" Eu não tinha medo como a maioria das meninas, apesar de meio cética, confesso que não ia ao banheiro sozinha,vai que né?”
" Pois bem, em um dia como outro qualquer, lá estava eu sentada no pátio da escola. Aquele dia, tinham servido biscoitos de água e sal e uma caneca de leite com chocolate. Eu degustava tranquila, quando percebi um par de pés à minha frente. Sandálias brancas de marca, branquinha sem nem um arranhado. Levantei os olhos e me deparei com Letty a me observar; ela estava apreensiva, tinha um meio sorriso nos lábios e percebi que estava desinquieta, ela passava uma perna na outra, no típico movimento de vontade fazer xixi.”
"Continuei mastigando e levantei uma sobrancelha em sinal de interrogação á ela, que me perguntou:
- Ela resolveu enfrentar seu medo sozinha para fazer sua necessidade antes de voltar para a classe. Eu, em minha arrogância juvenil, a deixei ir sozinha por pura pirraça ou maldade mesmo. Todos fomos entrevistados pelo diretor e em seguida pela própria Polícia, incansavelmente, e por vários dias. A Policial que me entrevistou era meiga e gentil. E eu queria mais do que ela saber o que havia acontecido naquele banheiro. Ela sorria e dizia que não podia dar informações da investigação em curso, e me crivava de perguntas. Não sei porque eu nunca consegui dizer que Letty havia me pedido para acompanhá-la… não era medo, isso eu sei. Creio que eu negando para todos, me sentisse menos culpada e passasse a também acreditar que a culpa não era minha. A única coisa que consegui tirar da investigadora, foi que a encontraram sozinha na
O CONTO DE ANGEL- Bem gente, como vocês, eu tenho inúmeras histórias para contar- Começou Angel, que por incrível que pareça, tem o corpo, o rosto e os cabelos de um anjo, além da voz angelical. Sempre zoamos seu modo delicado de ser, parecia uma bonequinha delicada ao falar. Sua educação sempre foi admirável .Muitas vezes, nós saíamos da pose de pessoas equilibradas e começávamos a falar um por cima do outro, interrompendo um ao outro, mas nunca Angel. Ela era de uma paciência admirável. Seus cabelos eram claros e todo cheio de cachos, o que lembrava mesmo um anjo. Sua estatura era diminuta perto de nós todos, e por vezes a chamávamos de nosso chaveirinho, ou dizíamos que ela era café com leite, o que a irritava muito, e hoje não consigo evitar um sorriso quando me lemb
“ O mais estranho, era que ele estava alheio a todas as pessoas que estavam ali por ele. Ele com suas pernas cruzadas chacoalhando-as, conversava com uma pessoa. Gesticulava, às vezes ria, mas parece que o assunto estava interessante. Fiquei o fitando por alguns minutos, e como se soubesse que estava sendo observado, ele me olhou e seu sorriso se iluminou.”" Eu era apenas uma criança, mas pude perceber que ele estava feliz e aliviado. Ele chegou a fazer um gesto com a mão, como a me chamar para juntar se á ele e á seu ou sua parceira de conversa, que eu não me lembro quem ou como era."" Minha mãe me segurava pela mão, e tentei me desvencilhar dela para ir até ele ver o que ele queria, porém ela apertou com mais força minha mão em sinal de que não era para eu
" Me debrucei sobre sua cadeira, abracei suas pernas finas que não sentiam toque e implorava a Deus que lhe desse uma chance."“ Meu irmão mais velho me arrastou dali, me sentou no sofá e pediu para eu parar com aquilo, pois estava assustando minha mãe e o próprio doente. Mas eu estava ensandecida, não conseguia me controlar.”- Ele vai morrer, vocês não se deram conta? Vocês são idiotas?! De nada adiantará a emergência o levar - Eu dizia tudo isso aos berros, as lágrimas escorriam em abundância e minha mãe arregalou os olhos e caiu de joelhos, dizendo que eu estava louca. Eu repetia agora só em um lamento, que ele já estava morrendo." Meu irmão doente, pediu que meu irmão mai
- Antes de começar, quero dizer que estão todos convidados para um churrasco em minha casa amanhã, e não aceito um não como resposta! Minha tia avó Itassira estará lá e ela é a pessoa que mais tem histórias para contar que conheço. Vocês vão adorar conhecê-la. Não precisam levar nada, só você, Tryndade, que é fresco com bebidas, leve o que quiser tomar, pois minha tia adora um vinho e comprarei cervejas e refrigerantes.Simples assim, iríamos todos para a casa de Kamis, estaria só a tia e ela. Ela adiou suas histórias para depois que ouvíssemos as de sua tia.Kayla e eu, chegamos mais cedo; levamos um fardo de cerveja, um de refrigerantes, pão de alho e mais algumas coisinhas para contribuirmos com o churr
- Esse é o presente de aniversário que lhe ofereço.“ Mesmo sua respiração falhando, ele viu. Eram fotos dele com uma moça muito bonita. Sua esposa ia colocando em sua frente, mais e mais fotos, onde ele estava em diversos lugares com a moça. Uma delas, saindo de um motel, em uma outra, os dois se beijando em um café.”- Achou que eu não fosse descobrir, seu crápula?!“ Gerald sentia sua garganta se fechar, seu coração doía a cada batida, e parecia que ia estourar dentro do peito. Tentou segurar a mão da esposa, os olhos arregalados, a lhe implorar ajuda.”- Não me toque, seu desgraçado de merda. Gostou da carne, apreciou? Coma mais, sab
- Ah, tem uma boa também. Essa ouvi de uma amiga minha que nem sei de quando, é a história de uma moça que desde a infância, tinha uns sonhos estranhos. Ela sonhava com uma senhora, de uma época que não era a que vivia, sabem, aquelas mulheres vestidas com roupas antigas, colares, chapéus, uma outra época mesmo; em seus sonhos, a mulher gritava com ela e dizia que ela era a prometida de seu irmão. E o estranho, era que toda vez que ela tinha esse sonho, acordava no meio da noite, suada, com o coração disparado e ouvia passos andando pela casa; esses passos, eram pausados, sempre paravam na porta de seu quarto. Teve vezes que ela jurava que via a maçaneta de sua porta ser girada lentamente, achava realmente que havia alguém ali, ou que havia acordado com o som dos passos.“
Há muitas décadas, uma fazenda próximo a sua cidade havia pegado fogo, o único sobrevivente, era uma garota de quinze anos, irmã de Luciano. Sentindo um arrepio a lhe subir pela espinha, Maria anotou os nomes e as pesquisas.”“ Ela não conseguia tirar o rosto do jovem que dançara com ela por horas, e em um impulso, resolveu ir ao cemitério de sua cidade. Lá havia realmente a lápide de um Luciano com o sobrenome que o rapaz havia lhe dado. Ali dizia, que ele morrera aos dezoito anos em um incêndio em sua fazenda. Que era noivo e iria se casar na semana em que o acidente aconteceu. Maria foi então à biblioteca da cidade; após muitas pesquisas, ela viu a foto. Era ele. O rapaz que dançara com ela na noite anterior. Ela pensou que estava enlouquecendo, só podia ser. Não