Jenny
Me afasto do seu abraço e respiro fundo, secando as minhas lágrimas.
— Desculpe! — Ele me lança um olhar atônito.
— Por quê? — Dou de ombros.
— Viemos para o Brasil com um objetivo e eu estou estragando tudo.
— Você não está estragando nada.
— É claro que eu estou! — Respiro fundo outra vez. — Vamos fazer um pacto. Eu não vou falar dos meus problemas. Não enquanto estivermos aqui. Eu quero conhecer o que você puder me mostrar do Rio de Janeiro e quero esquecer do meu passado por enquanto. Pode ser?
Forço um sorriso para ele.
— Feito, mas quando voltarmos para Nova York eu quero que me conte tudo. Jenny, eu quero te ajudar e quero ser a sua força.
— E você é Cristopher. Pela primeira vez na vida me sinto protegida de verdade e sinto que sou amada
JennyMinutos depois, saio do banheiro enrolada em uma toalha e para a minha decepção, Cris não está mais no meu quarto. Portanto, vou até o enorme closet, e escolho uma, entre as poucas roupas que eu trouxe.— O que eu devo levar? — resmungo.Cris pediu pra levar o mínimo possível. Lembro-me. Ele quer me levar para algum lugar e faz questão de fazer surpresa. Seguro um sorriso, mordendo o meu lábio inferior. Como se eu conhecesse alguma coisa aqui no Brasil. Assim que termino me olho no espelho de corpo inteiro. Observo o short curte, a blusa sem mangas e o par de tênis. Depois avalio a maquiagem simples e os cabelos presos em um rabo de cavalo, e penso em desfazer tudo para começar de novo. Suspiro de ansiedade.Eu só quero agradá-lo. Quero que goste do que ver em mim e que me deseje.Bufo audivelmente.— Você prometeu
Jenny—Eu sou Jennifer Reinhold, estudante de medicina. Uma mulher feita e a partir de hoje decidida e determinada — digo encarando a minha imagem na frente do espelho e no ato, respiro fundo, rindo para mim mesma. Então saio do quarto e encontro Cris com o seu pai no jardim. Eles parecem sérios. Estavam conversando sobre algo, porém, ao me aproximar Cris me abre um sorriso e me estende a sua mão. Dessa vez a seguro com determinação e ela a leva para os lábios, beijando-a em seguida.— Não estou atrapalhando, estou? — pergunto quando o Senhor Ávila força um sorriso.— É claro que não, amor. — Eles trocam olhares.— Vocês precisam ir, têm um dia cheio pela frente. — O pai dele diz, parece desconfortável. — Depois a gente termina essa conversa? — Ele avisa sério.— Claro, pai.
Jenny— Ficou lindo em você! — diz referindo-se ao vestindo e imediatamente prendo a respiração. — O que foi?— Nada!— Nada? Você está vermelha. — Desvio os meus olhos para a travessa em cima do balcão. — Eu estou faminta! — Mudo de assunto e vou direto para a travessa.Eu sou mesmo uma covarde, fazer o que?— Eu imaginei que sim. — Ele sorri e eu retribuo.Ah, graças a Deus!— O que você fez? — Meu namorado dá de ombros.— Na verdade, essa travessa é o último tem a ser levado.— Levado? Para onde?— Eu tenho uma surpresa pra você. — Então ele simplesmente segura a travessa com uma mão e segura a minha mão com a outra, saindo pela porta dos fundos da casa. Em segundos me deparo com uma praia de água
CrisPuta que pariu, ela é uma delícia de perdição, o pecado que terei todo o prazer de cometer. Penso enquanto olho para uma Jenny completamente entregue. O olhar brilhando de desejo, a respiração frenética, a voz arrastada. E esses gemidos?— Sou sua, Cris! — Ela geme baixinho. — Me faça sua!Céus, isso não é um pedido, é um convite para embarcar em uma montanha russa, que me levará do inferno ao céu. Ralho mentalmente, roçando o meu quadril contra o seu, porque quero que ela sinta o quanto a desejo nesse exato momento.Sim, Jennifer me enlouquece, ele mexe comigo de um jeito irrevogável. Perto dela, eu sou um vulcão prestes a explodir larvas incandescentes para todos os lados. Mas antes quero fazê-la gozar como uma louca debaixo de mim.— Cris, por favor! — Ela implora dessa vez. Sou a porra de um pervertido mesmo.Jenny nunca teve um namorado na vida, ela nunca havia beijado um homem até eu surgir na vida dela. Estou desbravando essa menina, mostrando-lhe um mundo que ela nunca
