O CONTO DE ANGEL
- Bem gente, como vocês, eu tenho inúmeras histórias para contar- Começou Angel, que por incrível que pareça, tem o corpo, o rosto e os cabelos de um anjo, além da voz angelical. Sempre zoamos seu modo delicado de ser, parecia uma bonequinha delicada ao falar. Sua educação sempre foi admirável .Muitas vezes, nós saíamos da pose de pessoas equilibradas e começávamos a falar um por cima do outro, interrompendo um ao outro, mas nunca Angel. Ela era de uma paciência admirável. Seus cabelos eram claros e todo cheio de cachos, o que lembrava mesmo um anjo. Sua estatura era diminuta perto de nós todos, e por vezes a chamávamos de nosso chaveirinho, ou dizíamos que ela era café com leite, o que a irritava muito, e hoje não consigo evitar um sorriso quando me lemb
“ O mais estranho, era que ele estava alheio a todas as pessoas que estavam ali por ele. Ele com suas pernas cruzadas chacoalhando-as, conversava com uma pessoa. Gesticulava, às vezes ria, mas parece que o assunto estava interessante. Fiquei o fitando por alguns minutos, e como se soubesse que estava sendo observado, ele me olhou e seu sorriso se iluminou.”" Eu era apenas uma criança, mas pude perceber que ele estava feliz e aliviado. Ele chegou a fazer um gesto com a mão, como a me chamar para juntar se á ele e á seu ou sua parceira de conversa, que eu não me lembro quem ou como era."" Minha mãe me segurava pela mão, e tentei me desvencilhar dela para ir até ele ver o que ele queria, porém ela apertou com mais força minha mão em sinal de que não era para eu
" Me debrucei sobre sua cadeira, abracei suas pernas finas que não sentiam toque e implorava a Deus que lhe desse uma chance."“ Meu irmão mais velho me arrastou dali, me sentou no sofá e pediu para eu parar com aquilo, pois estava assustando minha mãe e o próprio doente. Mas eu estava ensandecida, não conseguia me controlar.”- Ele vai morrer, vocês não se deram conta? Vocês são idiotas?! De nada adiantará a emergência o levar - Eu dizia tudo isso aos berros, as lágrimas escorriam em abundância e minha mãe arregalou os olhos e caiu de joelhos, dizendo que eu estava louca. Eu repetia agora só em um lamento, que ele já estava morrendo." Meu irmão doente, pediu que meu irmão mai
- Antes de começar, quero dizer que estão todos convidados para um churrasco em minha casa amanhã, e não aceito um não como resposta! Minha tia avó Itassira estará lá e ela é a pessoa que mais tem histórias para contar que conheço. Vocês vão adorar conhecê-la. Não precisam levar nada, só você, Tryndade, que é fresco com bebidas, leve o que quiser tomar, pois minha tia adora um vinho e comprarei cervejas e refrigerantes.Simples assim, iríamos todos para a casa de Kamis, estaria só a tia e ela. Ela adiou suas histórias para depois que ouvíssemos as de sua tia.Kayla e eu, chegamos mais cedo; levamos um fardo de cerveja, um de refrigerantes, pão de alho e mais algumas coisinhas para contribuirmos com o churr
- Esse é o presente de aniversário que lhe ofereço.“ Mesmo sua respiração falhando, ele viu. Eram fotos dele com uma moça muito bonita. Sua esposa ia colocando em sua frente, mais e mais fotos, onde ele estava em diversos lugares com a moça. Uma delas, saindo de um motel, em uma outra, os dois se beijando em um café.”- Achou que eu não fosse descobrir, seu crápula?!“ Gerald sentia sua garganta se fechar, seu coração doía a cada batida, e parecia que ia estourar dentro do peito. Tentou segurar a mão da esposa, os olhos arregalados, a lhe implorar ajuda.”- Não me toque, seu desgraçado de merda. Gostou da carne, apreciou? Coma mais, sab
- Ah, tem uma boa também. Essa ouvi de uma amiga minha que nem sei de quando, é a história de uma moça que desde a infância, tinha uns sonhos estranhos. Ela sonhava com uma senhora, de uma época que não era a que vivia, sabem, aquelas mulheres vestidas com roupas antigas, colares, chapéus, uma outra época mesmo; em seus sonhos, a mulher gritava com ela e dizia que ela era a prometida de seu irmão. E o estranho, era que toda vez que ela tinha esse sonho, acordava no meio da noite, suada, com o coração disparado e ouvia passos andando pela casa; esses passos, eram pausados, sempre paravam na porta de seu quarto. Teve vezes que ela jurava que via a maçaneta de sua porta ser girada lentamente, achava realmente que havia alguém ali, ou que havia acordado com o som dos passos.“
Há muitas décadas, uma fazenda próximo a sua cidade havia pegado fogo, o único sobrevivente, era uma garota de quinze anos, irmã de Luciano. Sentindo um arrepio a lhe subir pela espinha, Maria anotou os nomes e as pesquisas.”“ Ela não conseguia tirar o rosto do jovem que dançara com ela por horas, e em um impulso, resolveu ir ao cemitério de sua cidade. Lá havia realmente a lápide de um Luciano com o sobrenome que o rapaz havia lhe dado. Ali dizia, que ele morrera aos dezoito anos em um incêndio em sua fazenda. Que era noivo e iria se casar na semana em que o acidente aconteceu. Maria foi então à biblioteca da cidade; após muitas pesquisas, ela viu a foto. Era ele. O rapaz que dançara com ela na noite anterior. Ela pensou que estava enlouquecendo, só podia ser. Não
CAPÍTULO DEZ- Pois bem, essa história é de duas amigas crianças. Ambas tinham nove anos e eram inseparáveis. Engatinharam juntas, aprenderam a andar de bicicleta juntas e tudo o que crianças costumavam fazer, as duas faziam unidas. Moravam em uma rua com bastante crianças, eram vizinhas e estavam sempre juntas. Uma delas, era a líder, sabe. Aquela que se impõe mesmo sem se esforçar. Todos a seguiam, mesmo ela sendo tão nova quanto eles. Era implícito que ela comandava as brincadeiras e todos aderiam e ninguém questionava.“ Lara, a líder e Mila, sua melhor amiga, estavam sempre juntas, e Lara, tinha o poder de deixar quase qualquer brincadeira mais divertida, por esse motivo, Mila estava sempre com ela, não desgrudava da amiga. Porém, Lara nem sempre queria brincar,
- Essa é de uma família muito pobre. Moravam em uma casa pequena e simples, que mal comportava bem a família, porém era o que dava. A mãe, o pai e dois filhos. Viviam em uma pobreza que só. Os pais trabalhavam, mas o dinheiro nunca dava, sempre faltava algo. O salário dos pais, ainda que não fosse tão miserável, nunca era o bastante. Outras pessoas ganhavam até menos, tinham mais filhos e viviam mais sossegados que essa família.“ O pai tinha um grave defeito de xingar palavrão. Sua esposa, no início do casamento e quando os filhos nasceram, lhe pedia que não xingasse tanto e por qualquer motivo. Mas de nada adiantou, por fim, até ela mesmo passou a xingar, pois a vida era dura, a luta constante e até mesmo o básico lhes faltava.”Último capítulo