Jenny
—Eu sou Jennifer Reinhold, estudante de medicina. Uma mulher feita e a partir de hoje decidida e determinada — digo encarando a minha imagem na frente do espelho e no ato, respiro fundo, rindo para mim mesma. Então saio do quarto e encontro Cris com o seu pai no jardim. Eles parecem sérios. Estavam conversando sobre algo, porém, ao me aproximar Cris me abre um sorriso e me estende a sua mão. Dessa vez a seguro com determinação e ela a leva para os lábios, beijando-a em seguida.
— Não estou atrapalhando, estou? — pergunto quando o Senhor Ávila força um sorriso.
— É claro que não, amor. — Eles trocam olhares.
— Vocês precisam ir, têm um dia cheio pela frente. — O pai dele diz, parece desconfortável. — Depois a gente termina essa conversa? — Ele avisa sério.
— Claro, pai.
Jenny— Ficou lindo em você! — diz referindo-se ao vestindo e imediatamente prendo a respiração. — O que foi?— Nada!— Nada? Você está vermelha. — Desvio os meus olhos para a travessa em cima do balcão. — Eu estou faminta! — Mudo de assunto e vou direto para a travessa.Eu sou mesmo uma covarde, fazer o que?— Eu imaginei que sim. — Ele sorri e eu retribuo.Ah, graças a Deus!— O que você fez? — Meu namorado dá de ombros.— Na verdade, essa travessa é o último tem a ser levado.— Levado? Para onde?— Eu tenho uma surpresa pra você. — Então ele simplesmente segura a travessa com uma mão e segura a minha mão com a outra, saindo pela porta dos fundos da casa. Em segundos me deparo com uma praia de água
CrisPuta que pariu, ela é uma delícia de perdição, o pecado que terei todo o prazer de cometer. Penso enquanto olho para uma Jenny completamente entregue. O olhar brilhando de desejo, a respiração frenética, a voz arrastada. E esses gemidos?— Sou sua, Cris! — Ela geme baixinho. — Me faça sua!Céus, isso não é um pedido, é um convite para embarcar em uma montanha russa, que me levará do inferno ao céu. Ralho mentalmente, roçando o meu quadril contra o seu, porque quero que ela sinta o quanto a desejo nesse exato momento.Sim, Jennifer me enlouquece, ele mexe comigo de um jeito irrevogável. Perto dela, eu sou um vulcão prestes a explodir larvas incandescentes para todos os lados. Mas antes quero fazê-la gozar como uma louca debaixo de mim.— Cris, por favor! — Ela implora dessa vez. Sou a porra de um pervertido mesmo.Jenny nunca teve um namorado na vida, ela nunca havia beijado um homem até eu surgir na vida dela. Estou desbravando essa menina, mostrando-lhe um mundo que ela nunca
Cris — Ai meu Deus! Ai meu Deus! — Desperto com a voz apavorada da minha namorada. — Cris, acorda! — O que? O que foi, Jenny? — resmungo atordoado e me levando, olhando ao meu redor. — Ai minha santinha, me acode! — Ela puxa o cobertor para se cobrir e fica de pé, lançando olhares espantados para todos os lados da praia. — Porra, Jenny, você quer me matar do coração?! — rosno exasperado. — Pode me dizer o que está acontecendo? — questiono quando percebo que tudo está na mais perfeita tranquilidade. — Nós dormimos! — A encaro quando ela diz o óbvio. Contudo ela cora violentamente, agarrada ao cobertor como se ele fosse o seu bote salva vidas. — Sim, dormimos — confirmo sem entender onde ela quer chegar. — É que... nós estamos. Estamos... nus e... em uma praia... Por Deus, Cris, alguém pode nos ver aqui! — Ela exaspera, atropelando as palavras, enquanto seus olhos dançam a procura de alguém. Não seguro uma risada sonora. Entretanto, Jenny me encara interrogativa, ou seria esca
Cris— É uma pena que está acabando! — Jenny lamenta baixinho, com a sua cabeça apoiada no meu peitoral e fazendo pequenos círculos em minha pele.Ela está certa. Logo estaremos de volta a nossa vida real. Ela focada no seu curso e eu no meu trabalho.Beijo calidamente os seus cabelos e suspiro alto.— Temos que começar a juntar as nossas coisas — digo ouvindo o seu miado. — Vá tomar um banho, tempestade. Eu vou preparar algo para comermos. — Ela suspira e pensa em sair da cama, porém, a puxo para mais um beijo demorado e então ela se vai.Saio da cama, porém, antes de sair do quarto olho para a nossa bagunça e sorrio satisfeito. Em algumas horas pegaremos a estrada para voltar para o Rio e amanhã cedo estaremos dentro de um avião de volta para Nova York. Assim que escuto o barulho da água caindo no banheiro, vou para a cozinha fazer o nosso lanche. Não tem como negar. Foi simplesmente inesquecível cada segundo que ficamos aqui longe dos problemas e do trabalho. Não demora e eu tenho
CrisMinutos depois, entro em um Sushi-bar que fica em frente ao shopping e procuro Bianca entre alguns clientes. Ela está acomodada em uma mesa reservada.Isso é bom. Penso enquanto caminho até a mesa e assim que me vir, me lança um sorriso que eu considero sexy. Logo que me aproximo ela se levanta da cadeira e me recebe com um abraço que eu faço questão que seja breve. É impossível não perceber o vestido negro colado ao seu corpo e o decote avantajado na altura da sua coxa direita.— Pedi uma mesa reservada para conversamos melhor. — Ela diz, porém, faço um gesto desdenhoso para essa sua informação.— Por mim tudo bem. Já fez os pedidos? — inquiro. Ela sorri.— Sim e espero que não fique chateado. Eu pedi o seu prato preferido. — Apenas assinto.— Eu não estou.— Cris, eu conversei com o Thiago, mas ele não gostou de eu ter falado do Duda pra você.— Eu imagino. Ele cuida do garoto como se fosse o pai dele desde que nasceu e o tem como um filho.— Pois é, mas estamos nos separando.
