Cris
— Você não me deseja, não como eu te desejo.
Rio por dentro.
Ela está falando de... sexo?
Que garota maluca! Caralho, como chegamos até aqui?
Em um momento de vacilo seu me aproximo e a puxo para os meus braços. Ela luta, bate com força no meu peito e chora. Depois vai se acalmando e me puxa pela camisa contra o seu corpo. Deixo que ela chore por algum tempo, enquanto beijo os seus cabelos.
Isso é tão louco! Estamos abraçados no meio de uma tempestade, quase de madrugada e me pergunto quem em sã consciência faria uma coisa dessas?
— Eu te quero muito, minha pequena! — sussurro aspirando seu cheiro. — Eu te amo muito! Você não tem noção do tamanho do meu desejo por você, minha Tempestade. Acredite, às vezes parece que eu vou explodir por dentro de tanto que te desejo. &md
Jenny...Hoje é meu aniversário, estou fazendo vinte anos e daqui a duas semanas iniciarei na faculdade. Provavelmente papai já está em casa. Ele nunca falta nesse dia tão especial para mim. Portanto, salto para fora da cama e corro para o banheiro para tomar um banho demorado. Quero estar linda para quando o encontrar. Devo dizer que quando ele está em casa a minha vida ganha um pouco de tranquilidade. É quando Rachel precisa encenar o seu papel de boa mãe e a Ashley o de boa irmã. Saio do banheiro mais animada, porém, ao retornar para o quarto paro abruptamente, encontrando a minha meia irmã sentada confortavelmente na minha cama.— O que você está fazendo aqui? — rosno, mas ela sorrir.— O papai já chegou. — Ela avisa, saindo da cama. Contudo, percebo o brilho malévolo de sempre n
JennyEu não consigo. Não consigo ser o que ele quer que eu seja. Penso. Entretanto, sou surpreendida por braços fortes que me envolvem por trás e o seu calor me abraça imediatamente.— Oh, querida me desculpe! — Sua voz calma demais me acalenta. — Eu só precisei ir pegar um pouco d’agua — explica baixinho. — O que está acontecendo com você Jenny? Por que não conversa comigo?— É que... eu sou uma pessoa má, Cris — digo com um lamento.— Por que está dizendo isso?— Porque... é o que sou.— Jenny...— Eu o matei, Cris. Matei o meu próprio pai!— Por que está falando isso, meu amor?O desespero comprime o meu peito e sinto que estou me afogando na minha própria dor. Eu preciso contar isso para alguém, preciso colocar para fora.
JennyMe afasto do seu abraço e respiro fundo, secando as minhas lágrimas.— Desculpe! — Ele me lança um olhar atônito.— Por quê? — Dou de ombros.— Viemos para o Brasil com um objetivo e eu estou estragando tudo.— Você não está estragando nada.— É claro que eu estou! — Respiro fundo outra vez. — Vamos fazer um pacto. Eu não vou falar dos meus problemas. Não enquanto estivermos aqui. Eu quero conhecer o que você puder me mostrar do Rio de Janeiro e quero esquecer do meu passado por enquanto. Pode ser?Forço um sorriso para ele.— Feito, mas quando voltarmos para Nova York eu quero que me conte tudo. Jenny, eu quero te ajudar e quero ser a sua força.— E você é Cristopher. Pela primeira vez na vida me sinto protegida de verdade e sinto que sou amada
JennyMinutos depois, saio do banheiro enrolada em uma toalha e para a minha decepção, Cris não está mais no meu quarto. Portanto, vou até o enorme closet, e escolho uma, entre as poucas roupas que eu trouxe.— O que eu devo levar? — resmungo.Cris pediu pra levar o mínimo possível. Lembro-me. Ele quer me levar para algum lugar e faz questão de fazer surpresa. Seguro um sorriso, mordendo o meu lábio inferior. Como se eu conhecesse alguma coisa aqui no Brasil. Assim que termino me olho no espelho de corpo inteiro. Observo o short curte, a blusa sem mangas e o par de tênis. Depois avalio a maquiagem simples e os cabelos presos em um rabo de cavalo, e penso em desfazer tudo para começar de novo. Suspiro de ansiedade.Eu só quero agradá-lo. Quero que goste do que ver em mim e que me deseje.Bufo audivelmente.— Você prometeu
Jenny—Eu sou Jennifer Reinhold, estudante de medicina. Uma mulher feita e a partir de hoje decidida e determinada — digo encarando a minha imagem na frente do espelho e no ato, respiro fundo, rindo para mim mesma. Então saio do quarto e encontro Cris com o seu pai no jardim. Eles parecem sérios. Estavam conversando sobre algo, porém, ao me aproximar Cris me abre um sorriso e me estende a sua mão. Dessa vez a seguro com determinação e ela a leva para os lábios, beijando-a em seguida.— Não estou atrapalhando, estou? — pergunto quando o Senhor Ávila força um sorriso.— É claro que não, amor. — Eles trocam olhares.— Vocês precisam ir, têm um dia cheio pela frente. — O pai dele diz, parece desconfortável. — Depois a gente termina essa conversa? — Ele avisa sério.— Claro, pai.
