O CONTO DE WEV:
- Nossa, em minha família há muitas histórias - Começou Wev, nosso garoto especial, todo sorridente, como sempre, com seus fones de ouvidos caídos no pescoço e seu chiclete esquecido - Essa que vou contar, não é nada sobrenatural, como a de vocês, mas ficou gravada em minha cabeça:
" Por onde começar? Ah sim, vou contar de quando minha irmã mais velha ficou presa - Começou o garoto, ele e Kayla eram, sem dúvida os mais animados do nosso grupo e nos fazia dar boas risadas todos os dias. - Lá, ela conheceu muitas mulheres e muitas histórias… Nossa, mas deixe primeiro eu falar de minha irmã e sua rebeldia, motivo esse que a levou a ser presa. Ela sempre foi a ovelha negra da família e, apesar dos apelos de minha mãe, e
" Quando a carcereira passou, por volta das vinte horas , batendo com o cassetete nas barras, ela ficou rígida. A carcereira avisou que a luz se apagaria em meia hora, e que não queria barulhos ou bagunça após as luzes terem se apagado.”“ Uns dez minutos antes que as luzes fossem apagadas, a obesa olhou pra ela sorrindo e avisou:- Magrelinha, quando as luzes se apagarem, todas vocês vão me chupar, ok? Uma por uma até eu gozar, se eu já tiver gozado antes do rodízio ficar completo, não parem até que eu tenha gozado novamente. Fui clara? - Continuava Wev." Todas chacoalharam a cabeça em concordância, resignadas. Á Luccy não passou despercebido que isso acontecia todos os dias, e que elas já se h
O CONTO DE KEYLAKeyla era alegre e tagarela. Falava rápido e por vezes tínhamos que a interromper para que repetisse o que dissera, pois quanto mais empolgada ou nervosa ficasse, mais rápido ela falava.Seu conto também era uma história que aconteceu à ela mesma quando era uma garotinha do segundo ano escolar. Ela dizia que odiava quando ouvia pessoas tirarem sarro sobre a lenda da loira do banheiro, porque ela havia passado por uma situação na infância que a havia traumatizado até hoje. Quando a questionamos se ela havia visto a tal loira, ela começou sua história:- Não, eu nunca vi a loira, porém tenho certeza de que ela esteve sim naquele banheiro de minha escola quando eu era criança. E vou lhes explicar o porqu&eci
" Eu não tinha medo como a maioria das meninas, apesar de meio cética, confesso que não ia ao banheiro sozinha,vai que né?”" Pois bem, em um dia como outro qualquer, lá estava eu sentada no pátio da escola. Aquele dia, tinham servido biscoitos de água e sal e uma caneca de leite com chocolate. Eu degustava tranquila, quando percebi um par de pés à minha frente. Sandálias brancas de marca, branquinha sem nem um arranhado. Levantei os olhos e me deparei com Letty a me observar; ela estava apreensiva, tinha um meio sorriso nos lábios e percebi que estava desinquieta, ela passava uma perna na outra, no típico movimento de vontade fazer xixi.”"Continuei mastigando e levantei uma sobrancelha em sinal de interrogação á ela, que me perguntou:
- Ela resolveu enfrentar seu medo sozinha para fazer sua necessidade antes de voltar para a classe. Eu, em minha arrogância juvenil, a deixei ir sozinha por pura pirraça ou maldade mesmo. Todos fomos entrevistados pelo diretor e em seguida pela própria Polícia, incansavelmente, e por vários dias. A Policial que me entrevistou era meiga e gentil. E eu queria mais do que ela saber o que havia acontecido naquele banheiro. Ela sorria e dizia que não podia dar informações da investigação em curso, e me crivava de perguntas. Não sei porque eu nunca consegui dizer que Letty havia me pedido para acompanhá-la… não era medo, isso eu sei. Creio que eu negando para todos, me sentisse menos culpada e passasse a também acreditar que a culpa não era minha. A única coisa que consegui tirar da investigadora, foi que a encontraram sozinha na
O CONTO DE ANGEL- Bem gente, como vocês, eu tenho inúmeras histórias para contar- Começou Angel, que por incrível que pareça, tem o corpo, o rosto e os cabelos de um anjo, além da voz angelical. Sempre zoamos seu modo delicado de ser, parecia uma bonequinha delicada ao falar. Sua educação sempre foi admirável .Muitas vezes, nós saíamos da pose de pessoas equilibradas e começávamos a falar um por cima do outro, interrompendo um ao outro, mas nunca Angel. Ela era de uma paciência admirável. Seus cabelos eram claros e todo cheio de cachos, o que lembrava mesmo um anjo. Sua estatura era diminuta perto de nós todos, e por vezes a chamávamos de nosso chaveirinho, ou dizíamos que ela era café com leite, o que a irritava muito, e hoje não consigo evitar um sorriso quando me lemb
“ O mais estranho, era que ele estava alheio a todas as pessoas que estavam ali por ele. Ele com suas pernas cruzadas chacoalhando-as, conversava com uma pessoa. Gesticulava, às vezes ria, mas parece que o assunto estava interessante. Fiquei o fitando por alguns minutos, e como se soubesse que estava sendo observado, ele me olhou e seu sorriso se iluminou.”" Eu era apenas uma criança, mas pude perceber que ele estava feliz e aliviado. Ele chegou a fazer um gesto com a mão, como a me chamar para juntar se á ele e á seu ou sua parceira de conversa, que eu não me lembro quem ou como era."" Minha mãe me segurava pela mão, e tentei me desvencilhar dela para ir até ele ver o que ele queria, porém ela apertou com mais força minha mão em sinal de que não era para eu
" Me debrucei sobre sua cadeira, abracei suas pernas finas que não sentiam toque e implorava a Deus que lhe desse uma chance."“ Meu irmão mais velho me arrastou dali, me sentou no sofá e pediu para eu parar com aquilo, pois estava assustando minha mãe e o próprio doente. Mas eu estava ensandecida, não conseguia me controlar.”- Ele vai morrer, vocês não se deram conta? Vocês são idiotas?! De nada adiantará a emergência o levar - Eu dizia tudo isso aos berros, as lágrimas escorriam em abundância e minha mãe arregalou os olhos e caiu de joelhos, dizendo que eu estava louca. Eu repetia agora só em um lamento, que ele já estava morrendo." Meu irmão doente, pediu que meu irmão mai
- Antes de começar, quero dizer que estão todos convidados para um churrasco em minha casa amanhã, e não aceito um não como resposta! Minha tia avó Itassira estará lá e ela é a pessoa que mais tem histórias para contar que conheço. Vocês vão adorar conhecê-la. Não precisam levar nada, só você, Tryndade, que é fresco com bebidas, leve o que quiser tomar, pois minha tia adora um vinho e comprarei cervejas e refrigerantes.Simples assim, iríamos todos para a casa de Kamis, estaria só a tia e ela. Ela adiou suas histórias para depois que ouvíssemos as de sua tia.Kayla e eu, chegamos mais cedo; levamos um fardo de cerveja, um de refrigerantes, pão de alho e mais algumas coisinhas para contribuirmos com o churr