintal, para que não chamasse a atenção dos bichos que poderiam ser alertados para um corpo enterrado. Ela, após enterrar profundamente a garota, plantou algumas flores para disfarçar o mexido no quintal que já era gramado.”
"Ela chamou a Polícia, dizendo que sua filha havia desaparecido. Que a procurava há horas e não a encontrara. Em seguida ligou para o pai, que veio desnorteado para casa. A Polícia, os vizinhos, amigos e parentes, todos passaram a procurar a inocente criança sem sucesso, inclusive a própria madrasta que se mostrava desesperada. Foram dias de buscas infrutíferas, até que a Polícia por fim abandonou o caso por não terem mais onde procurar, haviam procurado em cidades próximas, com helicópteros por dias e nada resultara.
" Passaram se meses, o pai já desesperançado, vivia se corroendo de remorsos por não ter ouvido os apelos da filha para que não fosse viajar. Sua esposa o acalmava dizendo que ele não tivera culpa, mas ele chorava dia após dia e nunca se cansava de procurar pela filha.”
" Um domingo ensolarado, ele resolveu cortar um pouco o gramado do quintal e podar algumas flores, coisa que ele sempre fazia com a filha. Ele notou que o gramado estava alto, porém viçoso, lindo como ele nunca antes tinha visto. Ele estava igualado e não assimétrico como sempre costumava ficar. Ele foi à garagem, pegou sua tesoura de poda e uma enxada para transplantar algumas mudas de plantas. Quando ele deu a primeira enxadada no chão, ouviu um gemido que o arrepiou. Ele parou, se sentou na grama e tentou ouvir novamente mas só havia silêncio.”
" Ele pensou que isso se devia ao sol já alto, e ele estar imaginando coisas, sendo assim continuou o que havia começado e novamente ele ouviu um gemido triste mais alto dessa vez. Agora ele tinha certeza que não era coisa de sua cabeça, e quando estava na quarta vez em que fincava a enxada no solo, o gemido se transformou e ele ouviu alto e claro:”
- Papai, não corte meu cabelo...
"A voz era de sua filha, e ele entrou em desespero e continuou a cavar o chão, mas a voz agora um lamento doloroso e mais alto insistia:”
- Papai, por favor, não corte mais o meu lindo cabelo.
"O pai agora cavava como um insano, com as próprias mãos, as lágrimas se misturavam à terra, ele cavocava agora gemendo junto com sua filha. Ao chegar mais fundo, ele encontrou os lindos cabelos de sua filhinha, bem como o restante de seu corpinho já em estado de decomposição acelerado.”
" Sua esposa, ao chegar, ouviu apenas os lamentos do pai, ela estava surda para a criança a qual ela ceifara a vida. Apenas o pai ouvia o chamado da filha. Ela tentou fugir, porém a Polícia não tardou a encontrá-la, porém a doce filha inocente, jamais voltaria para seu pai…”
Ao terminar seu conto, ou história, Keyla chorava indignada fazendo mais questionamentos ao amigo, que só tinha ouvido isso de sua mãe.
Podíamos ter ficado apenas com essa história e mudar de assunto. Afinal, assuntos era o que não nos faltava. Mas essa história despertou em cada um, uma lembrança, um conto ou lenda e disputavam entre si quem ia contar uma boa, agora.
O CONTO DE TRYNDADE- Bem, eu também me lembro de inúmeras histórias de minha infância. Algumas eu creio que vá mudando conforme as gerações se passam. A que vou contar para vocês hoje, aconteceu com meu irmão mais velho e meu saudoso pai; meu pai era alcóolatra, e nos contava diversos contos, que podíamos até pôr em dúvida, porém essa história, meu irmão estava junto e até hoje ele nos conta como foi, e nos garante a veracidade. Nunca duvidamos do meu irmão, nem quando aconteceu, nem agora." Éramos bastante irmãos, como vocês já sabem, e quando pequenos, vivíamos implorando a nosso pai que nos levasse com ele ao bar. Ele sempre encontrava os amigos à noite em um boteco após escu
O CONTO DE WEV:- Nossa, em minha família há muitas histórias - Começou Wev, nosso garoto especial, todo sorridente, como sempre, com seus fones de ouvidos caídos no pescoço e seu chiclete esquecido - Essa que vou contar, não é nada sobrenatural, como a de vocês, mas ficou gravada em minha cabeça:" Por onde começar? Ah sim, vou contar de quando minha irmã mais velha ficou presa - Começou o garoto, ele e Kayla eram, sem dúvida os mais animados do nosso grupo e nos fazia dar boas risadas todos os dias. - Lá, ela conheceu muitas mulheres e muitas histórias… Nossa, mas deixe primeiro eu falar de minha irmã e sua rebeldia, motivo esse que a levou a ser presa. Ela sempre foi a ovelha negra da família e, apesar dos apelos de minha mãe, e