Cris— Do que você está falando, Thiago?— Vai negar Cristopher? Eu vi, ninguém me falou — esbraveja entre dentes.— Eu não sei do que você está falando! — rebato furioso, porém, ele me lança um olhar assassino, abrindo um envelope em seguida e começa a jogar algumas fotos ao vento. Fico impactado quando vejo as imagens de Bianca no restaurante me recebendo com um abraço, depois, tocando intimamente na minha mão e até sorrindo de um jeitinho insinuoso. As imagens insinuam um encontro romântico que não existiu realmente. Jenny se aproxima e segura uma das fotos, mas ao erguer os seus olhos, os encontro em lágrimas.— Jenny, não é o que você está pensando — digo na esperança de que ela acredite em mim. — Jenny, por favor... — Tento falar, mas ela sai correndo para longe de mim. — JENNY?! — grito e faço menção de sair atrás dela, mas Thiago vem para cima de mim outra vez e uma luta corporal começa.— Você não vai se safar dessa, seu canalha! — Thiago tenta me acertar outra vez, porém, so
Jenny... Vai negar Cristopher? Eu vi, ninguém me falou! ... Jenny, não é o que você está pensando! Eu quis acreditar que era desejável, que era a mulher perfeita para ele. Meu Deus, como pude me iludir tanto assim?Quanta ousadia me comparar a Bianca. Aquelas fotos, elas me mataram por dentro. Mostrou-me a minha realidade nua e crua. Mostrou-me que tudo que vivi não passou de um sonho, que eu não tinha o direito de viver. Agora estou aqui. Em uma praia qualquer do Rio de Janeiro derramando lágrimas de sangue.— Po9r que isso dói tanto? — resmungo secando as lágrimas que insistem em cair. — Você é tão burra, Jenny! — retruco com raiva de mim mesma.Burra!Burra!Burra!Respiro fundo e encaro o mar calmo, deixo que os minutos se arrastam até me recompor e decidir voltar para a mansão dos Ávila. Eu preciso descer desse pedestal onde me coloquei, juntas as minhas coisas e voltar para a minha casa. Contudo, preciso encarar o Cris também e essa com certeza será a parte mais difícil. No c
Jenny— Onde está o Adam? — pergunto tempos depois. Sim, estou curiosa, a fina, eles não se desgrudam nunca. Contudo, agora é a Amber quem começa a chorar. — Foi algo que eu disse?— Acabou, Jen! — Lanço lhe um olhar confuso. Entretanto, Amber vem para os meus braços.— Como assim acabou? O que houve?— Estávamos bem envolvidos e ele até que é um cara muito legal, sabe?— Não estou entendendo. — A minha amiga se afasta e seca as lágrimas, olhando bem dentro dos meus olhos.— Ele me pediu para ir morar com ele, Jen. — Arregalo bem os olhos. — Quem em sã consciência faria isso com menos de um mês de... de... Viu? Nem estamos namorando de verdade. Eu nem sei direito o que tínhamos.— Ele te chamou para ir morar com ele? — repito a sua pergunta porque estou pasma.— Eu não sei, eu acho que surtei na hora e eu disse que não. Nós discutimos e eu...— Oh, meu Deus!— Eu disse coisas pra ele. Você sabe como eu sou quando surto. Eu acabei tudo entre a gente e pedi que não me procurasse mais. J