Cris — Ai meu Deus! Ai meu Deus! — Desperto com a voz apavorada da minha namorada. — Cris, acorda! — O que? O que foi, Jenny? — resmungo atordoado e me levando, olhando ao meu redor. — Ai minha santinha, me acode! — Ela puxa o cobertor para se cobrir e fica de pé, lançando olhares espantados para todos os lados da praia. — Porra, Jenny, você quer me matar do coração?! — rosno exasperado. — Pode me dizer o que está acontecendo? — questiono quando percebo que tudo está na mais perfeita tranquilidade. — Nós dormimos! — A encaro quando ela diz o óbvio. Contudo ela cora violentamente, agarrada ao cobertor como se ele fosse o seu bote salva vidas. — Sim, dormimos — confirmo sem entender onde ela quer chegar. — É que... nós estamos. Estamos... nus e... em uma praia... Por Deus, Cris, alguém pode nos ver aqui! — Ela exaspera, atropelando as palavras, enquanto seus olhos dançam a procura de alguém. Não seguro uma risada sonora. Entretanto, Jenny me encara interrogativa, ou seria esca
Cris— É uma pena que está acabando! — Jenny lamenta baixinho, com a sua cabeça apoiada no meu peitoral e fazendo pequenos círculos em minha pele.Ela está certa. Logo estaremos de volta a nossa vida real. Ela focada no seu curso e eu no meu trabalho.Beijo calidamente os seus cabelos e suspiro alto.— Temos que começar a juntar as nossas coisas — digo ouvindo o seu miado. — Vá tomar um banho, tempestade. Eu vou preparar algo para comermos. — Ela suspira e pensa em sair da cama, porém, a puxo para mais um beijo demorado e então ela se vai.Saio da cama, porém, antes de sair do quarto olho para a nossa bagunça e sorrio satisfeito. Em algumas horas pegaremos a estrada para voltar para o Rio e amanhã cedo estaremos dentro de um avião de volta para Nova York. Assim que escuto o barulho da água caindo no banheiro, vou para a cozinha fazer o nosso lanche. Não tem como negar. Foi simplesmente inesquecível cada segundo que ficamos aqui longe dos problemas e do trabalho. Não demora e eu tenho
CrisMinutos depois, entro em um Sushi-bar que fica em frente ao shopping e procuro Bianca entre alguns clientes. Ela está acomodada em uma mesa reservada.Isso é bom. Penso enquanto caminho até a mesa e assim que me vir, me lança um sorriso que eu considero sexy. Logo que me aproximo ela se levanta da cadeira e me recebe com um abraço que eu faço questão que seja breve. É impossível não perceber o vestido negro colado ao seu corpo e o decote avantajado na altura da sua coxa direita.— Pedi uma mesa reservada para conversamos melhor. — Ela diz, porém, faço um gesto desdenhoso para essa sua informação.— Por mim tudo bem. Já fez os pedidos? — inquiro. Ela sorri.— Sim e espero que não fique chateado. Eu pedi o seu prato preferido. — Apenas assinto.— Eu não estou.— Cris, eu conversei com o Thiago, mas ele não gostou de eu ter falado do Duda pra você.— Eu imagino. Ele cuida do garoto como se fosse o pai dele desde que nasceu e o tem como um filho.— Pois é, mas estamos nos separando.
Cris— Do que você está falando, Thiago?— Vai negar Cristopher? Eu vi, ninguém me falou — esbraveja entre dentes.— Eu não sei do que você está falando! — rebato furioso, porém, ele me lança um olhar assassino, abrindo um envelope em seguida e começa a jogar algumas fotos ao vento. Fico impactado quando vejo as imagens de Bianca no restaurante me recebendo com um abraço, depois, tocando intimamente na minha mão e até sorrindo de um jeitinho insinuoso. As imagens insinuam um encontro romântico que não existiu realmente. Jenny se aproxima e segura uma das fotos, mas ao erguer os seus olhos, os encontro em lágrimas.— Jenny, não é o que você está pensando — digo na esperança de que ela acredite em mim. — Jenny, por favor... — Tento falar, mas ela sai correndo para longe de mim. — JENNY?! — grito e faço menção de sair atrás dela, mas Thiago vem para cima de mim outra vez e uma luta corporal começa.— Você não vai se safar dessa, seu canalha! — Thiago tenta me acertar outra vez, porém, so