" Quando a carcereira passou, por volta das vinte horas , batendo com o cassetete nas barras, ela ficou rígida. A carcereira avisou que a luz se apagaria em meia hora, e que não queria barulhos ou bagunça após as luzes terem se apagado.”“ Uns dez minutos antes que as luzes fossem apagadas, a obesa olhou pra ela sorrindo e avisou:- Magrelinha, quando as luzes se apagarem, todas vocês vão me chupar, ok? Uma por uma até eu gozar, se eu já tiver gozado antes do rodízio ficar completo, não parem até que eu tenha gozado novamente. Fui clara? - Continuava Wev." Todas chacoalharam a cabeça em concordância, resignadas. Á Luccy não passou despercebido que isso acontecia todos os dias, e que elas já se h
O CONTO DE KEYLAKeyla era alegre e tagarela. Falava rápido e por vezes tínhamos que a interromper para que repetisse o que dissera, pois quanto mais empolgada ou nervosa ficasse, mais rápido ela falava.Seu conto também era uma história que aconteceu à ela mesma quando era uma garotinha do segundo ano escolar. Ela dizia que odiava quando ouvia pessoas tirarem sarro sobre a lenda da loira do banheiro, porque ela havia passado por uma situação na infância que a havia traumatizado até hoje. Quando a questionamos se ela havia visto a tal loira, ela começou sua história:- Não, eu nunca vi a loira, porém tenho certeza de que ela esteve sim naquele banheiro de minha escola quando eu era criança. E vou lhes explicar o porqu&eci
" Eu não tinha medo como a maioria das meninas, apesar de meio cética, confesso que não ia ao banheiro sozinha,vai que né?”" Pois bem, em um dia como outro qualquer, lá estava eu sentada no pátio da escola. Aquele dia, tinham servido biscoitos de água e sal e uma caneca de leite com chocolate. Eu degustava tranquila, quando percebi um par de pés à minha frente. Sandálias brancas de marca, branquinha sem nem um arranhado. Levantei os olhos e me deparei com Letty a me observar; ela estava apreensiva, tinha um meio sorriso nos lábios e percebi que estava desinquieta, ela passava uma perna na outra, no típico movimento de vontade fazer xixi.”"Continuei mastigando e levantei uma sobrancelha em sinal de interrogação á ela, que me perguntou:
- Ela resolveu enfrentar seu medo sozinha para fazer sua necessidade antes de voltar para a classe. Eu, em minha arrogância juvenil, a deixei ir sozinha por pura pirraça ou maldade mesmo. Todos fomos entrevistados pelo diretor e em seguida pela própria Polícia, incansavelmente, e por vários dias. A Policial que me entrevistou era meiga e gentil. E eu queria mais do que ela saber o que havia acontecido naquele banheiro. Ela sorria e dizia que não podia dar informações da investigação em curso, e me crivava de perguntas. Não sei porque eu nunca consegui dizer que Letty havia me pedido para acompanhá-la… não era medo, isso eu sei. Creio que eu negando para todos, me sentisse menos culpada e passasse a também acreditar que a culpa não era minha. A única coisa que consegui tirar da investigadora, foi que a encontraram sozinha na
O CONTO DE ANGEL- Bem gente, como vocês, eu tenho inúmeras histórias para contar- Começou Angel, que por incrível que pareça, tem o corpo, o rosto e os cabelos de um anjo, além da voz angelical. Sempre zoamos seu modo delicado de ser, parecia uma bonequinha delicada ao falar. Sua educação sempre foi admirável .Muitas vezes, nós saíamos da pose de pessoas equilibradas e começávamos a falar um por cima do outro, interrompendo um ao outro, mas nunca Angel. Ela era de uma paciência admirável. Seus cabelos eram claros e todo cheio de cachos, o que lembrava mesmo um anjo. Sua estatura era diminuta perto de nós todos, e por vezes a chamávamos de nosso chaveirinho, ou dizíamos que ela era café com leite, o que a irritava muito, e hoje não consigo evitar um sorriso quando me lemb
“ O mais estranho, era que ele estava alheio a todas as pessoas que estavam ali por ele. Ele com suas pernas cruzadas chacoalhando-as, conversava com uma pessoa. Gesticulava, às vezes ria, mas parece que o assunto estava interessante. Fiquei o fitando por alguns minutos, e como se soubesse que estava sendo observado, ele me olhou e seu sorriso se iluminou.”" Eu era apenas uma criança, mas pude perceber que ele estava feliz e aliviado. Ele chegou a fazer um gesto com a mão, como a me chamar para juntar se á ele e á seu ou sua parceira de conversa, que eu não me lembro quem ou como era."" Minha mãe me segurava pela mão, e tentei me desvencilhar dela para ir até ele ver o que ele queria, porém ela apertou com mais força minha mão em sinal de que não era para eu