Jenny... Vai negar Cristopher? Eu vi, ninguém me falou! ... Jenny, não é o que você está pensando! Eu quis acreditar que era desejável, que era a mulher perfeita para ele. Meu Deus, como pude me iludir tanto assim?Quanta ousadia me comparar a Bianca. Aquelas fotos, elas me mataram por dentro. Mostrou-me a minha realidade nua e crua. Mostrou-me que tudo que vivi não passou de um sonho, que eu não tinha o direito de viver. Agora estou aqui. Em uma praia qualquer do Rio de Janeiro derramando lágrimas de sangue.— Po9r que isso dói tanto? — resmungo secando as lágrimas que insistem em cair. — Você é tão burra, Jenny! — retruco com raiva de mim mesma.Burra!Burra!Burra!Respiro fundo e encaro o mar calmo, deixo que os minutos se arrastam até me recompor e decidir voltar para a mansão dos Ávila. Eu preciso descer desse pedestal onde me coloquei, juntas as minhas coisas e voltar para a minha casa. Contudo, preciso encarar o Cris também e essa com certeza será a parte mais difícil. No c
Jenny— Onde está o Adam? — pergunto tempos depois. Sim, estou curiosa, a fina, eles não se desgrudam nunca. Contudo, agora é a Amber quem começa a chorar. — Foi algo que eu disse?— Acabou, Jen! — Lanço lhe um olhar confuso. Entretanto, Amber vem para os meus braços.— Como assim acabou? O que houve?— Estávamos bem envolvidos e ele até que é um cara muito legal, sabe?— Não estou entendendo. — A minha amiga se afasta e seca as lágrimas, olhando bem dentro dos meus olhos.— Ele me pediu para ir morar com ele, Jen. — Arregalo bem os olhos. — Quem em sã consciência faria isso com menos de um mês de... de... Viu? Nem estamos namorando de verdade. Eu nem sei direito o que tínhamos.— Ele te chamou para ir morar com ele? — repito a sua pergunta porque estou pasma.— Eu não sei, eu acho que surtei na hora e eu disse que não. Nós discutimos e eu...— Oh, meu Deus!— Eu disse coisas pra ele. Você sabe como eu sou quando surto. Eu acabei tudo entre a gente e pedi que não me procurasse mais. J
Jenny— Preste bastante atenção, Jenny. Eu quero que fique bem atenta.— É doutora Reinhold, Doutor Ávila! — O corrijo e ele me encara.— É claro, doutora! — Ele rebate irônico.— Pinça. — Ávila pede e a cirurgia começa. Devo dizer que é incrível poder ver tão de perto um coração tão minúsculo em sua função normal. Pulsar e bombear. Observo Cristopher manejar a pinça e outros instrumentos com uma maestria de um cirurgião formado. De onde estamos, somos acompanhados constantemente pelos olhos de águia do Doutor John que está em uma cabine de vidro transparente e para a minha surpresa, Doutor Ávila me tirar o chão.— Venha aqui, Doutora.— O que?Sim, eu entrei em pânico.— Eu quero que faça a incisão do ventrículo.Engulo em seco, o olhando com perplexidade.— Você ficou maluco? — ralho o mais baixo possível. — Eu não posso fazer isso!— É claro que pode.— Doutor Ávila...— Doutora, a Senhora está demorando muito e o paciente não pode esperar. — Ele rebate um tanto ríspido.Solto o ar
Jenny... Eu traí não você, pequena tempestade. Eu juro que não aconteceu nada no meio daquele jantar. O simples fato de ele mencionar esse assunto me faz criar forças para afastá-lo de mim.— Como você tem coragem de negar? Eu vi aquelas fotos.— Não era o que parecia ser, Jenny. Me escuta por favor!— Não, eu não vou me deixar você enganar outra vez, Cris. Sai daqui.— Jenny, se me der uma chance...— Só sai daqui, por favor! — Ele me encara sério por curto espaço de tempo. Depois assente, soltando um suspiro audível. — E, não me chama mais assim, as pessoas estão falando e eu... não quero me prejudicar.— Essa é a sua última palavra? — Eu engulo em seco.Tenho vontade de dizer que não. De dizer que o quero com todas as minhas forças, que o amo com o meu corpo e a minha alma, mas eu não posso fazer isso. Definitivamente eu não posso. Sinto o meu peito se comprimir com esse pensamento e sinto vontade chorar.— É — digo com um fio de voz.— Tudo bem! Eu prometo que manterei distância