Jenny— Ficou lindo em você! — diz referindo-se ao vestindo e imediatamente prendo a respiração. — O que foi?— Nada!— Nada? Você está vermelha. — Desvio os meus olhos para a travessa em cima do balcão. — Eu estou faminta! — Mudo de assunto e vou direto para a travessa.Eu sou mesmo uma covarde, fazer o que?— Eu imaginei que sim. — Ele sorri e eu retribuo.Ah, graças a Deus!— O que você fez? — Meu namorado dá de ombros.— Na verdade, essa travessa é o último tem a ser levado.— Levado? Para onde?— Eu tenho uma surpresa pra você. — Então ele simplesmente segura a travessa com uma mão e segura a minha mão com a outra, saindo pela porta dos fundos da casa. Em segundos me deparo com uma praia de água
CrisPuta que pariu, ela é uma delícia de perdição, o pecado que terei todo o prazer de cometer. Penso enquanto olho para uma Jenny completamente entregue. O olhar brilhando de desejo, a respiração frenética, a voz arrastada. E esses gemidos?— Sou sua, Cris! — Ela geme baixinho. — Me faça sua!Céus, isso não é um pedido, é um convite para embarcar em uma montanha russa, que me levará do inferno ao céu. Ralho mentalmente, roçando o meu quadril contra o seu, porque quero que ela sinta o quanto a desejo nesse exato momento.Sim, Jennifer me enlouquece, ele mexe comigo de um jeito irrevogável. Perto dela, eu sou um vulcão prestes a explodir larvas incandescentes para todos os lados. Mas antes quero fazê-la gozar como uma louca debaixo de mim.— Cris, por favor! — Ela implora dessa vez. Sou a porra de um pervertido mesmo.Jenny nunca teve um namorado na vida, ela nunca havia beijado um homem até eu surgir na vida dela. Estou desbravando essa menina, mostrando-lhe um mundo que ela nunca
Cris — Ai meu Deus! Ai meu Deus! — Desperto com a voz apavorada da minha namorada. — Cris, acorda! — O que? O que foi, Jenny? — resmungo atordoado e me levando, olhando ao meu redor. — Ai minha santinha, me acode! — Ela puxa o cobertor para se cobrir e fica de pé, lançando olhares espantados para todos os lados da praia. — Porra, Jenny, você quer me matar do coração?! — rosno exasperado. — Pode me dizer o que está acontecendo? — questiono quando percebo que tudo está na mais perfeita tranquilidade. — Nós dormimos! — A encaro quando ela diz o óbvio. Contudo ela cora violentamente, agarrada ao cobertor como se ele fosse o seu bote salva vidas. — Sim, dormimos — confirmo sem entender onde ela quer chegar. — É que... nós estamos. Estamos... nus e... em uma praia... Por Deus, Cris, alguém pode nos ver aqui! — Ela exaspera, atropelando as palavras, enquanto seus olhos dançam a procura de alguém. Não seguro uma risada sonora. Entretanto, Jenny me encara interrogativa, ou seria esca