Jenny— Então por que não luta agora? Vocês têm um filho.— Porque Cristopher foi categórico. Ele te ama e só quer aproximação com o filho dele.Ok, estou sem palavras.— Ele me ligou. Disse que tinham terminado por causa do Thiago. Deixa de ser burra, Jenny! Agarre aquele homem. — Aconselha-me com voz firme.O que devo dizer, estou completamente perplexa.Cris disse a verdade o tempo todo, mas como eu podia saber? Como eu podia adivinhar? Tinha as suas mentiras, as imagens e o fato de eu...— Não sei... se ele ainda me quer, Bianca. Quer dizer, eu praticamente o botei para correr da minha vida e agora... — Suspiro alto. — Ele está lá no Pubb de mãos dadas com uma mulher linda e...— Você é tão linda quanto qualquer outra mulher, Jenny. — Fico ainda mais surpresa com o seu elogio. — Precisa ser mais segura de si e ainda tem um fator ao seu favor.— Qual?—Ele te ama. — Volto a engolir em seco.— Eu... não sei se ele ainda me ama. — Ela solta uma risada sonora.— Quando se ama, não se
CrisMomentos antes da reconciliação...— Pode pedir uma bebida para mim, querido? — Lucy pede assim que nos acomodamos nos bancos altos do bar. Contudo, os meus olhos estão fixos do outro lado desse balcão e estou puto da vida.O que porra Jenny está pensa que está fazendo com o Hanson?Minha vontade é de me levantar desse banco e de ir até lá arrancá-la para longe daquele homem.— Desse jeito não vai sobrar nem as cinzas da garota. — Lucy ralha irônica, me despertando. Forço um sorriso para ela e tento desviar a sua atenção da garota.Lucy Hale é uma ótima amante, mas ela também é uma mulher perigosa e não quero que ela prejudique a Jenny por minha causa.— Não sei do que está falando, Hale. — Faço um sinal para o garçom.— Vocês ainda estão juntos? — Ela expressa a sua curiosa.— A Reinhold? Não, já passou. — Um sorriso grande e satisfeito surge nos seus lábios pintados de vermelho.— Você não muda, Ávila — resmunga. — Que tal uma diversão pra variar? — Ela sugere no exato momento
CrisCorrendo direto para o meu destino. Penso quando acelero ainda mais o carro, quase voando pelo asfalto e quando enfim, estaciono em frente ao seu prédio, tenho pressa de chegar ao seu andar. Contudo, fraquejo quando paro em frente a sua porta e agitado, começo a andar de um lado para o outro dentro do corredor. A porra toda é que eu nunca me senti assim antes. Nem mesmo Bianca conseguiu me desestabilizar dessa maneira.Respiro fundo e conto até três, aproximando-me da porta para tocar a campainha.Respiro fundo outra vez aguardando que ela abra a porta, mas ela não faz, então resolvo tocá-la insistentemente.Você tem que me atender, tempestade, não é uma opção se afastar de mim assim. Penso. Então o meu coração dá uma freada brusca quando a porta se abre bruscamente e ela surge bem na minha frente, vestindo um conjunto curto de seda negra e rendada.Não fode com a minha cabeça, garota! Rosno mentalmente e engulo em seco.— Oi, Jenny!— Cris? —— Será que eu posso entrar? — Ela nã
Cris— Eu só fui ao Pubb com ele porque ele quis comemorar a cirurgia.— Jenny, eu não confio nele. Você pode ficar longe por favor? — Ela assente soltando uma respiração alta.— Eu posso e farei isso9 com muito prazer. — Sorrio e volto a beijá-la. A sensação que eu tenho é que estou me afundando cada vez mais nesse sentimento, que me toma, que me domina e dita todos os meus passos, pensamentos e até as batidas do meu coração.Essa garota será o meu inferno particular. — Que tal um banho? — sugiro em meio ao beijo, quando algo ardente se passa pela minha cabeça.— Eu estou faminta, Cris — confessa se afastando só um pouco. — Na verdade, eu não comi quase nada praticamente o dia inteiro.Ok, agora estou indignado. De verdade, eu não gostei do